sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Cabras-montês da Mata do Cabril poderão ter fugido do fogo para Espanha

O fogo que lavra há mais de uma semana na Mata do Cabril poderá ter afugentado para Espanha o núcleo de cabra-montês, espécie Criticamente em Perigo, que aí vivia isolado há cerca de dez anos. Mas o núcleo mais importante destes animais no Parque Nacional da Peneda-Gerês está a salvo.

Ontem, Miguel Dantas da Gama, do Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (FAPAS), tentou avistar as cerca de 40 cabras-montês (Capra pyrenaica lusitanica) que vivem na Mata do Cabril, mais de metade da qual foi já atingida pelas chamas que deflagraram a 11 de Agosto. “Não consegui ver nenhuma, ainda que isso não queira dizer nada. Mas é natural que mesmo assim, com a confusão de meios aéreos e no terreno, elas se tenham afastado e atravessado a fronteira para Espanha”, contou ao PÚBLICO. “Os últimos dez dias têm trazido muitas pressões a um vale onde não há perturbações”. Na altura do incêndio, os animais encontravam-se na margem direita da Mata que faz fronteira com Espanha, a uma quota mais elevada, para escapar às elevadas temperaturas e por causa dos pastos. Agora, “a tendência será subirem para a linha de fronteira”, explicou. A alternativa seria fugir para o lado de Portugal mas para isso teriam de passar pelos solos queimados. “Parte do espaço vital das cabras da Mata já foi afectado”.

Mas apesar da intensidade do incêndio, que Dantas da Gama acredita já ter passado por 80 por cento da Mata do Cabril, não existirá “risco imediato de [as cabras] morrerem queimadas”.

O núcleo populacional desta Mata é um dos três no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Juntamente com a Galiza, existirão 400 cabras-montês, estima Miguel Pimenta, daquela área protegida. Depois de ter sido dada como extinta em Portugal no final do século XIX, a cabra-montês foi reintroduzida em 1997 na Serra do Xurês, Galiza, medida que ditou o regresso do animal às serras do Gerês.

A área afectada este ano pelo fogo na Mata do Cabril é muito importante para esta subespécie, “devido ao seu isolamento e qualidade de habitats”, explicou ao PÚBLICO Miguel Pimenta. Foi nas suas vertentes escarpadas que surgiu o primeiro núcleo de cabra-montês, depois de ter sido reintroduzida. Desde então, a sua área de distribuição espalhou-se e actualmente o núcleo mais importante é o da Serra do Gerês.

Hoje, ainda não se conhecem os impactos do incêndio. Miguel Pimenta admite que os animais se possam ter deslocado um pouco de zona. Mas “só quando a situação estabilizar é que teremos condições para fazer uma monitorização”, adiantou o responsável.

Dantas da Gama continua preocupado com a Mata do Cabril, algo fragilizada depois de ter sofrido o último grande incêndio há pouco mais de dez anos. Este será pior, agravado por fogos anteriores, considera. “Em algumas zonas, a mata estava a dar os primeiros sinais de recuperação. Agora, retrocedemos dez ou 20 anos. Perdemos as árvores mortas e a decomposição de matéria orgânica no solo, necessária a muitas espécies e o fogo abriu clareiras que deixam entrar mais luz e possibilitam menos humidade”, explicou. “Seriam precisos 30 ou 50 anos sem incêndios para a regeneração da Mata”, uma “das nossas Amazónias”.

Fonte: Publico.pt

Algarve: tartarugas mortas devido a redes de pesca

O Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) revelou ontem que as tartarugas encontradas mortas em praias do Algarve este verão ficaram presas em redes de pesca, não havendo indícios de problemas epidemiológicos.

Os animais observados por especialistas apresentavam lesões exteriores, "habituais no arrojamento de tartarugas em zonas com actividade pesqueira, por os animais se deixarem prender nas redes de pesca, morrendo antes de ser detectada a sua captura acidental", informou o ICNB.

Em Julho e Agosto deram à costa no Sotavento 35 tartarugas mortas em consequência de arrojamentos, quase todas da espécie mais comum em Portugal (tartaruga-boba, Caretta caretta), um número considerado "atípico" e quase nove vezes superior ao registado em anos anteriores no Algarve. Para o Instituto, "o aumento significativo da temperatura da água do mar este verão no Algarve é, por si só, explicativo para a aproximação das tartarugas marinhas" à costa, onde a interacção com a actividade pesqueira justifica os arrojamentos verificados.

Fonte: Diário de Notícias

Fogo posto foi a causa de 22 por cento dos incêndios florestais


A negligência está na origem de 44 por cento dos fogos na floresta. Uma parte significativa não é investigada por falta de meios.

O Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (Sepna) da GNR, responsável pela investigação das causas dos incêndios florestais, terminou este ano 3943 inquéritos, tendo concluído que a maioria (44 por cento) é de origem negligente. Os fogos intencionais representam 22 por cento do total e as causas naturais são responsáveis por apenas dois por cento das ignições investigadas. Não foi possível determinar a causa de um terço dos fogos.

Os números não são muito diferentes do ano passado, em que o fogo provocado por incendiários foi a causa de 26 por cento dos casos investigados. As negligências, que explicam a maioria dos fogos, são reportadas ao Ministério Público, que normalmente delega na GNR a investigação, adianta o responsável do Sepna, o tenente-coronel José Grisante. Quem provocar um incêndio florestal com um comportamento negligente incorre numa pena de prisão até três anos ou multa. Mas não há dados sobre condenações.

Quando a GNR detecta indícios de crime doloso, o Sepna reporta o caso à Polícia Judiciária (PJ), que possui competência reservada sobre este ilícito. Mas a informação recolhida pelos militares é muitas vezes relevante para as detenções. Isso mesmo é assumido pela PJ nos seus comunicados, como acontece com uma das duas detenções anunciadas ontem. A Directoria de Lisboa e Vale do Tejo "identificou e deteve, com a colaboração dos Serviços de Protecção Florestal da GNR, um homem, de 38 anos de idade, casado, ex-madeireiro e actualmente auxiliar agrícola, pela presumível autoria de três incêndios que destruíram 21 hectares de eucaliptal", na zona de Santarém, lê-se na nota. O suspeito fica obrigado a apresentar-se duas vezes por semana às autoridades. Também ontem foi anunciada a detenção de um homem de 52 anos, em Ribeira de Pena, suspeito de atear um fogo a 31 de Julho. "O arguido, com antecedentes criminais como incendiário e que agia por deslumbramento e prazer perante o espectáculo das chamas, é suspeito de ter feito deflagrar outros fogos", diz outro comunicado. Ficou apenas com termo de identidade e residência. Até ontem, a PJ deteve 24 suspeitos de incêndio florestal, 12 dos quais ficaram em prisão preventiva. Foi o caso do homem de 32 anos, suspeito de atear o incêndio de Castro Daire, que estava a cumprir pena de prisão (pelo mesmo crime), em regime de dias livres.

Mas uma parte significativa das ocorrências não é investigada por falta de meios. José Grisante garante, contudo, "a investigação de todos os fogos com uma área ardida superior a 100 hectares e mais de 80 por cento dos fogos entre os dez e os 100 hectares".

Chamas em Alijó cortaram trânsito no IP4 em ambos os sentidos

O reacendimento de um incêndio em Alijó, Vila Real, obrigou ao corte do Itinerário Principal 4, que liga Amarante a Bragança, durante perto de duas horas na tarde de ontem. Ao início da noite, o incêndio continuava com duas frentes activas numa área de mato com pinheiros dispersos, tendo passado para o concelho de Murça.

Pouco antes, o segundo-comandante operacional distrital, Almor Salvador, dava conta ao PÚBLICO de que o combate estava a correr bem e que esperava ter o incêndio dominado até ao fim da noite. "Esperemos que os ventos não nos troquem as voltas", dizia. A página da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), às 21h00, contabilizava 188 ignições ao longo do dia, quatro das quais estavam activas. Além do fogo de Alijó, que mobilizava 95 combatentes e 22 veículos, havia um outro em Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, também com duas frentes activas. Outros dois eram dados como dominados.

Um deles era o fogo que já destruiu cerca de metade da Mata do Cabril, uma das três áreas de protecção integral do Parque Nacional da Peneda-Gerês. O comandante distrital de Viana do Castelo, António Antunes, explicava ao fim da tarde por que é que o incêndio que começou na sexta-feira passada ainda não estava extinto. "Neste momento, o incêndio está confinado e estamos a tentar que não saia daí, construindo um aceiro. Mas só para chegar ao fundo da encosta do Cabril os homens demoram duas horas e meia", realçou. O fogo continuava ao fim do dia com duas frentes, apesar da Protecção Civil o considerar dominado. "Uma virada a Noroeste, com início na linha de água, a ser contida por um aceiro, com o apoio de uma máquina de rasto e pessoal apeado, e uma segunda virada a nordeste", lia-se no site da ANPC.

PSD pede medidas

O líder do PSD quer saber como será defendida a área que ainda não ardeu neste Verão para não se repetirem erros do passado. De visita à área ardida em S. Pedro do Sul, Passos Coelho pediu ontem alterações à utilização económica da floresta e, citado pela Lusa, criticou "a fraca intervenção" dos ministérios da Agricultura e do Ambiente no ordenamento do território.

Fonte: Publico.pt

“Rhino Mafia” volta a atacar no Parque Nacional de iMfolozi!

“Rhino Mafia” volta a atacar no Parque Nacional de iMfolozi!






