Os 350 habitantes esquimós de Newtok, no Alasca, estão a construir uma nova aldeia para viver porque o permafrost (solo permanentemente gelado) sobre o qual assenta Newtok está a derreter. Já há quem os considere os primeiros refugiados climáticos dos Estados Unidos.
Os habitantes de Newtok, nas margens do rio Ninglick, estão a construir uma nova aldeia, chamada Mertarvik, na ilha Nelson. Contam com a ajuda de militares no âmbito de um programa de treino do Departamento de Defesa norte-americano para a reconstrução em zonas de guerra no Afeganistão e Iraque.
Muitos habitantes esperam mudar-se já em 2012. “É um monte, com uma boa captação de água. É um local mesmo muito simpático e elevado”, comentou Stanley Tom, administrador do governo tribal de Newtok.
Newtok, a 805 quilómetros de Anchorage, é uma das 200 aldeias nativas que o Governo federal identificou como tendo graves problemas de erosão ou inundações, muitos ligados ao rápido aumento das temperaturas.
“Grande parte do território do Alasca tem permafrost com um importante teor em gelo”, explicou Gonçalo Vieira, cientista polar português que esteve na região há dois anos num congresso sobre o solo permanentemente gelado.
Além da dinâmica natural de fusão do permafrost, especialmente nas margens dos rios e no litoral, está registada “uma tendência para o aumento das temperaturas do solo. O solo sobre o qual estão instaladas localidades começa a fundir-se e a desagregar-se, ficando empapado”, acrescentou Gonçalo Vieira, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa.
Os habitantes de Newtok, nas margens do rio Ninglick, estão a construir uma nova aldeia, chamada Mertarvik, na ilha Nelson. Contam com a ajuda de militares no âmbito de um programa de treino do Departamento de Defesa norte-americano para a reconstrução em zonas de guerra no Afeganistão e Iraque.
Muitos habitantes esperam mudar-se já em 2012. “É um monte, com uma boa captação de água. É um local mesmo muito simpático e elevado”, comentou Stanley Tom, administrador do governo tribal de Newtok.
Newtok, a 805 quilómetros de Anchorage, é uma das 200 aldeias nativas que o Governo federal identificou como tendo graves problemas de erosão ou inundações, muitos ligados ao rápido aumento das temperaturas.
“Grande parte do território do Alasca tem permafrost com um importante teor em gelo”, explicou Gonçalo Vieira, cientista polar português que esteve na região há dois anos num congresso sobre o solo permanentemente gelado.
Além da dinâmica natural de fusão do permafrost, especialmente nas margens dos rios e no litoral, está registada “uma tendência para o aumento das temperaturas do solo. O solo sobre o qual estão instaladas localidades começa a fundir-se e a desagregar-se, ficando empapado”, acrescentou Gonçalo Vieira, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa.
Mas Newtok não é a única povoação na demanda por solo mais firme. Em quatro locais, incluindo Newtok, as condições tornaram-se tão perigosas que aldeias inteiras têm planos para mudarem de sítio. Em 2006, o Corpo Militar americano de Engenheiros estimou que aquelas aldeias tinham menos de dez anos até as casas serem destruídas.
Mas até ao ano passado, pouco ainda tinha sido realmente feito, à excepção de Newtok, de acordo com o Departamento de Auditorias do Governo (GAO, Government Accountability Office). Este departamento aponta as culpas aos elevados custos, 200 milhões de dólares (147, 2 milhões de euros) por aldeia, e à inexistência de agências governamentais que queiram assumir esta responsabilidade.
Para Newtok, o custo da mudança foi estimado, há vários anos, em 130 milhões de dólares (95,7 milhões de euros). Mas conseguiram reunir o dinheiro com o apoio de uma série de fontes, desde departamentos federais a pequenas organizações sem fins lucrativos do Alasca.
Mas até ao ano passado, pouco ainda tinha sido realmente feito, à excepção de Newtok, de acordo com o Departamento de Auditorias do Governo (GAO, Government Accountability Office). Este departamento aponta as culpas aos elevados custos, 200 milhões de dólares (147, 2 milhões de euros) por aldeia, e à inexistência de agências governamentais que queiram assumir esta responsabilidade.
Para Newtok, o custo da mudança foi estimado, há vários anos, em 130 milhões de dólares (95,7 milhões de euros). Mas conseguiram reunir o dinheiro com o apoio de uma série de fontes, desde departamentos federais a pequenas organizações sem fins lucrativos do Alasca.
Fonte: Publico.pt
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