quarta-feira, 5 de junho de 2013

Cientistas apelam à proteção da Grande Barreira de Coral


    Cientistas apelam à proteção da Grande Barreira de Coral australiana

     Mais de 150 cientistas alertaram o Governo australiano para o eventual impacto negativo do desenvolvimento industrial sobre a Grande Barreira de Coral, o maior sistema coralino do mundo, informou hoje a imprensa local.

Este apelo surge menos de duas semanas depois de o Comité do Património  Mundial se ter reunido para discutir se a Grande Barreira, no nordeste da  Austrália, deverá ser incluída na lista de Património Mundial ameaçado,  segundo a agência AAP.
 
No mês passado, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência  e Cultura (UNESCO) exortou as autoridades australianas a tomarem medidas  "urgentes" para evitar a deterioração da Grande Barreira de Coral e defendeu  a sua inclusão na lista de Património Mundial ameaçado. 
Os cientistas da Universidade James Cook (Austrália), da Universidade  do Havai (Estados Unidos) e de outras 30 instituições consideram que a construção  de novos portos, a dragagem em larga escala e o aumento do tráfego de cargueiros  com a expansão da exploração mineira e energética acelerarão a deterioração  da Grande Barreira. 

O ecologista Hugh Possingham da Universidade de Queensland observou  que, nos últimos 27 anos, mais de metade dos corais que cobrem a Grande  Barreira se degradaram. 
Um relatório recente da UNESCO aponta que 43 projetos de desenvolvimento  das imediações da Grande Barreira foram apresentados e o Governo australiano  e do Estado de Queensland não adotaram as medidas necessárias para melhorar  a qualidade da água na área.  
Neste contexto, os cientistas australianos de 33 instituições uniram-se  para pedir, numa missiva, ao Governo de Camberra e às autoridades de Queensland  que proíbam a construção de novos portos fora das áreas industriais existentes  e que implementem uma estratégia para gerir melhor o desenvolvimento do  litoral. 

A Grande Barreira de Coral, que conta com 400 tipos de coral, 1.500  espécies de peixes e 4.000 variedades de moluscos, foi declarada como Património  da Humanidade em 1981 e começou a deteriorar-se na década de 90 com o aquecimento  da água do mar e aumento da sua acidez como consequência da maior presença  de dióxido de carbono na atmosfera. 

Fonte: SIC Notícias

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