Na madrugada de quarta-feira, dia 18 de Julho, um grupo de caçadores furtivos abateram a tiro de AK47, mais um rinoceronte-branco macho adulto, para retirar os seus chifres.

O corpo do animal foi descoberto, pouco depois da 9:00 horas, a poucos metros de uma estrada, perto de Masinda , no Parque Nacional de iMfolozi, durante uma patrulha, realizada pelos Guarda-parques.

Este ano, é já 14º rinoceronte-branco a morrer nas mãos de caçadores furtivos, na província de KwaZullo-Natal, na África do Sul.
Apesar desta matança ocorrer perto de um alojamento de pessoal do Parque, os caçadores furtivos não foram detectados.

Fontes: Dave Savides - Zululand Observer - fotos por Jasper Kaplan

O Atlântico Norte está a esconder um mar de lixo


A maior concentração de plástico no oceano Atlântico está entre as Bermudas e a América do Norte. Entre 1986 e 2008 os cientistas da Associação para a Educação Marinha, com a ajuda de sete mil alunos norte-americanos, utilizaram redes de plâncton para medir o plástico que existe no Atlântico Norte. Os resultados publicados agora na Science associam a movimentação do lixo com as correntes marinhas, mas não explicam para onde vai parte do plástico que está a ser lançado para o mar.

“A informação [recolhida] confirma que a física básica dos oceanos explica porque é que o plástico se acumula nesta região tão longe da costa”, disse em comunicado Kara Lavender Law, cientista da associação e uma das autoras do estudo.

Durante mais de duas décadas foram feitas 6100 apanhas de lixo com a rede de plâncton e retiraram-se 64 mil pedaços de plástico – 83 por cento do plástico que se apanhou estava situado na região entre as Bermudas e os Estados Unidos. A maioria dos pedaços tem milímetros de comprimento e é composto por polietileno e polipropileno, materiais menos densos que flutuam na água.

Em 1997, uma apanha que durou 30 minutos obteve 1069 pedaços, o que equivale a 580 mil pedaços por quilómetro quadrado, o máximo de sempre. Como termo de comparação, a concentração máxima de lixo encontrada no mar das Caraíbas e no golfo do México foi de respectivamente 1414 e 1534 pedaços por quilómetro quadrado. Na década de 1970, a concentração era de 167 mil pedaços.

Uma das questões que se levantaram foi o destino do lixo enviado para o oceano. Segundo os autores, entre 1980 e 2008 o plástico deitado no lixo norte-americano aumentou quatro vezes para perto de trinta milhões de toneladas, mas a captura do material não acompanhou esta tendência.

Os autores lançam algumas teorias para este “desaparecimento”: os pedaços podem, com o tempo, tornar-se tão pequenos que não são recolhidos pelas redes, podem afundar-se ou podem ser comidos por animais, como já foi registado. Não se sabe.

Fonte: Publico.pt

Águas algarvias mais quentes levaram as 49 tartarugas para zonas de risco

As 49 tartarugas marinhas encontradas mortas nas praias do Algarve, desde 1 de Janeiro, estão muito longe de constituir um cenário normal. As autoridades explicam o fenómeno com o aumento das temperaturas da água do mar que terão atraído os animais para perto da costa, das artes de pesca e do choque com embarcações.

Élio Vicente, biólogo marinho do Zoomarine, admite que encontrar 49 animais mortos é “muitíssimo anormal”. “Habitualmente encontramos, por ano, entre seis e oito tartarugas marinhas mortas nas nossas praias. O ano recorde foi 2006, com onze animais”, lembrou ao PÚBLICO. Só nas últimas cinco semanas foram encontradas sem vida 36 tartarugas-bobas (Caretta caretta), a espécie mais comum ao longo da costa portuguesa.

Numa nota divulgada esta tarde, o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) revela que vários dos animais “registam a presença de lesões exteriores, habituais no arrojamento de tartarugas em zonas com actividade pesqueira, por os animais se deixarem prender nas redes de pesca, morrendo antes de ser detectada a sua captura acidental”.

De acordo com o ICNB, este não será um episódio de natureza epidemiológica, antes resultando de uma alteração na zona de distribuição das tartarugas. O “aumento significativo da temperatura da água do mar que se tem verificado durante este Verão no Algarve” estará a atrair as tartarugas para a costa. Na verdade, “normalmente as tartarugas não são observadas junto da orla costeira”, constata o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. O padrão de distribuição destas espécies está, assim, a ser alterado, “potenciando a ocorrência de maiores concentrações em zonas onde normalmente o número de animais é mais reduzido”.

O problema é que é junto à zona costeira que se concentram mais ameaças às tartarugas, desde as artes de pesca que as prendem, aos plásticos que as sufocam e às embarcações com as quais colidem. É aqui que “a interacção com a actividade pesqueira facilmente justifica o número de arrojamentos verificado”, constata o ICNB.

Também as águas costeiras espanholas têm registado um elevado número de tartarugas, “facto sem dúvida associado às elevadas temperaturas da água do mar”. “Em Maio/Junho, na zona de Doñana (Espanha) foi registado um número anormalmente elevado de tartarugas marinhas vivas com claros sinais de terem sofrido interacções com actividades humanas”, conta.

O ICNB adianta que no caso de surgirem mais animais mortos nas praias, estes serão recolhidos para a realização de necropsias, a fim de determinar a causa da morte.

Para “despistar toda e qualquer possibilidade”, esta semana o instituto activou a recolha de amostras específicas para despistagem de patologias de origem vírica e bacteriana.

O arrojamento das tartarugas está a ser acompanhado pelo ICNB em articulação com as autoridades marítimas locais, Zoomarine e Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem. De acordo com os dados recolhidos nos últimos dias, o instituto afirma que é possível que nos próximos dias os índices de mortalidade regressem à normalidade.

Fonte: Publico.pt

Associação denuncia caudal baixo do Tejo e pede intervenção do Governo

Nos últimos dois meses, o caudal do rio Tejo tem estado demasiado baixo, alertou ontem o Movimento Pelo Tejo (proTEJO) que aproveitou para pedir ao Governo português que tome uma posição junto de Espanha, onde a água estará retida.

O movimento estranha os baixos caudais do rio em Julho e na primeira quinzena de Agosto, até porque o último Inverno “teve muita água”, disse Paulo Constantino, do proTEJO. E já há consequências. A diminuição do caudal do rio faz com que o castelo de Almourol “se ligue à margem direita do rio”, deixando de ser uma ilha e causando problemas aos barqueiros que ainda operam no Tejo, que vêem “a sua actividade paralisada”.

Já em Espanha, a situação é diferente. Este Inverno “permitiu um armazenamento de água na bacia do Tejo em Espanha muito superior ao registado na última década”, acrescentou Paulo Constantino, pormenorizando que o “armazenamento de água em Espanha encontra-se a 75 por cento da sua capacidade total”.

Por isso, o movimento considera “inaceitável e indecorosa qualquer argumentação relacionada com a falta de água, nem o apelo de [Espanha] às excepções de indicadores de seca ou de precipitação incluídas na Convenção de Albufeira”.

O proTEJO pede ao Governo português “o exercício do direito a recursos hídricos partilhados e a oposição à gestão unilateral do Governo espanhol, contrária ao princípio da unidade da gestão da bacia hidrográfica estabelecido na Directiva Quadro da Água”. Pede ainda que o executivo português “defenda uma definição de caudais ambientais integrados nos planos de gestão da região hidrográfica do Tejo ao longo de toda a sua bacia em Portugal e Espanha”.

A associação critica ainda a falta de monitorização online dos caudais e pede ao Governo que a informação sobre os volumes da água deste rio seja possível de aferir em tempo real, porque o actual sistema apenas permite conhecer os dados acerca dos últimos dois meses “lá para Outubro”.

Fonte: Publico.pt

Incêndios: PS Madeira pede audição parlamentar para avaliar catástrofe


O PS-Madeira anunciou hoje que vai apresentar na Assembleia Legislativa um pedido de audição para avaliar a dimensão da catástrofe causada pelos incêndios que, no fim-de-semana, destruíram cerca de seis mil hectares de floresta e matos.

Bernardo Martins, deputado do grupo parlamentar socialista, considera que esta é uma “catástrofe ecológica” para a Madeira e lembrou que o fogo deixou as serras desprotegidas e aumentou o risco de aluviões.

O partido defende que, “dada a diversificação de opiniões” relacionadas com este problema, “é necessário fazer um amplo e sério debate sobre esta situação”.

O PS-M vai requerer que sejam ouvidos na 5ª comissão da especialidade do parlamento madeirense o secretário regional dos Assuntos Sociais, os responsáveis pelo serviço regional de Protecção Civil e Bombeiros e das estruturas dos bombeiros no arquipélago e o director das Florestas.

Avaliar a catástrofe provocada pelos incêndios florestais e os recursos humanos e materiais disponíveis e necessários para o seu combate e apreciar medidas preventivas a adoptar no futuro para evitar estes problemas foram os objectivos apontados por Bernardo Martins para a iniciativa parlamentar.

Hoje, apenas os concelhos do Funchal e de Santa Cruz mantém bombeiros a operar nas zonas florestais afectadas.

Os incêndios do fim-de-semana terão consumido cerca de seis mil hectares de mato e floresta, 950 dos quais eram do Parque Ecológico do Funchal (92 por cento da sua área).

