sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Concurso externo de ingresso de Vigilantes da Natureza


Aviso n.º 13241-A/2017
Diário da República n.º 212/2017, 1º Suplemento, Série II de 2017-11-03
  • Data de Publicação:2017-11-03
  • Tipo de Diploma:Aviso
  • Número:13241-A/2017
  • Emissor:Ambiente e Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P.
  • Páginas:24900-(2) a 24900-(6)
  • Parte:C - Governo e Administração direta e indireta do Estado

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

APGVN em direto no canal televisivo TVI 24 Especial Informação


O Presidente da APGVN - Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza, Francisco Semedo Correia, esteve em direto no canal televisivo TVI 24 Especial Informação no debate PORTUGAL DEVASTADO PELO FOGO.


>>Ver aqui


terça-feira, 17 de outubro de 2017

Declaração do Primeiro-Ministro sobre os incêndios florestais


Atenção ao 5º parágrafo da Declaração do Primeiro-Ministro sobre os incêndios florestais de 15 e 16 de outubro

O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que «da parte do Governo podem contar com total determinação na assunção de responsabilidades, na reconstrução dos territórios e na reparação de danos, na execução das reformas da floresta e do modelo de prevenção e combate aos incêndios florestais», numa declaraçãosobre os incêndios florestais de 15 e 16 de outubro.

 Todavia, «este tem de ser o esforço participado e coletivo de toda a sociedade. Só assim estaremos à altura da exigência que todos partilhamos: depois deste ano, nada pode ficar como antes», sublinhou.

Referindo que nos dois dias «o País tem sido assolado com a maior vaga de incêndios desde 2006», o Primeiro-Ministro deixou «o compromisso do Governo de que apagadas as chamas, a solidariedade desta hora terá continuidade no momento da reconstrução e da reparação dos danos».

«Este é um momento de luto, de manifestar às famílias das vítimas as nossas condolências e de prestar a nossa solidariedade às populações» que tentaram proteger as suas vidas e salvar as habitações, bens e empresas.

Este é também o «momento de dar palavra de reconhecimento, de gratidão e alento a todos os que socorrem as populações e combatem as chamas sejam ele bombeiros voluntários ou profissionais, sapadores florestais, guardas da natureza ou florestais, militares da GNR ou das Forças Armadas, profissionais de saúde ou de ação social».

António Costa assegurou «que todos os meios disponíveis foram mobilizados, incluindo as Forças Armadas» e que foram acionados os mecanismos de apoio internacional, designadamente o mecanismo europeu de proteção civil, e foi ativado o estado de calamidade.

A GNR e a PJ «tem intensificado o combate à criminalidade associada aos incêndios, tendo quase duplicado o número de suspeitos identificados do ano passado para este ano».

Problema estrutural

 O Primeiro-Ministro sublinhou o caráter estrutural dos incêndios florestais, razão pela qual «lançámos há um ano a reforma da floresta», que, «com toda a determinação, nos cumpre executar de modo assegurar a redução estrutural do risco de incêndio, para garantir que temos uma floresta sustentável, que contribua para a vitalidade do mundo rural, que não seja um fator de desertificação e ameaça à segurança das populações».

«Temos consciência que o País nos exige resultados em contra-relógio, após décadas de desordenamento florestal», mas «encontramos nesta exigência nacional motivação acrescida para vencermos coletivamente esta batalha».

«A dilação na produção de resultados só torna mais urgente o início da concretização da reforma da floresta», que «não esgota as consequências a retirar deste verão dramático».

Assim, o Governo vai concretizar em medidas as conclusões e recomendações do relatório da comissão técnica independente nomeada pela Assembleia da República que analisa em profundidade todo o nosso sistema de prevenção e de combate a incêndios florestais, desejando que o consenso que presidiu à constituição desta comissão se mantenha em torno das decisões a tomar.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Não passou de uma miragem, de uma ilusão!


50 novos Vigilantes da Natureza! Não passou de uma miragem, de uma ilusão!

