Segundo fonte do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade, as fêmeas Espiga, Erica e Era, nascidas em 2008, e o macho Daman, de dois anos, são hoje transportados do centro espanhol de Olivilla, na Andaluzia, para o centro português.
Até ao próximo mês de Dezembro devem chegar, faseadamente, os restantes 11 animais que Espanha cedeu a Portugal para estimular a reprodução da espécie em vias de extinção.
Existem actualmente 250 linces ibéricos na natureza e 74 em centros de reprodução, encontrando-se a maioria dos animais em cativeiro.
Desde a década de 1980 que não existem populações estáveis de lince em Portugal, embora no ano 2000 tenham sido recolhidos dejectos de lince que comprovaram a sua presença em território nacional e desde aí se tenham registado alguns avistamentos da espécie em locais próximos da fronteira com Espanha.
"Não sabemos se não existe actualmente algum lince em Portugal. Poderão existir, mas não uma população estável. É esse repovoamento que pretendemos fazer", disse à Lusa a coordenadora executiva para o Plano de Acção do lince, Lurdes Carvalho.
O principal objectivo do plano é conseguir que Azahar e os outros 15 linces, que deverão chegar a Portugal no próximo mês de Novembro, produzam descendentes que possam mais tarde ser reintroduzidos na natureza e conservar a espécie em Portugal, ameaçada há várias décadas.
A serra da Malcata e o sul de Portugal são duas regiões do país onde se pretende fomentar a reprodução do coelho bravo, entre outras medidas, para poderem acolher o lince em liberdade, mas no sul a situação é mais difícil por muitos dos terrenos serem de privados.
Fonte: LUSA
0 comentários:
Enviar um comentário