Uma proposta do Mónaco para proibir a comercialização do atum-rabilho do Atlântico foi ontem rejeitada na conferência da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies em Perigo (CITES), a decorrer em Doaha, no Qatar. O sushi, para já, continua em alta.
Japão, Canadá e inúmeros países costeiros pobres opuseram-se à proposta alegando que isso devastaria as economias pesqueiras e ela foi rejeitada por larga maioria (68 votos contra 20).
A proposta da União Europeia que previa por seu turno um adiamento dessa eventual medida antes de ela ser posta em prática também não teve melhor sorte e foi esmagada na votação, por 72 votos contra 43.
Os stocks da espécie no Atlântico caíram 85% nas últimas décadas, desde o início da pesca industrial, e a organização responsável pela gestão da sua pesca, a International Comission for the Conservation of Atlantic Tunas (ICCAT), tem demonstrado ser ineficiente no desempenho dessa tarefa. Foi na sequência desse panorama que o Mónaco decidiu avançar com a proposta, com o apoio da União Europeia, de cientistas e de organizações ambientalistas, como a WWF ou o Environment Group, que não esconderam a sua decepção pelo desfecho da votação.
A WWF anunciou que vai lançar uma campanha junto de restaurantes e comerciantes, cozinheiros e consumidores para não consumirem aquele peixe. "É agora mais importante do que nunca que as pessoas façam o que os políticos não conseguiram fazer - parar o consumo do atum", disse Sergi Tudela da WWF.
Fonte: Diário de Notícias
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