Em todo o mundo, os Vigilantes da Natureza estão na linha de frente da Conservação da Natureza!
Eles são o rosto e os embaixadores da Conservação da Natureza.
A variedade de tarefas e deveres dos Vigilantes da Natureza é muito vasta, desde patrulhamento, vigilância, fiscalização, aplicação da lei, até ao contacto com a população local e monitorização da vida selvagem.
Estas múltiplas funções são e continuam a ser desempenhadas com grande profissionalismo por um número escasso de Vigilantes da Natureza, que com parcos meios consegue desenvolver o seu trabalho muitas vezes devido à sua imaginação, experiência profissional e engenho.
Existe uma falta claríssima de investimento na profissão de Vigilante da Natureza por parte das diferentes tutelas onde estes profissionais desempenham funções, o seu número é tão reduzido nas CCDR - Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional que em algumas regiões não existe nenhum elemento, sendo no total 13 profissionais, na APA - Agência Portuguesa do Ambiente ainda resistem heroicamente 27 profissionais e no ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e Florestas sobrevivem 118 elementos.
O que aqui se escreve não é fruto da nossa imaginação, é verdadeiro e real, o que é uma miragem e uma ilusão é o que está previsto no Orçamento de Estado (OE) onde se preconiza a admissão de pelo menos 50 Vigilantes da Natureza para os quadros do ICNF. A realidade é que está a aproximar-se o final do ano de 2017 e não se vislumbra a entrada de novos elementos para a profissão.
Infelizmente sempre foi política do Ministério do Ambiente, não apenas do atual, abandonar e desprezar aqueles que desempenham as funções de defesa do ambiente e da conservação da natureza, sempre preferiram apoiar outras entidades pertencentes a outros Ministérios em detrimento dos funcionários da sua própria casa, é uma herança que parece aceitaram de bom grado!
O investimento em equipamentos e em formação para os Vigilantes da Natureza não passa de uma miragem. A realidade é que faltam os meios operacionais para o exercício das nossas funções, com especial incidência nas viaturas, meios informáticos e de comunicação. A verdade é que a formação contínua dos Vigilantes da Natureza é primordial para elevar os níveis culturais e conhecimentos técnicos para que se possa dar resposta à complexidade crescente que é a conservação da natureza e da biodiversidade, mas continuam a ser-nos negadas.

A nossa dedicação e profissionalismo não são em vão porque a proteção da natureza e da vida selvagem é a nossa missão!

APGVN

domingo, 8 de outubro de 2017

Verdes acusam Governo de desresponsabilização


O partido os Verdes transmitiu hoje preocupação perante a "desresponsabilização" da administração central na conservação da natureza, agravada com a progressiva transferência da direção e gestão das áreas protegidas para as autarquias.

Na sua análise da proposta de revisão da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade, que esteve em consulta pública até 30 de setembro, o Partido Ecologista os Verdes (PEV) alerta para "a municipalização da natureza" e defende o reforço de meios, nomeadamente de guardas e vigilantes.

"É com grande preocupação que o PEV vê esta contínua desresponsabilização da administração central em relação à conservação da natureza e à gestão da rede de áreas protegidas", salienta em comunicado.

Desresponsabilização que "é aprofundada com esta estratégia ao pretender passar progressivamente a direção e gestão das áreas protegidas para as autarquias locais", acrescenta.

"A extinção das direções das áreas protegidas foi um erro que tem contribuído para o processo de degradação" de vários destes espaços, critica o PEV.

Os Verdes defendem que devem ser retomadas as direções para cada área protegida, numa aposta na gestão de proximidade, por isso, os parques e reservas nacionais e naturais "devem ser dotados de uma direção e de um diretor".

Mas, aponta, o diretor "deve ser indicado e responder perante o ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas]".

"Logicamente não podemos descurar o importante papel que as autarquias têm a desempenhar nas áreas protegidas e que por isso devem estar representadas", admite, no entanto o PEV.

A sua posição é que a salvaguarda do património natural, "que a todos pertence, deve ser encarado como um todo e por isso mesmo gerido pela administração central, com uma estratégia nacional".

Os Verdes garantem continuar a propor em sede de Orçamento do Estado o reforço dos meios humanos, materiais e financeiros -nomeadamente no que respeita ao corpo de guardas e vigilantes da natureza -, para obter um aumento progressivo, durante os próximos dez anos.

