quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Apreensão de aves exóticas em Vila Real de Santo António


Na segunda-feira dia 12/10/2015, na Feira da Praia, em Vila Real de Santo António, ocorreu uma ação de fiscalização organizada e executada pelo Departamento de Conservação da Natureza e das Florestas do Algarve (DCNF-Algarve), na qual estiveram envolvidos 13 operacionais (5 Vigilantes da Natureza, 2 técnicos do ICNF-CITES, 4 militares da GNR, 2 Agentes da PSP) e um 1 técnico do DCNF-Algarve (Chefe de Divisão de Gestão de Operações e Fiscalização).
Desta operação resultou a apreensão de 10 aves exóticas protegidas pela convenção CITES que estavam expostas para venda, as espécies são:
2 Periquitos-de-dorso-vermelho  (Psephotus haematonotus),
2 Periquitos-rei-australiano  (Alisterus scapularis),
3 Roselas  (Platycercus eximius),
2 Pyrrhura (Pyrrhura molinae),
1 Princesa-de-gales  (Polytelis alexandrae),
Para além das aves, também foram apreendidas 6 gaiolas.
Foi elaborado o respectivo auto de contraordenação, devido à falta de autorização e registo CITES.
As aves e as seis gaiolas encontram-se ao cuidado do ICNF (DCNF-Algarve) – Parque Natural da Ria Formosa – Olhão.
APGVN

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Vigilantes da Natureza retiram armadilhas para a captura de passeriformes

Esta ação de vigilância foi efetuada na Praia de Faro, pelos Vigilantes da Natureza Silvério Lopes e Carlos Capela, a exercer funções no Parque Natural da Ria Formosa, para além das inúmeras armadilhas retiradas foram libertados 2 Piscos-de-peito-ruivo.
O pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) é uma pequena ave que se conhece bem pela mancha alaranjada que lhe ornamenta o peito. É uma ave de canto melodioso e persistente.
As armadilhas vulgarmente conhecidas por esparrelas, costelas ou loisas, são construídas de arame nas quais se coloca um isco, geralmente formigas de asas.  As aves capturadas desta forma são para fins gastronómicos.
Os distritos de Faro, Porto e Lisboa são as regiões onde se registam mais casos de captura e abate ilegal. No Algarve destaca-se a captura para o petisco, em que o pisco-de-peito-ruivo e a toutinegra-de-barrete-preto são os que acabam mais frequentemente na frigideira.
A captura de aves silvestres, não cinegéticas, para cativeiro ou consumo é uma prática ilegal.
Esta atividade afeta a conservação da natureza e a perda destas aves torna a biodiversidade cada vez mais pobre.  
O decrescimento acentuado das espécies mais atingidas por este tipo de ações pode levar ao aumento significativo de pragas de insetos, dado que os passeriformes mais capturados são excelentes controladores naturais de pragas.
Temos a perceção de que há um longo caminho a percorrer para mudar as mentalidades dos Portugueses, mas, continuamos a tentar!
APGVN

domingo, 4 de outubro de 2015

União Europeia comprometeu-se a parar a perda de biodiversidade


Relatório da Comissão Europeia mostra que não estamos a fazer o suficiente para proteger a natureza

