Uma nova rota com cerca de 300 quilómetros de percursos pedestres ao longo da costa alentejana e vicentina está a ser promovida numa parceria público-privada, com o objectivo de potenciar o turismo independente da sazonalidade.
A "Rota Vicentina" percorre 300 quilómetros entre Santiago do Cacém e Vila do Bispo, criando dois percursos, um "histórico", que passa por várias localidades, e outro que aproveita trilhos pedonais de pescadores, atravessando todo o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina.
A ideia de criar a "Rota Vicentina", surgiu, segundo recordou a coordenadora do projecto, Marta Cabral, da "necessidade dos empresários terem uma base de turismo de natureza para oferecer aos seus clientes fora da época alta".
"Isto é uma zona ainda muito sazonal e esta é uma estrutura pública que se torna essencial para cativar outro tipo de turismo", acrescentou, explicando que já havia "grupos estrangeiros a fazer caminhadas", contudo, não podiam "fazê-lo de forma autónoma, porque os percursos não estão marcados".
Uma vez que a intenção é aproveitar caminhos de terra já existentes, o projecto, que "arrancou formalmente em Março", visa sobretudo "definir trilhos" e "assinalar percursos", bem como "fazer um levantamento das intervenções físicas que possam vir a ser necessárias, como algumas pequenas pontes ou cordas".
O investimento de 540 mil euros, comparticipado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), destina-se sobretudo à sensibilização das comunidades locais, bem como a uma campanha internacional, já que o projecto quer incentivar a visita de turistas estrangeiros.
"Aquilo que estamos a oferecer às pessoas é uma possibilidade de usufruir do território ao ritmo da caminhada, poder ir parando num café, conversando com as pessoas com quem se cruzam, poder dormir num local numa noite e noutro noutra e interagir com as pessoas que aqui vivem", explicou.
A parceria, que engloba, entre outras entidades, a Associação de Turismo do Baixo Alentejo Casas Brancas, a Associação Almargem, os municípios, o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo, quer envolver ainda mais organismos locais.
Fonte: CorreioAlentejo
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