Segundo os Verdes, o continente deve ter, pelo menos, 300 guardas e vigilantes, "pelo que o reforço anual deve ser de 50", até se atingir esse número, sendo que, referem, o corpo destes profissionais tem atualmente 118 elementos, estando previsto um reforço de 30 elementos até final do ano.

Reclamam a concretização de um levantamento exaustivo e "o mais real possível" da situação dos habitats e espécies da fauna e da flora portuguesas.

No parecer enviado à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o PEV critica o período escolhido para a consulta pública do documento, coincidindo com a campanha para as eleições autárquicas, transmite dúvidas acerca da "verdadeira eficácia" do documento, já que "a primeira versão, em vigor desde 2001, foi implementada de forma muito deficitária", e refere que esta revisão "peca por tardia", tendo sete anos de atraso.

Os Verdes apontam a necessidade de um reforço de medidas para aumento da biodiversidade, de um plano de ação para a redução das mortes da fauna por atropelamento nas estradas portuguesas e de encontrar forma de travar a monocultura florestal nas áreas protegidas.

Fonte: DN/LUSA

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Curso de Identificação de Peixes dos Ecossistemas Fluviais


6ª Edição do Curso de Identificação de Peixes dos Ecossistemas Fluviais de Portugal, de 9 a 13 de Outubro em Lisboa.

O Curso de Identificação de Peixes dos Ecossistemas Fluviais de Portugal realiza-se anualmente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, lecionado pelos maiores especialistas nacionais dos diferentes grupos de peixes.
Os peixes dulciaquícolas e migradores constituem o grupo de vertebrados mais ameaçados de Portugal, havendo uma enorme falta de conhecimento essencial para a conservação deste grupo. De referir que não existem quaisquer guias de identificação das diferentes espécies em Portugal, que este grupo tem sido alvo de constantes revisões taxonómicas, de actualizações das áreas de distribuição das diferentes espécies e invasões de novas espécies em Portugal.
 Nas edições anteriores no Curso de Identificação de Peixes já participaram cerca de 90 formandos de diferentes Universidades, Institutos, Empresas de Consultoria e Câmaras Municipais. A avaliação dos alunos tem sido excelente, com elevado nível de satisfação. Por exemplo, a avaliação global do curso pelos alunos tem uma avaliação 4.78 (no máximo de 5), considerando a avaliação realizada por 89 formandos.
 Este curso intensivo, com duração de uma semana, tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre as comunidades de peixes existentes nos ecossistemas fluviais Portugueses. O curso tem uma forte componente prática, formando os participantes para conhecer e aprender a identificar as 65 espécies nativas e exóticas encontradas nos nossos rios e barragens. Os participantes terão uma saída de campo aprendendo várias técnicas de amostragem e uma visita ao Fluviário de Mora.

 Mais informação aqui:
 https://sites.google.com/site/cursopeixesfluviais/

 Email de contacto: cursopeixes2014@gmail.com

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Campismo selvagem não é o mesmo que selvajaria


Campismo selvagem 
Sempre associei o campismo selvagem às pessoas que amam a Natureza e adoram viver momentos únicos em locais de grande beleza. Considerava estes campistas como uns verdadeiros ecologistas, que viviam na Natureza sem o conforto a que estamos habituados a usufruir no dia a dia!
Pura ilusão! Enorme desilusão! 
Ao percorrer a costa portuguesa deparei com imensos campistas selvagens, que praticam autênticos actos de selvajaria, por onde passam deixam um rasto de destruição e de imundice, brinda-nos com montanhas de lixo, muitos com algum requinte, o que demonstra o seu alto civismo, pasmem! Alguns dos inúmeros sacos cheios de lixo que deixam no local onde pernoitaram estão atados, o que demonstra a sua enorme preocupação ambiental e o enorme gosto pela Natureza, devem pensar que alguém tem a obrigação de recolher o seu lixo porque ele como campista selvagem tem uma imagem a manter, ou seja, praticar selvajaria!
Quando os Vigilantes da Natureza deparam com os campistas selvagens, os verdadeiros, estes compreendem que não é permitido acampar em espaços selvagens e saem livremente e com a preocupação de não deixarem vestígios da sua presença, quando deparam com os praticantes de selvajaria a situação fica mas complicada para além de não acatarem o que lhes é pedido, ainda consideram normal deixarem espalhado o lixo que produziram. Para além disso consideram a contraordenação uma afronta aos seus direitos cívicos. Como a maioria destes cidadãos são estrangeiros o pagamento da coima nunca é efetuado, com os nacionais acontece precisamente o mesmo devido à demora da instrução dos processos, motivado pelo escasso número de juristas a desempenhar funções no ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
Está na altura da situação mudar, quem ama a Natureza sabe respeita-la e sabe que a sua liberdade termina quando as suas  acções prejudicam os outros cidadãos e o equilíbrio existente na vida selvagem.
APGVN




sexta-feira, 15 de setembro de 2017

São tão poucos e fazem tanto pela Natureza!