A União Europeia comprometeu-se a parar a perda de biodiversidade até 2020, mas o relatório de 2015 mostra que estamos aquém dos objetivos traçados. Os cidadãos estão preocupados com as consequências.
Os Estados-membros da União Europeia (UE) comprometeram-se, em 2011, a travar a perda de biodiversidade e da degradação dos ecossistemas até 2020. Já é possível identificar alguns progressos em domínios específicos ou em ações locais, mas os resultados da revisão intercalar da Estratégia de Biodiversidade da UE “sublinham ser necessário envidar mais esforços para cumprir os compromissos assumidos pelos Estados-membros em matéria de execução”. Esta orientação é reforçada porque os cidadãos reconhecem que a perda de biodiversidade tem impactos na saúde e bem-estar, mas também em termos económicos, como revela um estudo publicado também esta sexta-feira.
 Fórum Económico Mundial, em 2015, colocou a “a perda de biodiversidade e o colapso dos ecossistemas” entre os 10 maiores riscos globais. 
De forma geral, a perda de biodiversidade e a degradação dos ecossistemas é pior em 2015 do que era em 2010, quando a União Europeia estabeleceu estas medidas, refere o relatório. Esta é a tendência geral e terá implicações importantes nos serviços futuros que a natureza poderá prestar à humanidade. No entanto, o relatório refere que alguns exemplos localizados mostraram resultados positivos e exorta os estados a tornarem estas ações mais globais.
10 pontos a reter do relatório:
  1. 70% das espécies da União Europeia estão ameaçadas pela perda de habitat;
  2. O número de espécies e habitats que se mantiveram ou aumentaram o estado de conservação é apenas ligeiramente maior do que no último relatório;
  3. As espécies e habitats que já estavam em condições desfavoráveis assim o continuaram ou ainda pioraram;
  4. As zonas húmidas, costeiras e oceânicas e os ecossistemas agrícolas continuam a ser as áreas mais ameaçadas;
  5. Crescimento urbano, agricultura intensiva, abandono das terras, poluição, alterações climáticas, introdução de espécies exóticas, assim como sobre-exploração de recursos, nas florestas ou nos oceanos, são as principais ameaças à biodiversidade;
  6. A criação de uma rede Natura 2000 dedicada aos ambientes marinhos deve ser uma prioridade;
  7. São necessários mais esforços para garantir que as políticas agrícolas têm em conta a preservação da biodiversidade. Os exemplos locais mostraram as vantagens da práticas agrícolas sustentáveis;
  8. A área global das florestas aumentou na UE, mas o estatuto de conservação diminuiu, sendo necessário criar critérios para uma exploração florestal sustentável;
  9. Apenas 10% dos desembarques de pescado do mar Mediterrâneo e mar Negro vêm de stocks estudados e 90% dos stocks estudados continuam sobre-explorados;
  10. O único objetivo em vias de ser cumprir as metas para 2015 está relacionado com o controlo de espécies invasoras.
Os cidadãos europeus estão preocupados com a perda de biodiversidade
O Eurobarómetro dedicado à Biodiversidade publicado esta sexta-feira mostra que a maioria dos cidadãos portugueses e europeus “concorda totalmente” que têm a responsabilidade de cuidar da natureza e que se não o fizerem isso terá impacto na saúde e bem-estar, no desenvolvimento económico e nas alterações climáticas. Se incluirmos também os que “tendem a concordar” então temos a quase totalidade dos inquiridos a partilharem este tipo de preocupações.
Pelo menos metade dos cidadãos portugueses e europeus consideram“grave” ou “muito grave”a perda de espécies e de habitats e a destruição dos ecossistemas. A grande maioria dos inquiridos considera este assunto “sério” ou “muito sério” e estão razoavelmente bem informados sobre as maiores ameaçadas à biodiversidade. Mais grave é que dois terços dos inquiridos em Portugal (e quase três quartos na União Europeia) “nunca ouviram falar” da rede Natura 2000.
Rede Natura 2000 é… uma rede ecológica para o espaço comunitário da União Europeia que tem como finalidade assegurar a conservação a longo prazo das espécies e dos habitats mais ameaçados da Europa, contribuindo para parar a perda de biodiversidade, como explica o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
Cerca de metade dos cidadãos portugueses e europeus concorda que: a UE deve “trabalhar em conjunto com outros países para incluir a proteção da biodiversidade nas políticas e acordos de comércio globais”, “encorajar as empresas a tomar medidas para reduzir o seu impacto na biodiversidade” e “introduzir requisitos de sustentabilidade obrigatórios para bens importados”.
A importância da biodiversidade em números, segundo a Comissão Europeia:
  • Um em cada seis empregos na União Europeia dependem em certa medida da natureza;
  • Os serviços de polinização por insetos valem 15 mil milhões de euros por ano na UE;
  • Os 5,8 mil milhões de euros gastos anualmente para manter a rede Natura 2000, correspondem a 200 a 300 mil milhões de euros ganhos no mesmo período em serviços de natureza;
  • A agricultura biológica cria mais 10 a 20% de empregos que a agricultura convencional;
  • Todos os sectores juntos podem perder 12 mil milhões de euros anualmente devido às espécies invasoras;
  • A perda de serviços de natureza pode equivaler a 7% do PIB mundial em cada ano.

Fonte: OBSERVADOR

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Vigilantes da Natureza 40 anos ao serviço da protecção da Natureza


Passaram-se 40 anos de existência de uma profissão que continua a crescer devido à dedicação e empenho de homens e mulheres que consagram a sua vida à defesa do ambiente.
Orgulho, coragem e persistência são as palavras que melhor definem estes verdadeiros guardiões da Natureza.


APGVN