terça-feira, 13 de julho de 2010

Aquecimento global: Glaciar encolhe na Gronelândia


Bloco de gelo com sete quilómetros quadrados desprendeu-se.

O glaciar Jakobshavn Isbrae, na costa ocidental da Gronelândia, ficou mais pequeno. Na semana passada, de 6 para 7 de Julho, em apenas 24 horas, recuou 1,5 quilómetros e uma parte dele, com sete quilómetros quadrados de extensão, acabou por se desprender.

Os investigadores Ian Howat, do Byrd Polar Research Center da Ohio State University, e Paul Morin, da University of Minnesota, que apanharam esta movimentação graças à observação com satélites, consideram que este foi um acontecimento pouco habitual na sequência do Inverno "quente" que este ano se viveu no Árctico.

"Já observámos anteriormente desprendimentos de blocos de gelo desta dimensão neste mesmo glaciar, e noutros [na Gronelândia], mas este caso é inabitual porque aconteceu após um Inverno quente em que não se formou gelo no oceano, naquela baía", explicou Thomas Wagner, investigador do programa de estudo da criosfera da NASA, organização que apoia estas observações.

"A relação exacta estes dois fenómenos [o Inverno de temperaturas amenas e o recuo abrupto do glaciar agora verificado] ainda tem de ser determinada, mas a sua ocorrência dá credibilidade à teoria de que o aquecimento dos oceanos é o responsável pela perda de gelo que está a verificar-se na Gronelândia e também na Antárctida", sublinhou o mesmo investigador.

As observações foram feitas através de imagens dos satélites Landsat, Terra e Aqua, que permitem uma visualização global dos dois pólos terrestres.

Poucos dias antes do desprendimento do bloco de gelo do Jakobshavn Isbrae, a equipa recebeu imagens de um outro satélite, o DigitalGlobe's World View 2, que mostravam enormes rachas e canais a formar-se numa zona do glaciar. E o que estas imagens indiciavam acabou por acontecer na semana passada.

Nos últimos 160 anos, o glaciar Jakobshavn Isbrae recuou 45 quilómetros, mas este movimento não foi sempre igual. Só na última década perdeu-se um quarto deste valor, o que significa que esse recuo acelerou. É neste glaciar e nos outros da costa oeste que se têm verificado as maiores perdas de gelo na região.

Fonte: Diário de Notícias

2 comentários:

  • O que a sociedade pensa sobre Mudanças Climáticas?

    De modo a conhecer o perfil de percepção ambiental da sociedade frente à problemática (causas, efeitos, prós e contras) das Mudanças Climáticas, tendo como base a Região da Grande Vitória, ES - municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica - o Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA (grupo sem fins lucrativos), desenvolveu uma pesquisa (35 aspectos abordados) com 960 pessoas (+ - 3% de erro e 95% de intervalo de confiança), com o apoio da Brasitália Mineração Espírito Santense.

    Metade dos entrevistados foi de pessoas com formação católica e, os demais, evangélica. Apesar de a amostra ter sido constituída dessa forma o objetivo da pesquisa não visa individualizar os resultados para cada segmento religioso em questão. Em um segundo estágio da análise dos dados (banco de dados do SPSS) isso ocorrerá, quando serão explicitadas diferenças de percepção ambiental dos dois grupos – católicos e evangélicos – mas sem nominar a origem de formação religiosa dos membros da amostra.

    Os entrevistados admitem ler regularmente jornais e revistas (48,1%), assistem TV (58,3%), não participam de Audiências Públicas convocadas pelos órgãos normativos de controle ambiental (88,9%), bem como de atividades ligadas ao Meio Ambiente junto às comunidades (não – 43,2% / não, mas gostaria – 39,7%), apresentam um reduzido conhecimento das ONGs ambientalistas (4,9%), não acessam (72,8%) sites ligados à temática ambiental (19,1% não tem acesso a computador), além de indicarem o baixo desempenho das lideranças comunitárias no trato das questões ambientais (29,2% / sendo que 40,0% admitem não conhecer as lideranças de suas comunidades), e admitem interesse por temas ligados à temática ambiental (42,3% / 44,2% apenas às vezes).

    Admitem conhecer termos (não verificada a profundidade do conhecimento assumido) como biodiversidade (63,6%), Metano (51,7%), Efeito Estufa (81,3%), Mudanças Climáticas (84,7%), Crédito de Carbono (26,0%), Chuva Ácida (57,8%), Agenda 21 (16,5%), Gás Carbônico (60,9%), Clorofuorcarbonos (36,6%), Aquecimento Global (85,4%), bicombustíveis (74,1%), Camada de Ozônio (74,3%) e Desenvolvimento Sustentável (69,5%), com 70,0% do grupo relacionando às atividades humanas às Mudanças Climáticas e que a mídia divulga muito pouco os temas relacionados ao meio ambiente (44,2%), apesar da importância do tema.

    A ação do Poder Público em relação ao meio ambiente é considerada fraca (48,2%) ou muito fraca (30,2%), os assuntos ligados à temática ambiental são pouco discutidos no âmbito das famílias (60,1% / 15,5% admitem nunca serem discutidos), enquanto a adoção da prática da Coleta Seletiva só será adotada pela sociedade se for através de uma obrigação legal (34,3%) e que espontaneamente apenas 35,7% adotariam o sistema. Indicam que os mais consumos de água são o “abastecimento público” (30,3%), seguido das “indústrias” (22,9%) e só depois a “agricultura” (10,7%), percepção inversa a realidade.

    Em análises em andamento, os resultados da pesquisa serão correlacionados com variáveis como “idade”, “gênero”, “nível de instrução”, “nível salarial”, “município de origem”, entre outras, contexto que irá enriquecer muito a consolidação final dos resultados, aspectos de grande importância para os gestores públicos e privados que poderão, tendo como base uma pesquisa pioneira no ES, definir ações preventivas e corretivas voltadas ao processo de aprimoramento da conscientização ambiental da sociedade.

    É importante explicitar que, com o apoio do NEPA, está pesquisa já está sendo iniciada em outras capitais. O grupo está aberto a realizar parcerias.




    Roosevelt S. Fernandes, M. Sc.
    COEMA – CNI
    CONSUMA – FINDES
    COMARH - FAES
    Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA
    roosevelt@ebrnet.com.br

    13 de julho de 2010 às 19:30

  • Concluímos uma pesquisa para a ASPEA voltada ao estudo da percepção ambietnal de estudantes portuguêses.
    Gostaria de encaminahr uma cópia - se houver interesse - para a Associação.

    Roosevelt S. Fernandes, M. Sc.
    Núcleo de Estudos em Percepç~çao Ambietnal / NEPA
    roosevelt@ebrnet.com.br

    13 de julho de 2010 às 19:39

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