Os 118 Vigilantes da Natureza a desempenhar funções no ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, efetuam vigilância, fiscalização e monitorização na RNAP - Rede Nacional de Áreas Protegidas, em território continental, que ocupa uma área de 791 895,1 ha, contabilizando área marinha (53 621,3 ha) e área terrestre, o que representa cerca de 8% da área total do nosso território continental.

Os Vigilantes da Natureza exercem na sua atividade diária fiscalização no âmbito da Rede Natura 2000 em Portugal continental, num território que totaliza 39 781,00 Km².
A área classificada por estes dois regimes totaliza cerca de 22% do território terrestre continental. A este valor acrescem cerca de 2 940 893 hectares de área marinha classificada e 530 mil hectares dos Perímetros florestais, aos quais devemos somar  20.000 km2 do território onde os Vigilantes da Natureza efetuam a avaliação de prejuízos atribuídos ao lobo.

Tabela com o número de Vigilantes da Natureza do ICNF ao longo dos anos:
ANO
VIGILANTES DA NATUREZA ICNF
1988
134
1995
154
1999
188
2002
155
2004
147
2013
122
2017
118

O cenário de falta de Vigilantes da Natureza é tão grave que na APA - Agência Portuguesa do Ambiente exercem funções apenas 27 Vigilantes da Natureza e nas CCDR - Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional existem somente 13 Vigilantes da Natureza. Estes Vigilantes da Natureza exercem funções em todo o território nacional, APA I.P., enquanto autoridade Nacional para os Resíduos e Recursos Hídricos entre outros e nas CCDR’s com competência regional ao nível de resíduos, e ordenamento do território.
Nas Regiões Autónomas os valorosos Vigilantes da Natureza são em número muito escasso, na Madeira o efetivo é constituído por 38 profissionais e nos Açores por somente 33.
Os Vigilantes da Natureza são sem qualquer tipo de dúvida um pilar fundamental não só para a Conservação da Natureza, mas também para o desenvolvimento sustentável das regiões, principalmente no âmbito ecológico, económico e social, com o seu contributo rompeu-se com o anterior paradigma de gestão das áreas protegidas onde se defendia a ideia de isolamento dos locais a proteger e de interdição às atividades humanas. Devido à sua ação e cooperação com as populações, estas sentem-se mais próximas do património natural e cultural, sendo cada vez mais evidente o seu papel como agentes educadores da sociedade.


APGVN

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

O Presidente da ERF – European Ranger Federation em Portugal


Frank Gruetz estará em Portugal na Conferência da EUROPARC de 06 a 10 de setembro de 2017.
A Federação EUROPARC é a rede para o património natural e cultural da Europa. Fundada em Basileia, no ano de 1973, o seu trabalho tem por base a melhoria da gestão das Áreas Protegidas na Europa através da cooperação internacional, o intercâmbio de ideias e experiências, e influenciando a política.
Com sede em Regensburg (Alemanha), escritório em Bruxelas (Bélgica) e com membros ativos e seções em toda a Europa, a EUROPARC procura apoiar os seus membros na conservação das Áreas Protegidas europeias. A Federação EUROPARC dedica-se à conservação da natureza e ao desenvolvimento sustentável da biodiversidade da Europa, promovendo a paisagem holística nas diversas abordagens da sua gestão.
Muitos projetos e programas foram implementados e concluídos desde que a Federação EUROPARC iniciou a sua atividade. A Federação tem contribuído significativamente para aumentar a consciência pública sobre Áreas Protegidas e estimular políticas europeias de conservação da natureza.
Atualmente, a EUROPARC representa centenas de entidades responsáveis e milhares de Áreas Protegidas em 36 países, e é reconhecida em todo o mundo como uma rede profissional de Áreas Protegidas europeias. A EUROPARC está atenta aos desafios atuais e futuros que a natureza enfrenta e todos têm uma palavra a dizer.
A Conferência EUROPARC é um evento europeu com um enfoque internacional, que reúne vários especialistas em torno de questões temáticas relacionadas com a conservação da natureza e do património cultural, bem como a gestão sustentável de todas as atividades dentro de áreas protegidas e classificadas. O evento acontece em Portugal, de 6 a 10 de setembro, numa área geográfica de enorme valor ambiental e cultural, composto por Arouca, Castelo de Paiva, Castro Daire, Cinfães, S. Pedro do Sul, Sever do Vouga e Vale de Cambra.
O tema para o evento é Novas Vozes, Novas Visões, Novos Valores para as Pessoas e Natureza na Europa e irá centrar o debate sobre o papel das áreas protegidas como territórios modelo para promover um desenvolvimento socialmente mais inclusivo, ambientalmente saudável e economicamente justo para todos.

