Dois chifres de rinoceronte do século XVIII foram roubados esta semana do Museu de Ciência da Universidade de Coimbra. Por trás do furto estará um gangue internacional que actua no mercado negro, onde estes chifres chegam aos 80 mil euros.
O assalto aconteceu na secção de zoologia cerca das 17h00, numa altura em que a galeria de exposição estava fechada, segundo uma nota daquele museu.
“Estamos em crer que se trate de um gangue internacional que tem estado a fazer roubos em vários museus”, contou Paulo Gama Mota, director do Museu de Ciência, esta tarde ao PÚBLICO. Os roubos de chifres de rinoceronte em museus começaram a acontecer nos últimos anos na África do Sul, tendo os mais recentes ocorrido este ano, num antiquário no Essex, Reino Unido (Fevereiro) e no Museu de História Natural de Rouen (Março), França.
“Estes furtos para o mercado negro têm uma oportunidade de venda na Ásia”. Estes chifres podem atingir os 80 mil euros no mercado negro, sendo adquiridos para serem transformados em afrodisíacos. Mas, lembra o Museu de Coimbra, “estes chifres estão carregados de produtos tóxicos para a sua conservação, sendo venenosos para consumo”.
O roubo já está a ser investigado pela Polícia Judiciária.
Os rinocerontes africanos estão à beira da extinção.
Helena Geraldes, Público
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