Os custos dos animais e plantas exóticas invasoras, considerados a terceira causa de extinção de espécies, serão discutidos no Congresso Mundial da Conservação, que se realiza de 6 a 15 de Setembro em Jeju, na Coreia do Sul.
Líderes governamentais, empresários e responsáveis de organizações civis e das Nações Unidas estarão reunidos num congresso organizado pela União Mundial de Conservação da Natureza (UICN), que acontece a cada quatro anos, e que pretende “melhorar a forma como gerimos o nosso ambiente natural para o desenvolvimento humano, social e económico”, segundo a organização. O primeiro congresso foi realizado em 1948 em Fontainebleau, nos arredores de Paris. As espécies exóticas invasoras são um dos temas em cima da mesa.
“As espécies invasoras têm um grande impacto no mundo. Em alguns países é mesmo astronómico”, disse Dave Richardson, director do Centro de Excelência em Biologia Invasiva da Universidade de Stellenbosch, na África do Sul. Por exemplo, o lagostim-do-Louisiana (Procambarus clarkii) contribuiu para a quase extinção do lagostim-de-patas-brancas (Austropotamobius pallipes), espécie autóctone em Portugal. O lagostim-do-Louisiana, mais robusto e resiliente, transmite doenças à espécie portuguesa e compete por alimento e espaço. Além disso, tolera intervalos de temperatura mais amplos e condições críticas de oxigénio dissolvido e disponibilidade de água, explica o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. Actualmente, para o lagostim-de-patas-brancas – que se alimenta de insectos aquáticos e das suas larvas, de peixes mortos e de vegetação - a extinção é uma realidade irremediável, acrescenta.
Mas o lagostim-do-Louisiana está longe de ser a única espécie exótica invasora. Na Europa, o projecto Daisie (Delivering Alien Invasive Species Inventories for Europe) – um inventário das espécies invasoras do continente - registou, no final de Agosto, 11.595 “espécies estrangeiras”. Um milhar de espécies marinhas, 2400 invertebrados e mais de 6600 plantas terrestres figuram no inventariado europeu, sendo que a lista não pára de crescer, com o desenvolvimento das trocas comerciais e das viagens intercontinentais.
“Será muito difícil parar a internacionalização da natureza”, previne Jean-Philippe Siblet, director do departamento de património natural do Museu de História Natural de Paris, admitindo, no entanto, ser possível que os ecossistemas afectados possam adaptar-se sem que isso signifique um desequilíbrio fatal.
Um estudo daquela entidade, realizado em 2001, estimou que os custos globais dos danos causados por estas espécies podem ultrapassar os 1,1 mil milhões de euros.
Com a tomada de consciência do perigo, os Estados e regiões começam a organizar o combate, mas a cooperação internacional esbarra muitas vezes na falta de tratados e convenções que definam um caminho, alertou Dave Richardson.
O Congresso a realizar em Jeju terá cinco grandes temas: clima, alimentação, desenvolvimento, pessoas e gestão da natureza e valorização e conservação da natureza.
“As espécies invasoras têm um grande impacto no mundo. Em alguns países é mesmo astronómico”, disse Dave Richardson, director do Centro de Excelência em Biologia Invasiva da Universidade de Stellenbosch, na África do Sul. Por exemplo, o lagostim-do-Louisiana (Procambarus clarkii) contribuiu para a quase extinção do lagostim-de-patas-brancas (Austropotamobius pallipes), espécie autóctone em Portugal. O lagostim-do-Louisiana, mais robusto e resiliente, transmite doenças à espécie portuguesa e compete por alimento e espaço. Além disso, tolera intervalos de temperatura mais amplos e condições críticas de oxigénio dissolvido e disponibilidade de água, explica o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. Actualmente, para o lagostim-de-patas-brancas – que se alimenta de insectos aquáticos e das suas larvas, de peixes mortos e de vegetação - a extinção é uma realidade irremediável, acrescenta.
Mas o lagostim-do-Louisiana está longe de ser a única espécie exótica invasora. Na Europa, o projecto Daisie (Delivering Alien Invasive Species Inventories for Europe) – um inventário das espécies invasoras do continente - registou, no final de Agosto, 11.595 “espécies estrangeiras”. Um milhar de espécies marinhas, 2400 invertebrados e mais de 6600 plantas terrestres figuram no inventariado europeu, sendo que a lista não pára de crescer, com o desenvolvimento das trocas comerciais e das viagens intercontinentais.
“Será muito difícil parar a internacionalização da natureza”, previne Jean-Philippe Siblet, director do departamento de património natural do Museu de História Natural de Paris, admitindo, no entanto, ser possível que os ecossistemas afectados possam adaptar-se sem que isso signifique um desequilíbrio fatal.
Um estudo daquela entidade, realizado em 2001, estimou que os custos globais dos danos causados por estas espécies podem ultrapassar os 1,1 mil milhões de euros.
Com a tomada de consciência do perigo, os Estados e regiões começam a organizar o combate, mas a cooperação internacional esbarra muitas vezes na falta de tratados e convenções que definam um caminho, alertou Dave Richardson.
O Congresso a realizar em Jeju terá cinco grandes temas: clima, alimentação, desenvolvimento, pessoas e gestão da natureza e valorização e conservação da natureza.
Fonte: LUSA
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