Críticas à prevenção e pedido de plano de Ordenamento Florestal

O Bloco de Esquerda anunciou ontem que apresentará em Outubro, no reinício dos trabalhos do parlamento madeirense, a proposta de criação de um Plano de Ordenamento Florestal para combater o surgimento de incêndios nestas áreas.

A iniciativa foi apresentada pelo deputado Roberto Almada, após percorrer várias zonas ardidas pelos incêndios. “A realidade é negra e desoladora nas serras e perdeu-se uma parte da identidade da região”, comentou.

Roberto Almada mencionou que esta “catástrofe”, que acontece no Ano Internacional da Biodiversidade, deve contribuir para uma “reflexão sobre o futuro da floresta que constitui uma fonte de riqueza ambiental, económica e social” do arquipélago.

Defendeu ser importante encontrar novos modelos para a reflorestação e sustentação da floresta, pessoas e bens, dado o tipo de orografia da ilha e a ocorrência de catástrofes ser crescente.

“Mas reflorestar não é só plantar árvores, é preciso um plano regional de ordenamento florestal que dê primazia a espécies endémicas e de mais difícil combustão”, sustentou.

Construir caminhos “corta-fogo” e acessibilidades, envolver a sociedade neste projecto e apetrechar a Protecção Civil e bombeiros com meios terrestres e aéreos para lidarem com as situações serão aspectos incluídos na proposta de diploma.

O BE protagoniza ainda que deve ser feita uma aposta na limpeza das matas durante a primavera recorrendo a guardas florestais, Exército, presidiários e voluntários e incrementada a vigilância das áreas de maior valor ambiental nos meses de maior susceptibilidade à propagação de fogos.

Também a CDU, pela voz do líder do partido na Madeira, Edgar Silva, criticou a falta de prevenção. O responsável criticou esta semana o Governo Regional por ter “cancelado” um concurso público internacional para a vídeo-vigilância da floresta.

O também deputado à Assembleia Legislativa da Madeira, que falava em conferência de imprensa, lembrou que “em Agosto de 2006, foi publicado no Jornal Oficial da Região a abertura desse concurso público, que previa, entre outras medidas de prevenção de fogos, a vídeo vigilância das serras.

“Acontece que, em Dezembro desse ano, o referido concurso foi cancelado, sem razão aparente”, afirmou.

Edgar Silva disse ainda que as sete torres de vigia florestal, implantadas na década de 90, estão “hoje votadas ao abandono”.

Por seu lado, o vereador do CDS/PP/ da Madeira na Câmara Municipal do Funchal, Lino Abreu, considera “impossível” que a cidade do Funchal e o seu Parque Ecológico “não tenham plano de prevenção contra incêndios”. Em conferência de imprensa, o autarca disse que “há necessidade de mais prevenção, designadamente, com planos de prevenção específicos, mediante a formação de um grupo de trabalho que seja composto por elementos especialistas na matéria”. “Sabemos todos que a ‘Mãe Natureza’ teve um papel importante em tudo o que sucedeu, mas havia necessidade de mais rigor” na gestão da floresta, frisou.

Fonte: LUSA

Áreas Protegidas: Pensar o Parque Nacional


«A criação do Parque Nacional da Peneda-Gerês (Decreto-Lei n.º 187/71, de 8 de Maio) visou a realização nessa área montanhosa de um planeamento capaz de valorizar as actividades humanas e os recursos naturais, tendo em vista finalidades educativas, turísticas e científicas. No fundo, tratava-se de conservar solos, águas, a flora e a fauna, assim como preservar a paisagem nessa vasta região montanhosa do no- roeste português».


É desta forma que o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade descreve, na sua página da internet, os objectivos que presidiram à classificação do Parque Nacional da Peneda-Gerês, o único parque nacional do país e candidato às sete maravilhas naturais nacionais, que este Verão esteve a arder intensamente durante mais de uma semana.

Os incêndios vieram (re)colocar a atenção nesta área protegida, fazendo com que as labaredas da política se atiçassem quando no terreno os bombeiros exte-nuados e os populares ainda tentavam travar a progressão das chamas.

Contudo, a questão central no Parque Nacional não se resume aos incêndios e se é preciso mais um Kamov ou Canadair, mas reside em questões muito mais profundas, como os objectivos estratégicos desta área protegida, que tem mais de 70 mil hectares e abrange cinco municípios de três distritos, e o respectivo modelo de gestão, sobre as quais é urgente reflectir.

A experiência mostra que, fundamentalmente, este não é um problema de pessoas. Os directores têm-se sucedido – agora existe a figura do director do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas do Norte, que tem a seu cargo cinco zonas protegidas, num total de 565 mil hectares – e os autarcas também, mas nem por isso desapareceram alguns focos de crispação. Da mesma forma, também as cores políticas têm mudado e os problemas têm persistido ao longo dos anos.

Numa altura em que os políticos de boa vontade estão preocupados com as gentes da serra, espera-se que seja possível pensar de forma séria sobre o presente e futuro deste espaço, a partir das lições do passado. Sendo esta uma zona que vale sobretudo pelos valores naturais, é também verdade que a população não deve ser desprezada (ainda recentemente o descontentamento saiu à rua em protesto contra o projecto do plano de ordenamento). É que para quem vive longe dos gabinetes do poder não há nada mais irritante do que senhores engravatados que aparecem a ditar proibições e outras tantas obrigações, como se limpar o monte fosse o mesmo que cortar relva do jardim da vivenda de cidade.

Fonte: Correio do Minho

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Afinal a mata do Cabril no Gerês continua a arder


Embora o incêndio na Mata do Cabril - PNPG (que já lavrava desde o dia 13 de manhã)  fosse considerado "Dominado" pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) ás 18:55 do dia 17 , o facto é que, passados 2 dias, ainda continua com frentes activas segundo a mesma instituição:

Situação operacional em 19/8/2010 (hoje)

11:15 -  Existem ainda duas frentes neste incêndio: uma virada a Noroeste, com início na linha de água, a ser contida por um aceiro, com o apoio de uma máquina de rasto e pessoal apeado e uma segunda virada a Nordeste. Os trabalhos de consolidação de ambas as frentes estão a ser desenvolvidos sobretudo com o recurso a pessoal apeado e com apoio pontual de um meio aéreo, mantendo toda a área em permanente monitorização.

18:14 - Durante o dia foi feita uma faixa de contenção ao longo do Rio Cabril, até ao enfiamento com o Rio Escada, com o objectivo de conter a frente Noroeste. Na frente Nordeste continuou-se o combate directo pelos bombeiros, GIPS e Sapadores Florestais. A situação evolui favoravelmente. Mantêm-se a vigilância activa.

No blogue "Carris" (http://carris-geres.blogspot.com/), que tem acompanhado a par e passo o desenrolar dos incêndios no Parque Nacional da Peneda-Gerês, podem-se visualizar fotos tiradas entre as 16:00 e as 16:38 de hoje, que comprovam as colunas de fumo existentes no local: Ver aqui

Afinal, embora "dominado", o incendio do Cabril parece teimar em não se extinguir, até provávelmente consumir toda a mata.

Francisco Barros

Ano Internacional da Biodiversidade: “Dia aberto” nas Berlengas

A Reserva Natural das Berlengas, criada em 1981, comemora a 3 de Setembro o seu 29º aniversário com a realização de um “dia aberto” dedicado aos visitantes interessados e em que se lhes propõe, enquadrados por Vigilantes da Natureza, participarem numa actividade de limpeza e/ou na erradicação de exóticas infestantes.

Ao longo da costa continental portuguesa a palavra ilha apenas adquire verdadeiro significado na Berlenga, massa granítica situada a noroeste do cabo Carvoeiro que integra o “arquipélago das Berlengas” a que se associam dois grupos de ilhéus: as Estelas e os Farilhões / Forcadas.

A ilha é zona de nidificação para a avifauna marinha e ponto de passagem de numerosas aves migradoras e o mar que a rodeia é uma das áreas de maior biodiversidade subaquática da nossa costa.

O forte de São João Baptista recorda gestas passadas enquanto o feixe luminoso do farol da Berlenga rasga a noite 30 milhas em redor. Um património arqueológico subaquático ainda mal explorado testemunha histórias ainda por contar.

Programa:

10.00h Partida de Peniche – Cais de embarque para a Berlenga;

Actividades na ilha:
– percurso pedestre interpretativo com observação da paisagem e dos valores geológicos, faunísticos e florísticos relevantes na Ilha da Berlenga com visita ao Forte de S. João Baptista e ao Farol;
– limpeza de lixo subaquático no mar da Berlenga (actividade desenvolvida com o apoio dos operadores de mergulho e a colaboração de mergulhadores voluntários);
– coastwatch na Ilha da Berlenga com a participação de um grupo de estudantes do ensino secundário integrados no projecto “Tanto Mar”; – remoção de lixo e detritos sólidos na Ilha da Berlenga;
– remoção de chorão em locais previamente seleccionados na ilha;
– possibilidade de dar um belo mergulho e fazer um passeio de barco;

18.00h Regresso a Peniche.

Contacto: Reserva Natural das Berlengas – telef. 262 787910.

Golfo do México: Maioria do crude continua no mar

Dois novos estudos científicos indicam que a maior parte do crude derramado pelo poço da BP no Golfo do México continua no fundo do mar, contradizendo as garantias da Casa Branca, que, no início do mês, afirmou que 75 por cento do crude tinha sido limpo ou se tinha dissolvido naturalmente.