O nosso Presidente estará como moderador no Workshop intitulado: OS NOVOS “RANGERS” DOS PARQUES – DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS PARA EQUIPAS DE VIGILANTES DA NATUREZA MAIS EFICAZES

Por todo o mundo, os Park Rangers (Vigilantes da Natureza) aparecem na linha da frente no que diz respeito à conservação da natureza. Eles são o rosto e os embaixadores dos seus Parques junto do público. A variedade de tarefas e deveres dos Park Rangers é muito ampla, desde patrulhar e manter a ordem até à educação ambiental, monitorização da fauna selvagem e gestão dos recursos. Tal como as tarefas dos Park Rangers na Europa que são bastante amplas, também os programas de formação dos Park Rangers nos diferentes países da Europa vão variando. Iremos examinar alguns programas de formação para Park Rangers e abordagens na Europa, realçando as competências e standards necessários para um “novo” Park Ranger.

APGVN

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Uns têm quase tudo e outros praticamente nada!


A recuperação dos animais selvagens feridos ou debilitados tem como finalidade principal contribuir para a Conservação da Natureza.
Muitas vezes cidadãos responsáveis e conscientes encontram animais selvagens feridos ou debilitados e não sabem exatamente o que fazer, a primeira reação é procurar na internet por entidades que possam auxiliar. Algumas das Organização Governamentais ligadas ao Ambiente e as próprias Organizações Não-governamentais de Ambiente aconselham as pessoas a contactar ou com a GNR ou com o ICNF, no entanto os cidadãos desesperam com a quantidade de telefonemas que têm que efetuar para falar com o serviço responsável e muitas vezes ou não conseguem contactar com ninguém, principalmente ao fim de semana quando ligam para o ICNF (só os Vigilantes da Natureza trabalham ao fim de semana e como estão no terreno ninguém atende na sede), ou obtêm uma resposta negativa por parte da GNR se o animal ferido ou debilitado não pertencer a uma espécie ameaçada. A resposta mais comum por parte dos serviços da GNR é que “esse procedimento é da responsabilidade dos Vigilantes da Natureza”, o que para nós é motivo de orgulho!
A solução que muitos dos cidadãos encontram é ligar para a APGVN - Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza, que é uma associação profissional e de defesa do ambiente, que nunca se nega a ajudar! São inúmeros os lamentos dos cidadãos, que indignados declaram não compreender a posição da GNR em se recusar a efetuar a recolha de animais de espécies não ameaçadas, ou seja, o que não é notícia!
Atenção não somos nós, Vigilantes da Natureza, que o afirmamos, são os factos incontornáveis e as dezenas de telefonemas que os dirigentes da APGVN recebem diariamente, principalmente ao fim de semana, com pedidos de ajuda!
Para os Vigilantes da Natureza todos os animais são importantes e têm o seu papel na Natureza.
A GNR tem os meios e o número de efetivos que nos são negados, e que solicitamos constantemente, sendo sistematicamente ignorados. À GNR são fornecidas viaturas equipadas com sistema de transporte adaptado a animais, com sistema de refrigeração e com o material necessário à captura dos animais feridos ou debilitados e os Vigilantes da Natureza fazem a recolha, os primeiros socorros, quando necessário, com material improvisado e efetuam o transporte no próprio habitáculo da viatura que conduzem.
Enquanto uns têm quase tudo faltando-lhes apenas o amor e dedicação à Natureza aos outros falta-lhes os meios e as condições necessárias para um mais eficaz desempenho da profissão a que dedicam a sua vida!


