A ministra do Ambiente considerou hoje que o país já não tem razão para gerir mal os resíduos, prometendo tantas acções de sensibilização como as que forem necessárias para que se evite a sua deposição incorrecta.
“Já não temos razão para gerir mal os resíduos, porque nós temos infra-estruturas, temos sistemas para gerir bem os resíduos”, afirmou Dulce Pássaro que esta manhã participou na iniciativa “Limpar Portugal” no Pinhal do Rei, na Marinha Grande.
A governante, que se fez acompanhar por alunos, pela secretária de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades e outras entidades, recolheu lixo com o cuidado de deixar na floresta os resíduos biodegradáveis, mas colocando num saco o que “agride” o ambiente.
Assumindo que “já tinha noção” da quantidade de lixo despejada em pinhais e noutros espaços, Dulce Pássaro afirmou sentir-se incomodada com a falta de civismo.
“Acho que temos um caminho a fazer”, declarou, considerando o movimento cívico “Limpar Portugal como um “contributo fundamental” para a sensibilização.
Para a ministra, “os jovens já estão sensibilizados”, admitindo mesmo que serão os que “têm menos responsabilidade” nestes casos.
“É com eles que nós contamos para que efectivamente estejam atentos, mesmo em casa e no desenvolvimento de várias actividades, que contribuam para que nós possamos gerir bem os resíduos”, disse a ministra do Ambiente.
Questionada se deveria haver mais sensibilização, a responsável afirmou que quer os sistemas de gestão de resíduos como as autarquias têm apostado neste trabalho, mas prometeu fazer “sensibilizações tantas vezes quantas se justificarem até constatarmos a diminuição deste tipo de situações”.
“Em determinadas zonas do nosso país, onde foram colocadas quantidades significativas de resíduos fora dos locais adequados, as Câmaras Municipais - sem haver grandes oportunidades de mediatização - fazem um grande trabalho para reparar este tipo situações e depois enviar os resíduos para os sistemas de tratamento”, observou.
“Não se pense que não se tem feito trabalho”, acrescentou, referindo que “isto não é uma tarefa para o ministério sozinho desenvolver com a magnitude que tem”.
Dulce Pássaro disse ainda que a iniciativa “Limpar Portugal” deve envolver todos, justificando a escolha da mata nacional de Leiria por ser “um lugar emblemático”, onde o rei D. Dinis iniciou um trabalho de preservação ambiental que deve ter continuidade.
Fonte: LUSA
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