Segundo o cientista Charles Hopkinson, que liderou uma investigação da Universidade da Geórgia, cerca de 79 por cento dos 4,9 milhões de barris de crude (779,1 milhões de litros) derramados pelo poço Macondo continuam no fundo do mar e constituem uma "ameaça crítica" aos ecossistemas da região.

Esta conclusão contradiz a versão optimista apresentada no início deste mês pela Administração Obama, que garantiu que 75% do crude tinha sido recolhido ou queimado pelas equipas de limpeza, ou se tinha dissolvido por meios naturais. Para Hopkinson, esta conclusão peca pelo excessivo optimismo: "Um dos principais erros [da Casa Branca] é pensar que o petróleo que se dissolve na água desapareceu e consequentemente é inofensivo. Este crude continua no oceano, sob a superfície, e provavelmente serão necessários anos para se degradar completamente", afirma.

Um outro estudo, a cargo da Universidade do Sul da Califórnia, confirmou estas conclusões, ao detectar sedimentos de crude em vários pontos no Noroeste do Golfo do México.

Fonte: Correio da Manhã

Gerês: Pelo menos metade da Mata do Cabril destruída

A Mata do Cabril é uma das três reservas integrais do parque e um dos 'ex libris' do País. Aí o fogo foi dominado ontem à tarde, ao fim de cinco dias

Os incêndios dos últimos dias já terão destruído mais de metade da Mata do Cabril, uma das três reservas integrais do Parque Nacional da Peneda-Gerês, admitiu ontem o director desta área protegida.

"Ainda não temos a verdadeira noção da área ardida, porque neste momento o que nos preocupa é combater o incêndio, mas é provável que mais de metade da mata já tenha ardido", disse à Lusa Lagido Domingos.

Segundo o director do PNPG, o incêndio lavra desde sexta-feira e continua por extinguir, "porque o combate às chamas naquela zona é muito complicado".

"Têm andado lá os sapadores florestais, os GIPS (grupos de intervenção, protecção e socorro da GNR), apoiados por meios aéreos, mas infelizmente o resultado não tem sido grande coisa. É preciso que se perceba que não é nada fácil combater o fogo naquele vale encaixado", reconheceu.

"O que me dizem da Autoridade Nacional de Protecção Civil é que o combate tem de ser feito por pessoal muito especializado e que conheça muito bem a zona", acrescentou.

A Mata do Cabril é constituída principalmente por um carvalhal, embora também existam azevinhais na zona da cabeceira e uma galeria ripícola junto ao rio. É considerada um dos ex libris da zona.

"Muitas destas espécies têm uma idade muito avançada e algumas acabaram por se perder com o fogo", disse Lagido Domingos.

A Quercus também estima que tenha ardido "mais de metade" da Mata. João Branco criticou a "fraca mobilização" de meios para o combate.

E o ambientalista exemplificou: "Hoje (ontem) só lá está o pessoal do PNGP, sem ajuda de qualquer bombeiro. É inadmissível quando está em causa uma mata que, pela sua riqueza, goza do mais alto estatuto de protecção."

Lagido Domingos explicou que foi só uma situação pontual, porque o pessoal que tem estado no combate "estava extenuado", mas garantiu que estão a caminho do local mais sapadores e bombeiros.

Ontem o dia foi mais calmo no terreno. Apesar de ter havido três fogos em Vila Pouca de Aguiar, ao início da noite havia no País apenas seis. Os dois maiores estavam dominados.

Fonte: Diário de Notícias

Baleia-anã morta há seis dias deu à costa na praia de Faro

Biólogo considera que será difícil determinar causa da morte do animal

Uma baleia-anã, em avançado estado de decomposição, arrojou ontem à tarde na praia de Faro. De acordo com o biólogo marinho Élio Vicente, o animal morreu há pelo menos seis dias e não será possível saber o que aconteceu. "Os órgãos estavam demasiados degradados para que pudessem ser obtidos resultados através de uma necropsia, ficaria sempre a dúvida sobre a origem das bactérias e vírus, tanto poderiam ser do animal como de outros que se estivessem a alimentar dele, ou da própria água", explicou o técnico do Zoomarine.

De qualquer forma, as causas podem ter sido naturais, "tratando-se de uma cria, é possível que se tenha perdido da mãe e deixado de mamar, ou sofrido de uma qualquer doença congénita", ou de origem humana, "como atropelamentos por embarcações e asfixia devido a redes de pesca".

Muitos foram os curiosos que quiseram ver o animal, apesar das recomendações da polícia marítima, para que fosse manti- da uma distância mínima de segurança. "Não deixem as crianças brincar com esta areia molhada, não sabemos do que morreu a baleia", recomendavam os polícias aos pais cujas crianças brincavam na área.

Quem não viu o animal, não pôde deixar de sentir o mau cheiro que se estendeu até cerca de um quilómetro. Dentro de água houve quem se deparasse com pedaços do animal. Foi avistada, ao fim da tarde, "uma alforreca gigante", mas o facto nada terá a ver com o que aconteceu à baleia. "Répteis e mamíferos têm fisiologias diferentes", assegurou Élio Vicente. Em Julho também deu à costa, em Odeceixe, uma outra baleia morta e na semana passada foi a vez de um golfinho em Faro. Também nas últimas semanas, 25 tartarugas apareceram mortas.

Fonte: Diário de Notícias

2010 está a ser o ano mais quente desde que há registos

O ano de 2010 continua a bater recordes de temperatura. Segundo o centro de dados do clima do National Oceanographic and Atmospheric Agency dos Estados Unidos (NOAA), o mês de Julho foi o segundo mais quente desde que há registos, logo a seguir ao Julho de 1998, considerando a média das temperaturas terrestres e oceânicas.

Outro dado significativo é este: feitas as médias dos primeiros seis meses do ano, 2010 surge no topo da escala, como o ano mais quente de sempre desde que há registos sistemáticos. Ou seja, desde 1880. Ainda faltam outros seis meses para o ano terminar, mas esta já é, nesta altura, uma marca a levar em consideração.

Julho registou uma temperatura média - considerando as médias em terra e nos oceanos - de 16,5 graus Celsius, situando-se 0,66 graus acima da média observada no século XX, que foi de 15,8 graus Celsius. Julho de 1998 registou também uma média de temperatura de 16,5 graus Celsius.

Considerando apenas as temperaturas terrestres, Julho continua a bater recordes, com mais 1,03 graus Celsius do que a média observada para este mês no século XX.

Na Finlândia, o dia 29 de Julho registou uns nunca vistos por ali 37, 2 graus e a Rússia Ocidental viveu uma onda de calor inédita. Moscovo também teve o recorde absoluto de temperatura máxima quando o termómetro marcou 39 graus no dia 30 do mês passado.

Fonte: Diário de Notícias

Cientistas criam banco de coral congelado para preservar recifes do Havai

Investigadores norte-americanos criaram um banco de células de corais congeladas, na esperança de evitar a extinção e de preservar a diversidade dos corais do Havai, foi revelado esta semana.

O Instituto de Biologia Marinha da Universidade do Havai, em Manoa, e os serviços zoológicos do Smithsonian Institution, de Washington, instalaram um laboratório na ilha havaiana de Coconut, onde as primeiras células do coral Fungia scutaria e do Montipora capitata foram congeladas. Mas isto é só o princípio. Os investigadores esperam conseguir fazer o mesmo para outras espécies.

“As células de coral congeladas são viáveis. Poderemos, em teoria, descongelar o material dentro de 50 ou mil anos e assim recrear uma espécie ou desenvolver uma população” de corais, explicou, em comunicado, Mary Hagedorn, investigadora no Instituto de Conservação Biológica do Smithsonian Institution.

“Na verdade, já descongelámos amostras de esperma de coral com o objectivo de utilizá-las para fertilizar ovos de corais e produzir larvas de coral”, explicou. Os corais são classificados como animais.

Os recifes de coral são ecossistemas vivos e dinâmicos que actuam como local de criação de peixes e invertebrados, fornecem protecções naturais às zonas costeiras e podem conter substâncias com capacidades medicinais.

No entanto, “os recifes de coral estão a sofrer níveis de degradação sem precedentes, devido ao impacto dos humanos”, escrevem os investigadores. “As emissões de gases com efeito de estufa estão a aquecer os oceanos, tornando-os mais ácidos e causando “stress” aos corais e o efeito de branqueamento”, acrescentam.

Os recifes do Havai estão a ser afectados pela poluição e por práticas pesqueiras muito intensivas, como a utilização de dinamite e pesca de arrasto. “A menos que se actue agora, os recifes de coral e muitos dos animais que deles dependem podem desaparecer dentro de 40 anos, causando a primeira extinção global de um ecossistema no planeta”, alertam.

“Este trabalho salienta a importância da ciência para desenvolver soluções criativas para enfrentar problemas de conservação”, comentou Steve Monfort, director do Smithsonian Conservation Biology Institute.

Fonte: Publico.pt

Nas escarpas do Tejo para salvar os bebés das cegonhas-pretas

No imaginário colectivo as cegonhas são brancas e trazem bebés. Mas aqui são pretas. E precisam que alguém cuide dos seus próprios bebés. Mergulhamos na garganta escarpada do Tejo Internacional, com biólogos da Quercus que querem salvar juvenis assustados. As histórias das cegonhas já não são como eram.

