quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Açudes da Agolada e do Monte da Barca são áreas protegidas

Os açudes da Agolada e do Monte da Barca, no concelho de Coruche, têm desde dia 23 de Julho a classificação de áreas protegidas de âmbito local, que vem substituir a de sítios classificados. A decisão da assembleia municipal ratifica a posição camarária e foi tomada por unanimidade.

Após recurso a uma empresa que estudou a melhor classificação para as duas áreas naturais do concelho, e sob acompanhamento do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), a autarquia decidiu-se pela nova classificação. “O ICNB tem um papel cada vez mais reduzido em relação a estas paisagens, cabendo ao município a responsabilidade de gestão dessas áreas naturais, ainda que em terrenos privados”, salientou o presidente da autarquia, Dionísio Mendes (PS).

Se no caso do açude da Agolada existe um acordo com o proprietário para a gestão, sobre regras mais apertadas, da frequência do espaço, no caso do açude do Monte da Barca o acesso continua condicionado devido à falta de acordo com os vários proprietários. Em Março de 2004 a área de lazer em torno do açude foi vandalizada, com árvores abatidas, mesas, bancos e fogareiros destruídos, caminhos de acesso bloqueados e danificados. Nunca foram identificados os responsáveis.

A bancada da CDU aprovou a reclassificação dos açudes mas não deixa de criticar o destino dado à Agolada e a permissividade com quem manda no Monte da Barca. Segundo Fernando Serafim, o caminho de acesso ao Monte de Barca está bloqueado e os visitantes avisados com um letreiro com normas do código civil. Para si, as águas são públicas e os açudes não são dos proprietários.

Para Armando Rodrigues, o acordo com o proprietário do açude da Agolada só traz vantagens para o próprio, enquanto a câmara arca com as responsabilidades. “Há que zelar pelos interesses da população e, quando se fala em gastar dinheiro, diga-se que o estudo encomendado pela câmara custou 15.400 euros”, revelou.

O presidente da Câmara de Coruche diz que, no caso da Agolada, existe a gestão possível de uma área que é privada. Dionísio Mendes defende que a câmara está a aproveitar o que a legislação permite para tentar chegar a acordo com os proprietários do Monte da Barca, sabendo que é difícil conciliar interesses entre as partes.

Fonte: O Mirante

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