APGVN – Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Vigilantes da Natureza no Algarve protegem a vida selvagem


Os Vigilantes da Natureza escasseiam e os meios à sua disposição não são os melhores, mas a sua determinação e profissionalismo supera todas as dificuldades que têm que enfrentar.
Os Vigilantes da Natureza são uma presença permanente na Natureza, protegem as paisagens e as áreas classificadas, tudo fazem para garantir a salvaguarda da fauna e flora silvestres, efetuando monitorização ambiental, de espécies e habitats, colaboram ativamente em estudos científicos, efetuam uma fiscalização e vigilância constante e aplicam as medidas preventivas e repressivas necessárias.
Nestes últimos dias os Vigilantes da Natureza do Parque Natural da Ria Formosa – Departamento da Conservação da Natureza e Florestas do Algarve, recolheram e entregaram no Centro de Recuperação de Aves da Quinta de Marim, seis gaivotas de patas-amarelas, um açor e um gavião.
APGVN
Fotos: Silvério Lopes

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Faltam meios para os 229 Vigilantes da Natureza Portugueses



Na segunda-feira celebrou-se o Dia Mundial do Vigilante da Natureza. Em Portugal, há 229 vigilantes da natureza que fazem de tudo um pouco, desde ajudar em censos de espécies selvagens até a identificar fontes poluidoras. A falta de meios é um dos maiores desafios à profissão, contaram à Wilder.

 Hoje há 229 Vigilantes da Natureza em Portugal, segundo a Associação Portuguesa dos Guardas e Vigilantes da Natureza (APGVN). Estas equipas estão distribuídas pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (118), pela Agência Portuguesa do Ambiente (27), Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (13), Região Autónoma da Madeira (38) e pela Região Autónoma dos Açores (33).

Nos seus patrulhamentos vigiam, fiscalizam e monitorizam o Ambiente, intervindo no domínio hídrico, património natural e conservação da natureza.

A lista daquilo que fazem é extensa. Monitorizam espécies selvagens e habitats, em especial aves migratórias e participam em censos populacionais, como foi o caso do Censo de Garajaus 2017, que aconteceu em Julho passado, um projecto coordenado pela Direção Regional dos Assuntos do Mar (DRAM) dos Açores, em parceria e com o apoio dos Serviços de Ambiente e dos Parques Naturais de Ilha.

Além disso ajudam a recuperar a fauna selvagem – como a tartaruga-boba (Caretta caretta) juvenil que arrojou no início de Junho na praia do Porto Pim e que foi resgatada pelos vigilantes da Natureza do Parque Natural do Faial – e a controlar o tráfico de espécies, fiscalizam resíduos e avaliam o seu estado de perigosidade, fazem a inventariação de fontes poluidoras e monitorizam a qualidade das águas, colaboram na reintrodução de espécies ameaçadas como o lince-ibérico, por exemplo.

“Os Vigilantes da Natureza são uma presença permanente na Natureza, protegem as paisagens e as áreas classificadas, tudo fazem para garantir a salvaguarda da fauna e flora silvestres”, explicou à Wilder Francisco Correia, presidente da APGVN.

Este responsável salientou ainda que “os Vigilantes da Natureza são pessoal de terreno mas não têm como missão exclusivamente a proteção da Natureza e da Biodiversidade, orientando o seu desempenho também para servir as comunidades locais e a sociedade em geral”. “Devido à sua ação e cooperação com as populações, estas sentem-se mais próximas do património natural e cultural”, acrescentou.

Actualmente, a falta de meios é um dos maiores desafios à profissão, segundo este responsável. No terreno há “falta de meios operacionais para o exercício das suas funções, com especial incidência nas viaturas, meios informáticos e de comunicação”.