Por esta altura do ano os ninhos de cegonha-branca apoderam-se da paisagem de Castelo Branco. E não é só da paisagem campestre nas imediações da cidade que falamos. As cegonhas-brancas também se instalaram nos telhados e chaminés dos prédios altos e nos postes de electricidade e telefone no centro da cidade. O escritório da associação ambientalista Quercus em Castelo Branco não tem mãos a medir para os telefonemas que recebe de moradores que ligam, preocupados: ora porque lhes caiu uma cria de cegonha assustada no quintal, ora porque foi atropelado um adulto que precisa de cuidados. As cegonhas-brancas fazem parte da vida da cidade.

Nesta altura é hora dos juvenis largarem o ninho. A bem ou a mal. E preocupam a população: "Ligou-nos agora uma pessoa a dizer que achou mais uma. O que dizemos a quem telefona é que, se não está prostrada e ainda se põe de pé, a deixem ficar. Só depois de 48 horas com estes sintomas é que se deve agir." Samuel Infante fala de cegonhas como os pediatras falam dos bebés. "Às vezes são os próprios pais que os deixam de alimentar para os juvenis saírem do ninho. É altura de começarem a voar. Temos só de estar atentos a sinais de desidratação."

O engenheiro de recursos naturais que já não se lembra há quantos anos está com a Quercus é um dos responsáveis pelo Centro de Estudo e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco, pertencente à associação. Com ele trabalha a veterinária Beatriz Azorín. Já lá estão instaladas 11 cegonhas, para além de corujas e abutres, entre outras espécies. O centro tem uma taxa de sucesso na recuperação de 56 por cento. "Os telefones não param. A cegonha procurou sempre esta proximidade com o homem."

Mas, ao contrário da sociável e abundante cegonha-branca, cada vez mais vista de norte a sul, há uma outra história menos feliz, a da cegonha-preta (Ciconia nigra), que preocupa a Quercus. A associação tem em curso um programa de anilhagem e controlo veterinário desta espécie, que conta apenas com 102 a 112 casais em todo o país, de acordo com os dados do último censo, o de 2004.

Álbum de família

É no Tejo Internacional que reside a maior parte destes indivíduos, que são ligeiramente mais pequenos do que os seus congéneres brancos (a cegonha-branca tem uma envergadura de 1,95 a 2,15 metros e a preta mede entre 1,85 e 2 metros). Ali residem 20 a 22 casais.

"É uma espécie com estatuto de vulnerável. Já esteve em perigo, mas sofreu uma tendência positiva no lado espanhol", diz Carlos Pacheco, o biólogo da Quercus que conduz, desde 1995, o programa de anilhagem e controlo veterinário da espécie, que é responsável já por mais de 500 anilhagens e que este ano conta com o mecenato da Delta. "O exemplar mais velho anilhado tinha 14 anos. Temos toda a sua história de vida. Por onde andou, quantas crias teve... Construímos o seu álbum de família", explica o biólogo.

Um trabalho dispendioso, falta de financiamento e poucos biólogos preparados para a investigação nesta área tornam o estudo da cegonha-preta muito complexo e difícil, diz Carlos Pacheco. "Pode ser duro aceitar, mas as espécies têm o seu preço em termos de conservação, que pode ser compensador ou não. Este projecto não seria exequível sem mecenato."

O jipe da Quercus parte do centro de Castelo Branco e serpenteia rumo ao Tejo Internacional, ao porto de Malpica. É lá o ponto de partida para uma das últimas anilhagens de juvenis de cegonha-preta. O biólogo e a veterinária da associação vão visitar um dos últimos ninhos que ainda não viram na região. "Já anilhámos 17 juvenis", diz Beatriz Azorín.

"A Quercus começou a comprar terrenos em Malpica na década de 1980 para evitar a catástrofe que hoje se vê por estas bandas - a substituição dos sobreiros por eucaliptos, algo que agora se está a tentar reduzir", explica Carlos Pacheco, apontando para as pequenas árvores, com cerca de metro e meio, espalhadas pelo caminho: "Está a ver estes sobreiros? Já têm dez anos e continuam deste tamanho."

Para ajudar à conservação da cegonha-preta, a associação pretende agora usar o projecto financiado pelo mecenato para criar uma charca em Monte Barata, Monforte da Beira, e recuperar o habitat das margens do Tejo, acrescenta Samuel Infante.

O barco pneumático que leva os especialistas até ao ninho, algures no meio do rio, onde só os abutres e grifos observam a paisagem, já tinha sido posto de parte, quando Carlos Pacheco decidiu recuperá-lo. Tem vários remendos, mas é seguro, garante o biólogo, enquanto bombeia o ar que enche a embarcação.

A primeira paragem, já rio acima, entre escarpas, no meio de um silêncio quebrado pelo motor, é perto de uma formação rochosa que alberga nada mais nada menos do que 46 ninhos de grifos que pairam sobre as visitas, curiosos. Carlos já os visitou todos. "As primeiras saídas para anilhagem que fazemos no ano são dedicadas aos grifos. Depois vêm as águias-de-Bonelli, depois as águias-reais. E a seguir os abutres-do-Egipto e as cegonhas-pretas."

Ainda se seguem cerca de dez minutos de caminho até chegar ao tão esperado último ninho de cegonha-preta que a equipa vai visitar, já no Aravil, afluente do Tejo. Fica numa escarpa, mas é acessível facilmente com um salto a partir do barco. O casal escolheu uma plataforma na rocha para criar o seu bebé.

A abordagem é feita com cuidado e em silêncio. "Podem atirar-se do ninho. Depois dos 40 dias já não os anilhamos, porque ficam mais violentos", explica o biólogo que se orgulha de nunca ter tido acidentes com crias. "Por vezes temos de ir a ninhos em locais de muito difícil acesso. Podemos ter de descer 20 a 40 metros de escarpa, em rappel." Uma vez uma cria caiu do ninho. "Mas não morreu. Conseguimos apanhá-la." Tudo acabou bem.

Um exame rápido

O juvenil espreita as visitas, de cabeça espetada, com a rala plumagem ainda esbranquiçada no ar. Está curioso. "Este tem 33 a 35 dias. É a partir dos 50 dias de vida, mais ou menos, que começam a ter plumagem definitiva e, aos 65, ganham a plumagem para voar."

Biólogo e veterinária aproximam-se do ninho e o bebé passa de curioso a assustado. Emite barulhos estridentes e só sossega quando Carlos lhe coloca uma toalha turca por cima. "Se não nos estiverem a ver acalmam bastante."

A operação é rápida. Beatriz Azorín recolhe uma amostra de sangue, faz uma zaragatoa da garganta para despistar gripe aviária e recolhe uma amostra de plumagem para apurar o sexo do juvenil. "E apanhei também caca fresca. É a primeira que apanho", diz com uma alegria de cientista na voz.

Acabada a operação, a toalha é retirada e o bebé fica encolhido, à espera que os intrusos desapareçam. "Este ninho só tinha uma cria, mas podem ter até cinco", diz Carlos Pacheco.

Por vezes, diz o biólogo, morrem ninhadas inteiras sem que se conheça a causa aparente: "Pode ser doença, intoxicação.... Até agora são casos pontuais, mas, se se tornarem mais frequentes, podem ter impacto na preservação da espécie", acrescenta. A perturbação por acção humana nos locais de nidificação e a escassez de alimento (as cegonhas-pretas alimentam-se de peixe e pequenos anfíbios) são os maiores entraves ao sucesso da conservação. Sem paz e comida não se reproduzem.

A partir de hoje aquele bebé só vai receber mais uma visita da equipa da Quercus: "Queremos só certificar-nos de que vai sobreviver até conseguir voar."

Com a anilhagem de juvenis de cegonha-preta o projecto da Quercus procura respostas a perguntas que ajudarão a conhecer melhor a espécie e vão contribuir para a conservação: onde passam o Inverno? Que longevidade alcançam? Como se dispersam geograficamente? Que distância percorrem entre o sítio onde nasceram e o de nidificação?

"Os machos aqui dispersam-se menos, mas nunca voltam ao mesmo lugar. Afastam-se pelo menos 5 a 15 quilómetros. Mas temos casos em que os indivíduos percorreram 400 quilómetros. Identificámos um que nidificou em França, junto ao Luxemburgo."

E o trabalho que tem acompanhado desde 1995 já revelou algumas novidades sobre a espécie: "Havia a dúvida se os indivíduos ibéricos eram diferentes dos do resto da Europa, se eram uma subespécie. Já provámos que não." E descobriram também que a área de influência da espécie é maior do que se pensava: "Vai do Senegal, Mali, Camarões, até ao Sul de Espanha."

Fonte: Publico.pt

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Geopark Naturtejo Recebe Menção Honrosa no Prémio Nacional do Ambiente


O Geopark Naturtejo recebeu uma menção honrosa no Prémio Nacional de Ambiente “Fernando Pereira”, atribuído pela Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente. Esta associação foi fundada em 1991 e é a maior organização ambientalista do País, integrando 115 Associações de Defesa do Ambiente/Organizações Não Governamentais de Ambiente) de âmbitos Nacional, Regional e Local, do Continente e Regiões Autónomas, que representam, no seu todo, muitas dezenas de milhares de associados.
O Prémio Nacional de Ambiente destina-se a galardoar a pessoa, instituição ou empresa que em cada ano se distinga na sua acção como “amiga do ambiente”.

