sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Vigilantes da Natureza retiram armadilhas para a captura de passeriformes

Esta ação de vigilância foi efetuada na Praia de Faro, pelos Vigilantes da Natureza Silvério Lopes e Carlos Capela, a exercer funções no Parque Natural da Ria Formosa, para além das inúmeras armadilhas retiradas foram libertados 2 Piscos-de-peito-ruivo.
O pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) é uma pequena ave que se conhece bem pela mancha alaranjada que lhe ornamenta o peito. É uma ave de canto melodioso e persistente.
As armadilhas vulgarmente conhecidas por esparrelas, costelas ou loisas, são construídas de arame nas quais se coloca um isco, geralmente formigas de asas.  As aves capturadas desta forma são para fins gastronómicos.
Os distritos de Faro, Porto e Lisboa são as regiões onde se registam mais casos de captura e abate ilegal. No Algarve destaca-se a captura para o petisco, em que o pisco-de-peito-ruivo e a toutinegra-de-barrete-preto são os que acabam mais frequentemente na frigideira.
A captura de aves silvestres, não cinegéticas, para cativeiro ou consumo é uma prática ilegal.
Esta atividade afeta a conservação da natureza e a perda destas aves torna a biodiversidade cada vez mais pobre.  
O decrescimento acentuado das espécies mais atingidas por este tipo de ações pode levar ao aumento significativo de pragas de insetos, dado que os passeriformes mais capturados são excelentes controladores naturais de pragas.
Temos a perceção de que há um longo caminho a percorrer para mudar as mentalidades dos Portugueses, mas, continuamos a tentar!
APGVN

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