Para Francisco Correia, “o número de efetivos existentes em território nacional atingiu um patamar muito preocupante”. Para solucionar esta situação, o responsável defende a adopção urgente “de medidas extraordinárias de descongelamento de vagas para a carreira de Vigilante da Natureza e a abertura dos respetivos procedimentos de concurso”. Ainda que a dimensão dos países seja maior que a de Portugal, Francisco Correia salienta que “o efetivo de Vigilantes da Natureza em Espanha é de 6.000 agentes” e que “o Corpo Nacional de Vigilantes da Natureza em Itália é constituído por 8500 profissionais”.

Este problema já tinha sido denunciado em Maio, por ocasião do Dia Europeu dos Parques Nacionais. Em declarações à agência Lusa, citadas pelo Diário de Notícias, Francisco Correia defendeu a necessidade urgente de “haver um reforço de pessoas no terreno”. “Recordo que o Governo abriu há poucos meses um concurso de admissão de 20 guardas, quando o Orçamento do Estado para este ano previa pelo menos 50”, disse então à Lusa.

 Outro desafio identificado à Wilder é a formação contínua dos vigilantes da natureza e a “criação de um estabelecimento de formação para estes profissionais não é uma solução descabida”. “A formação contínua dos Vigilantes da Natureza é primordial para elevar os níveis culturais e conhecimentos técnicos para que se possa dar resposta à complexidade crescente que é a conservação da natureza e da biodiversidade”. Além disso, “a ampliação da superfície a fiscalizar verificada nos últimos anos origina a necessidade de melhorar o funcionamento e a monitorização desses locais”.

Francisco Correia identificou ainda a falta de reconhecimento dos decisores em relação ao Corpo Nacional de Vigilantes da Natureza que, a partir de 1999, sofreu “uma diminuição de efetivos que se tornou preocupante”. Assim, o responsável pede a “aprovação e republicação desta carreira como carreira especial” e uma “atualização do conteúdo funcional da mesma”, no sentido de ser considerada um órgão de polícia criminal e agente de proteção civil.



Fonte: Helena Geraldes, WILDER

http://www.wilder.pt/historias/faltam-meios-para-os-229-vigilantes-da-natureza-portugueses

quarta-feira, 26 de julho de 2017

DIA MUNDIAL DO VIGILANTE DA NATUREZA (PARK RANGERS)

DIA MUNDIAL DO VIGILANTE DA NATUREZA (Park Rangers) 
31 DE JULHO 2017
No Dia Mundial dos Vigilantes da Natureza recordam-se os companheiros mortos e feridos no cumprimento do dever e celebra-se com orgulho, o empenho de todos os Vigilantes da Natureza para proteger os tesouros naturais e culturais do mundo.

O Dia Mundial do Vigilante da Natureza celebra-se anualmente a 31 de julho e é comemorado por todas as associações federadas na IRF - International Ranger Federation, pela The Thin Green Line (fundação pertencente à IRF que tem como missão dar apoio aos Vigilantes da Natureza e aos seus familiares) e por organizações não-governamentais de defesa do ambiente, por escolas, universidades e pessoas a nível individual que apoiam o trabalho dos Vigilantes da Natureza na proteção da Natureza em todo o mundo.

No dia 31 de Julho, faremos uma pequena pausa, no nosso trabalho diário, de reflexão sobre o sacrifício que fazem os Vigilantes da Natureza na proteção da Natureza, para recordar os companheiros que faleceram no exercício das suas funções e refletir sobre a coragem de quem assumiu a continuidade do seu trabalho.

Este ano é especial porque celebramos o 25.º aniversário da IRF, é também uma comemoração de reconhecimento pelo trabalho e desempenho de todos os companheiros que estiveram na formação da IRF e por quem tem mantido o seu ininterrupto funcionamento, devido à sua dedicação os Vigilantes da Natureza de todo o mundo são ouvidos a uma única voz. 

Por favor veja os vídeos:

1. Sean Willmore’s World Ranger Day video, link: https://www.youtube.com/watch?time_continue=3&v=XByI6QVNcIs                        
  2. Dr Jane Goodall’s World Ranger Day video, link: https://www.youtube.com/watch?v=zrPl1ruUIN8
3. The Thin Green Line Documentary, link: https://www.youtube.com/watch?v=zO8PzpvUNaI
4. Online World Ranger Day Event Hosting Application. link: http://www.internationalrangers.org/event-application/