Na cerimónia de entrega dos prémios, que decorreu no passado dia 28 de Julho na Mãe D’Água das Amoreiras – Museu da Água – em Lisboa, esteve o Presidente do Conselho de Administração da Naturtejo, Engº Armindo Jacinto, que considera este prémio muito importante para o trabalho que se está a desenvolver no Geopark Naturtejo

Ver mais actividades Geopark Naturtejo

El Proyecto SNAP difunde actividades de capacitación

El Proyecto SNAP difunde actividades de capacitación:


CURSO GUÍAS BALLENEROS

Guías en Turismo Responsable de Avistaje de Cetáceos

Organiza: OCC – Organización para la Conservación de Cetáceos

Fechas:

Martes 17 de agosto – 1° módulo

Martes 24 de agosto 2º módulo

Martes 31 de Agosto 3º módulo

Martes 7 de Septiembre 4º módulo

Lugar: Centro Universitario Regional Este (CURE). Calle Rincón esquina Florencio Sánchez.

Horario: de 18.15 a 22.15 horas.

Costo: matrícula $ 600 (incluye materiales, diploma y salida práctica costera terrestre). Total cupos: 20.

PRECIOS ESPECIALES A GRUPOS (3 o más personas 20 % de descuento).

Contenido temático:

1° módulo

Los Cetáceos (1ª parte): evolución, biología, principales especies en Uruguay (identificación)

Desarrollo Sostenible y Conservación: dos caras de una misma moneda.

Turismo y Diversidad biológica. Ecosistemas costero-marinos. Áreas protegidas y turismo.



2º módulo

Los cetáceos (2ª parte), otras especies, ecología, varamientos. R. García (OCC).

Implementar Buenas Prácticas de Turismo Sostenible (1ª parte): Ambientales (agua, energía).

Aves costero-marinas (1ª parte). Adrián Stagi (Ecotours).



3º módulo

Los cetáceos (3ª parte), reproducción y alimentación. R. García (OCC).

Implementar Buenas Prácticas de Turismo Sostenible (2ª parte): "unidades de conservación" de la naturaleza, parques nacionales, reservas en Brasil. Pablo Faget.

Aves costero-marinas (2ª parte). Adrián Stagi (Ecotours).



4º módulo

Las 5 etapas del avistaje. R. García (OCC).

La Interpretación Ambiental y Senderismo.

La Ruta de la Ballena Franca: circuito de la cuenca Atlántica


Cuerpo docente:

Adrián Stagi (Eco-tours): aves y turismo sostenible

Pablo Faget: áreas protegidas y educación ambiental

Rodrigo G. Píngaro (OCC): cetáceos y turismo sostenible

Por informes:

Centro Universitario Regional Este

Tel.: 047 20708 y 047 29507

info@occ.org.uy





I CONGRESO URUGUAYO DE ZOOLOGÍA

Organiza: Facultad de Ciencias – Universidad de la República

Lugar: Facultad de Ciencias, Iguá 4225, Malvín Norte, Montevideo.

Inscripciones:

Las inscripciones se están realizando en los siguientes lugares:

En el horario de la tarde en la Facultad de Ciencias, Iguá 4225. Montevideo, Uruguay:

Dr. Enrique Morelli. Sección Entomología. Tel: 525-8618/23 Int. 146. emorelli@fcien.edu.uy

En el horario de la mañana en la Dirección Nacional de Recursos Acuáticos (DI.NA.R.A), Constituyente 1497. Montevideo, Uruguay:

Dra. María Salhi. Laboratorio de Análisis de Productos Pesqueros. Tel: 4004689 Int. 151. msalhi@dinara.gub.uy

En el horario de la tarde en Centro Universitario de Rivera, Ituzaingó 667. Rivera, Uruguay:

Dr. Mario Clara.Tel: (062) 26313 / 33174 / 30038. mclara@fcien.edu.uy

Se solicita que en momento de abonar la inscripción, los interesados concurran con la Ficha de Inscripción impresa y completa (http://cuz.fcien.edu.uy). Debido a que podemos garantizar la entrega de materiales solamente a quienes se hayan inscripto con anticipación, recomendamos no esperar a inscribirse el día de comienzo de las Jornadas.

Costo de la inscripción:

La inscripción otorga el derecho a participar en las sesiones, el certificado de asistencia y a una copia de las actas (precios en pesos uruguayos).

Categoría Hasta 16 de agosto Después (4)

Socios SZU (1) $U 500 $U 600

No Socios $U 900 $U 1200

Estudiantes (2) $U 300 $U 400

Instituciones (3) $U 2700 $U 3600

(1) Los socios deberán estar al día (Primer Semestre 2010).

(2) Sólo estudiantes de grado.

(3) La institución inscripta podrá enviar hasta cuatro participantes.

(4) En caso de inscripciones tardías la entrega de materiales estará sujeta a disponibilidad.

Nuevo plazo para envío de resúmenes: Lunes 30 de agosto de 2010

Por más información visite: http://cuz.fcien.edu.uy/





III CONGRESO URUGUAYO DE PRODUCCIÓN ANIMAL

Organiza: Facultad de Agronomía, FVET, Facultad de Ciencias, INIA.

Fecha: 4 y 5 de noviembre de 2010

Lugar: Facultad de Agronomía

Presentación límite de entrega de resúmenes : 31 de agosto de 2010

Inscripciones:

Las inscripciones al III Congreso podrán hacerse en la Facultad de Agronomía en oficinas de la Fundación Eduardo Acevedo en el horario de 9 a 12 hs.



Por más información:

Correo electrónico del Congreso:

2010aupa@gmail.com

Link: http://sites.google.com/site/congreso2010aupa/inicio





DIPLOMADO DE MANEJO Y CONSERVACIÓN DE RECURSOS NATURALES

Organiza: DUMAC -USFWS- USFS -D.U. Inc.- UANDY

Fecha del curso: 14 de setiembre al 14 de noviembre 2010

Lugar: Centro de Investigación y Capacitación en Recursos Naturales “John E. Walker”. Celestún, Yucatán, México.

Fecha límite de inscripción: 23 de agosto de 2010

Dirigido a:

Este curso está dirigido a profesionales, personal técnico con experiencia comprobada y laborando actualmente en: a) ANP, b) dependencias del sector agroforestal, c) dependencias que tienen bajo su cargo la ordenación del territorio y la planificación ambiental, d) dependencias que desarrollan políticas públicas directamente relacionadas con la conservación de recursos naturales, e) y/o sean tomadores de decisiones cuya actividad se relacione con la conservación de recursos naturales silvestres. Así mismo, podrán aplicar tanto personal de instituciones gubernamentales como de no gubernamentales.

Requisitos.

1. Formato de aplicación disponible en www.dumac.org o solicitándolo vía correo electrónico (dalonzo@dumac.org ó dcanul@dumac.org).

2. Tres formatos de evaluación disponible en www.dumac.org o solicitándolo vía correo electrónico a los correos dalonzo@dumac.org ó dcanul@dumac.org.

3. Certificado médico de buena salud reciente.

4. Carta del responsable ó jefe directo de la institución donde labora, especificando el tiempo que tiene trabajando, puesto ocupado y las principales actividades que realiza.

5. En el caso de los extranjeros Pasaporte y visa vigente para los países que lo requieran.

La falta de estos documentos será motivo para no ser tomado en cuenta en la selección de candidatos.

Costos del curso:

El curso tiene un costo de USD$ 5,000.00 (dólares americanos), los cuales incluyen la instrucción, transporte, alimentación, hospedaje, materiales y equipo. No se incluye en este monto los gastos de transportación aérea de las ciudades de origen de los participantes a la sede del curso.

Las organizaciones colaboradoras del Programa RESERVA tienen la posibilidad de otorgar becas parciales ó totales. Estas becas serán otorgadas de acuerdo con el potencial multiplicativo y grado de aplicación del curso por parte del participante, manteniendo, dentro de las posibilidades, la equidad de disciplinas, géneros, grados académicos y países representados, en la conformación del grupo.

Datos de contacto:

Biol. David Alonzo P. dalonzo@dumac.org

Biol. David Canul R. dcanul@dumac.org

Tel/Fax: 00 52 (999) 946 86 84 y 946 72 03

Recepción de Aplicaciones

E-mail: dumacyuc@prodigy.net.mx  / diplomadoreserva@gmail.com  

Link: http://www.dumac.org/dumac/habitat/esp/index.htm



Componente Capacitación
Proyecto Fortalecimiento del Proceso de Implementación del Sistema
Nacional de Áreas Protegidas
SNAP-URUGUAY - MVOTMA/DINAMA - PNUD/FMAM
Galicia 1131/1133, esquina Rondeau. CP 11.100. Montevideo, Uruguay
Tel: (005982) 9170710 int. 4200
valeria.cardozo@dinama.gub.uy
info@snap.gub.uy / http://www.snap.gub.uy/



Les reenviamos la convocatoria para el Curso Regional para Guardaparques, les recordamos que la fecha límite para postulación es el viernes 20 de agosto de 2010.


El Proyecto SNAP difunde y ofrece apoyo institucional a los interesados en recibir una beca total en:

Curso Regional para Guardaparques de América Latina

4 de Octubre al 26 de Noviembre de 2010.

Córdoba, Argentina.

Convenio de Cooperación JICA – APN

El Proyecto SNAP en su tercer año de ejecución se plantea fortalecer las capacidades individuales de actores clave para contribuir a la consolidación y sostenibilidad del SNAP y de las áreas protegidas que lo constituyen. Entre sus objetivos de fortalecimiento incluye la formación de RRHH que desarrollan o desarrollarán funciones en las áreas protegidas.

En este marco el Proyecto SNAP ofrece apoyo institucional para la presentación de aspirantes al Curso Regional para Guardaparques de América Latina que ejecutará el Centro de Formación y Capacitación en Áreas Protegidas de acuerdo al Convenio de Cooperación JICA – Administración de Parques Nacionales de Argentina.

POBLACIÓN OBJETIVO: Personal de terreno que se desempeña como guardaparque pero que no ha recibido tal formación.


Objetivos del curso:

· Formar recursos humanos calificados para desempeñarse tanto como agentes de conservación en áreas naturales protegidas ¨tradicionales¨ de América Latina, como para cumplir ese rol en territorios pertenecientes a comunidades indígenas, sistemas privados de áreas protegidas, ONG, universidades, movimientos campesinos, etc.

· Capacitar agentes de conservación que abarquen todo el espectro de actividades que se puede encontrar en los sistemas de áreas protegidas, considerando el personal en funciones y de acuerdo a las más modernas concepciones del manejo de las áreas naturales protegidas, en relación con el ambiente natural y social en que están insertas.

SEDE DEL CURSO: Se llevará a cabo en las instalaciones que la Administración de Parques Nacionales de Argentina posee en la localidad de Embalse, Provincia de Córdoba, Argentina.

requisitos para la postulación:

· Desempeñarse como personal de campo, realizando funciones de guardaparque.

· Poseer una antigüedad mínima de (2) dos años en el desempeño de la función.

· Ser ciudadano o residente legal del país que realiza la presentación.

· Edad máxima: 35 años.

· Gozar de buena salud física y mental.

· Cumplir con los plazos y procedimientos de inscripción establecidos.

documentación requerida:

1. El candidato deberá completar los Formularios II y IV con sus datos personales, adjuntando currículum vitae con sus antecedentes laborales en áreas naturales protegidas. También agregar copia de título académico.

2. El candidato deberá adjuntar una carta detallando su motivación por el curso.

3. La institución a la que pertenece deberá completar la siguiente documentación:

- Carta de recomendación que autorice la participación del candidato al curso: la misma deberá argumentar el impacto que esta formación tendrá en su institución, asegurando que el postulante se encuentra en condiciones de representar al país.

- Formulario I “País solicitante”, con el nombre del candidato a postular.

- Formulario III “Compromiso Institucional”.

Procedimiento de postulación:

Los candidatos deberán enviar la documentación vía digital o en formato papel (original) al Proyecto SNAP hasta el viernes 20 de agosto inclusive a valeria.cardozo@dinama.gub.uy  con copia a secretaria@snap.gub.uy  o a la dirección Galicia 1133 esq. Rondeau (entrepiso), Montevideo.

Las postulaciones serán evaluadas por un tribunal conformado por personal de DINAMA, Proyecto SNAP y la Asociación Uruguaya de Guardaparques (AUG) el mismo ponderará a los candidatos en base a méritos, grado de ajuste a los requerimientos del curso y a las necesidades del SNAP.

En caso de quedar seleccionado/s el Proyecto SNAP le solicitará al candidato/s que entregue/n la documentación en su versión original para la gestión administrativa (en caso de haber entregado la información en formato digital).

el apoyo del proyecto snap consiste en:

Una carta de respaldo institucional avalando la aplicación al curso, y se encargará de las gestiones administrativas ante JICA.

La mera postulación no obliga al Proyecto SNAP a brindar el apoyo solicitado; el mismo, en cualquier caso, quedará condicionado a la evaluación de las postulaciones recibidas, reservándose el derecho de declarar desierto el llamado.

Por mayor información dirigirse a:

Valeria Cardozo.

917 07 10 int. 4200

valeria.cardozo@dinama.gub.uy

Apoyo Institucional Curso Guardaparque APN.pdf

Formulario I .pdf

Formulario II .pdf

Formulario III .pdf

Formulario IV .pdf



Componente Capacitación
Proyecto Fortalecimiento del Proceso de Implementación del Sistema
Nacional de Áreas Protegidas
SNAP-URUGUAY - MVOTMA/DINAMA - PNUD/FMAM
Galicia 1131/1133, esquina Rondeau. CP 11.100. Montevideo, Uruguay
Tel: (005982) 9170710 int. 4200
valeria.cardozo@dinama.gub.uy
info@snap.gub.uy / http://www.snap.gub.uy/

Morte de peixes no Alqueva - Colaboração dos Vigilantes da Natureza

No passado dia 12 de Agosto apareceram umas centenas de peixes mortos junto ao paredão da Barragem de Alqueva.
As espécies eram o Sável e Savelha. Ao que se conseguiu apurar a provável causa de morte será as elevadas temperaturas que assolaram o nosso território e consequente aquecimento das águas.
Os Vigilantes da Natureza da ARH-Alentejo estiveram no local no sentido de apurar a possível causa de morte e despistar a provável contaminação da água.
Também colaborámos na recolha dos cadáveres conjuntamente com a EDIA e Bombeiros Voluntários.

Em anexo junto fotos do acontecimento.

Com os melhores cumprimentos,

O Vigilante da Natureza

David Carvalho

 

Incêndios florestais extintos em Areas Protegidas na América Latina

Já estão sob controle os incêndios na Terra Indígena Enawenê-Nawê/MT, Parque Nacional das Emas/GO e Serra Geral do Tocantins/TO.

Mais três incêndios florestais foram extintos entre ontem (16) e hoje (17), na Terra Indígena Enawenê-Nawê/MT, Parque Nacional das Emas/GO e Serra Geral do Tocantins/TO.

Já estão sob controle os incêndios no Parque Indígena do Xingu/MT, Parque Nacional Itatiaia/RJ, Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba/PI e, em Tocantins, no Parque Estadual Serra do Lajeado, Serra do Lajeado e Serra do Carmo. Os dados são do Centro Nacional de Combate e Prevenção aos Incêndios Florestais do Ibama (Prevfogo), que informou ainda ter sido proposta a implementação de um Centro Integrado Multiagência (Ciman) para combater os incêndios no Pará.

Em comparação aos últimos dez anos, 2010 é o ano que possui a terceira maior incidência de focos de incêndio registrados entre os dias 01 de janeiro e 16 de agosto. São mais de 235 mil, um resultado 197% maior do que o ano de 2009 (79 mil). Somente os 17 primeiros dias de agosto deste ano concentraram 114 mil focos. Os outros anos de maior incidência foram 2004 (316 mil) e 2005 (243 mil). O ano 2000 foi o que apresentou a menor quantidade de focos, com apenas 20 mil para o período analisado. Esses dados fazem parte de um relatório elaborado pelo Prevfogo para análise da situação dos incêndios florestais.

Desde o início de agosto, os estados que possuem mais focos de calor mostrados por satélite são Pará (32,8 mil), Mato Grosso (25,5 mil), Tocantins (15,2 mil), Rondônia (6,1 mil) e Maranhão (5,9 mil). São 621 brigadistas do Prevfogo trabalhando diretamente no combate aos incêndios, além de helicóptero, viaturas e equipamentos do Ibama. As instituições parceiras (ICMBio, Defesa Civil, Organizações Estaduais de Meio Ambiente e Funai) possuem mais 300 homens no combate, que também conta a ajuda de nove aviões cisterna. Outros 275 brigadistas estão atuando em diversos municípios em ação preventiva.

ASCOM

Artigo de opinião - Incêndios em áreas protegidas: uma tragédia anunciada


Até ao dia 13 de Agosto deste ano já arderam perto de 19 mil hectares de floresta em áreas protegidas, o equivalente aos 20 mil hectares ardidos no ano trágico de 2005.

Se as condições climatéricas continuarem favoráveis aos incêndios, poderemos facilmente atingir os valores do pior ano de sempre, o ano de 2003, em que arderam 28 mil hectares, cerca de ¼ do total de área protegida queimada deste 1992.

Perante este cenário, e de mais uma vez o único Parque Nacional do país, o da Peneda-Gêres, estar a ser fustigado pelas chamas, a Ministra do Ambiente acha que "as coisas estão a correr bem". Condiz com o Governo a que pertence, que pinta o país cor-de-rosa mesmo quando está em cor de fogo.

E diz a Ministra que até tem existido um reforço do orçamento do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), quando sabemos que ao longo dos orçamentos de estado dos governos de Sócrates se têm vindo a agravar as debilidades de financiamento e a escassez de meios e pessoal deste organismo. Com cortes de investimento superiores a 50% nas áreas protegidas e uma redução de quase 20% para o ICNB em 2007, desde então nunca se recuperaram os valores anteriores já de si baixos. Ainda em 2010 o ICNB assistiu a um corte de mais 4% em relação ao orçamentado no ano anterior.

A escassez de meio e pessoal para a conservação da natureza é evidente quando olhamos para a situação dos vigilantes, cuja missão de prevenção, fiscalização e educação ambiental é essencial. Veja-se a situação do Parque Natural do Douro Internacional (85 mil ha) sem um único vigilante da natureza, do Tejo Internacional (26 mil ha) com apenas um vigilante, do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (75 mil ha) com dois, da Arrábida (11 mil ha) com quatro. Mas mesmo na Peneda Gerês (70 mil ha), onde existem 23 vigilantes, a falta de verbas ditou que estes estivessem, até recentemente, sem viaturas para trabalhar durante mais de um ano. Mesmo as saídas de trabalho que eram feitas em transportes públicos deixaram de acontecer por falta de dinheiro. (http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1635758 )

Tem sido esta política de desprezo pelas áreas protegidas e esvaziamento do ICNB em termos de recursos humanos, meios e capacidade financeira que coloca em causa a salvaguarda do património natural do país e aumenta o risco e as consequências dos incêndios florestais. O desordenamento dos espaços naturais, a construção dispersa e sem critério, as debilidades na fiscalização, a falta de limpeza dos matos e dos caminhos rurais são condições para que a tragédia se repita ao longo dos anos.

Este é um caminho que precisa de ser invertido. A conservação da natureza e o ICNB precisam de políticas públicas que lhes confiram a dignidade merecida para protegermos os bens públicos.

Veja-se brevemente o que tem sido este caminho sob a governação Sócrates.

Em 2007 decidiu-se fundir as áreas protegidas em 5 mega-agrupamentos com a criação de novos cargos de direcção intermédia e a redução substancial do pessoal técnico e administrativo, como é o caso dos vigilantes da natureza. O pretexto de uma maior eficiência de gestão apenas serviu para reduzir custos à conta de maiores debilidades de intervenção no terreno e contacto com as populações das áreas protegidas.

Também no mesmo ano, decidiu o Ministério reorganizar o ICNB, conferindo-lhe a natureza de instituto público e, consequentemente, a obrigatoriedade de ter de assegurar 2/3 de receitas próprias relativamente às despesas totais.

Esta política de auto-financiamento consolida-se em 2008 com a aprovação do regime jurídico da conservação da natureza e da biodiversidade. Aqui opta-se claramente pela empresarialização da gestão das áreas protegidas, entregando-as à iniciativa privada através de concessões ou parcerias público-privadas e cobrando taxas pelo acesso e visitação do património natural público, mas também impondo taxas aos residentes e a quem aí desenvolve actividades económicas locais, como a pequena agricultura ou o turismo da natureza sustentável.

Ora, atribuir a missão de gestão das áreas protegidas a empresas significa que a gestão destas zonas far-se-á segundo critérios de rentabilidade financeira e não de serviço público, ou significa o pagamento de rendas públicas a privados que vão integrar necessariamente estes critérios, levando a maior despesa para o Estado no médio-longo prazo. Os bens públicos devem ter uma gestão pública e não podem ser olhados como um negócio.

Cobrar taxas pelo acesso às áreas protegidas significa restringir o acesso a bens públicos por meio de critérios discriminatórios de base económica e não de salvaguarda ambiental. E taxar os residentes e as actividades económicas locais, as populações que vivem e têm a sua base de sustento nas áreas protegidas, é inaceitável. São estas populações e actividades que mantêm estas zonas com vida, sendo, frequentemente, fundamentais para a própria manutenção da paisagem, conservação de habitats e espécies, limpeza de biomassa e prevenção de incêndios. Também estas têm sido o principal alvo das restrições impostas pelos vários planos de ordenamento das áreas protegidas, ao mesmo tempo que se permite a construção de casas de férias luxuosas, de grandes resorts turísticos, a agricultura intensiva ou a actividade de pedreiras e cimenteiras.

Esta tem sido a lógica a imperar na política da conservação da natureza e biodiversidade nos últimos anos. Debilitar o Estado na prestação do serviço público, dificultar a visitação, penalizar os residentes e pequenas actividades locais, ao mesmo tempo que se entregam as melhores zonas do país do ponto de vista ambiental aos interesses dos grupos económicos e do negócio. Assim, não há salvaguarda do património natural e dos bens públicos, nem se colocam travões às ameaças ambientais, como é o caso dos incêndios florestais.

Rita Calvário

Fonte: http://www.esquerda.net/

Borboletas do México ameaçadas pelas tempestades de Inverno atípicas


As borboletas monarcas estão a enfrentar a nova ameaça das tempestades de Inverno atípicas que devastaram algumas florestas santuário no México, alertaram organizações conservacionistas.

Há muito que o abate ilegal de árvores ameaça estas borboletas na região ocidental do México, onde nuvens de borboletas cor-de-laranja e pretas são uma visão comum durante o Inverno. Mas os 117 hectares destruídos este Inverno tiveram como causa chuvas torrenciais e ventos muito fortes, disse Omar Vidal, responsável pelo World Wildlife Fund México. Fevereiro é, habitualmente, um dos meses mais secos no México. Mas este ano, dias de chuvas torrenciais e granizo vieram perturbar o equilíbrio dos ecossistemas.

A organização Nature Conservancy disse em conferência de imprensa que os estragos causados pelo mau tempo a 13 mil hectares de uma reserva de borboletas monarca (Danaus plexippus) são um duro golpe para estes frágeis animais. Este ano, o número de borboletas que chegou ao México para passar o Inverno, depois de uma migração de 3200 quilómetros desde os Estados Unidos e Canadá, foi dos mais baixos de sempre.

Nos bosques a Oeste da capital mexicana, apenas dois hectares foram ocupados com a espécie, o número mais baixo dos últimos 17 anos, salienta o biólogo Felipe Martínez Mesa, da Reserva da Biosfera Borboleta Monarca, criada em 2000 para proteger este animal. O responsável explicou à agência EFE, citada pelo jornal “El Mundo”, que a reserva não quantifica as migrações em número de insectos mas nos hectares de bosques que ocupam ao chegar. Na última temporada migratória (de Novembro a Março), a superfície ocupada passou de 5,6 hectares (2008-2009) para 1,92 (2009-2010), noticia o jornal espanhol.

“Podemos dizer que fenómenos climáticos extremos serão mais frequentes e mais intensos”, acrescentou Juan Bezaury, representante da Nature Conservancy no México.

“Se continuarem as tempestades de Inverno atípicas, a repercussão na população de insectos será muito significativa porque é aqui que se inicia o ciclo biológico de reprodução”, lembrou o biólogo Felipe Martínez Mesa.

Fonte: Publico.pt

Estudo: Aves europeias comuns à beira da extinção


Aves como a cotovia-de-poupa ou a rola-brava que se tornaram velhos conhecidos, esvoaçando pelos céus europeus, poderão estar perto do desaparecimento.

Um estudo recente realizado pelo Conselho Europeu para o Controlo de Aves (CECA) e que teve como objecto de estudo 124 aves comuns na Europa, concluiu que em 20 países do velho continente e durante 25 anos cerca de 56 espécies entraram num declínio tão acelerado que poderão mesmo atingir a extinção.

Algumas das aves numa situação mais delicada são a perdiz cinzenta, a rola-brava, ou a cotovia-de-poupa, que num quarto de século perderam entre 62 e 95 por cento das suas populações.

Um representante da CECA sublinhou que a redução dramática nas populações destas aves é de tal forma grave que "alguns destes pássaros campestres só não são consideradas espécies em risco de extinção global, porque nos sensos são incluídas as congéneres asiáticas".

Caçadores com falta de vista

O Fundo de Conservação para a Vida Selvagem levou a cabo outro estudo, dando a conhecer que uma das razões para o extermínio a que a perdiz-cinzenta está a ser alvo, encontra-se amplamente relacionado com a caça e com a confusão feita por muitos caçadores em relação à perdiz-comum.

Para além da falta de vista e discernimento de alguns caçadores, outras das razões para este flagelo já apelidado de "extinção continental" é a cada vez maior quantidade de terreno cultivado, que retira alimento às aves campestres e as obriga a procurar comida noutras paragens. Para algumas destas aves, abandonar o seu ambiente natural é quase uma sentença de morte. Está é aliás, uma das razões mais importantes para o declínio de 33 das espécies estudadas, entre elas o pica-pau galego.

Nem tudo é mau

Contudo, existem também boas notícias. Das 124 espécies observadas e estudadas, 29 apresentam sinais de crescimento, o que está a deixar os cientistas optimistas. O corvo, a águia-de-asa-redonda e o bico-grossudo são algumas das aves que revelaram melhores resultados.

Um dos responsáveis pelo estudo da CECA, Richard Gregory, sublinhou que este aumento já era esperado, pois "algumas espécies como a rola-turca não permanecem sempre nos mesmos habitats e aprenderam a tirar vantagem das novas oportunidades".

Por outro lado a recuperação das populações da águia-de-asa-redonda e do corvo são surpreendentes e "encorajadoras", uma vez que foram perseguidos quase até à extinção "durante décadas", lembrou o investigador.

O britânico reforça que a situação está a melhorar e "embora a cenário seja ainda muito difuso, existem sinais de recuperação", lembrando que "neste momento temos o conhecimento suficiente para ajudar muitas destas aves."

Dez espécies que apresentaram o maior declínio entre 1980 e 2005:

Cotovia-de-poupa (95%)
Pica-pau-galego (81%)
Perdiz-cinzenta (79%)
Torcicolo (74%)
Chasco-cinzento (70%)
Rouxinol (63%)
Rola-brava (62%)
Chapim-sibilino (58%)
Abibe (51%)
Milheirinha (41%)

Dez espécies que apresentaram o maior crescimento entre 1980 e 2005:

Bico-grossudo (658%)
Papa-moscas-de-colar (182%)
Corvo (118%)
Toutinegra-de-barrete-preto (82%)
Águia-de-asa-redonda (80%)
Pica-pau-preto (77%)
Pombo-torcaz (71%)
Rola-turca (59%)
Felosinha-ibérica (56%)
Peto-real (43%)

Fonte: Expresso.pt