A Quercus, em conjunto com outras entidades de defesa do Ambiente, agendou para 13 de Março uma manifestação, em Amarante, contra a construção de cinco barragens na sub-bacia do rio Tâmega. Em causa está, de acordo com a associação, o perigo de destruição da biodiversidade da região.
O Governo, através do Programa Nacional de Barragens, projectou a construção de mais dez barragens em Portugal, cinco das quais no Tâmega. O presidente do núcleo do Porto da Quercus, Ricardo Marques, entende que esta é uma decisão irresponsável e imponderada, face à existência de formas mais económicas de produção de energia, que não põem em risco o meio ambiente. O responsável pelo núcleo defende que, após a conclusão do programa, o aumento de produção de energia no país, em cerca de três por cento, não justifica "o investimento nem os danos ambientais". Acrescenta que centenas de hectares da reserva agrícola da região poderão ficar submersos. Nesse sentido, diz não aceitar o argumento, por parte do Governo, de que esta medida trará novos postos de trabalho, já que, em contraponto, o sector agrícola será directamente afectado.
O Movimento Cidadania para o Desenvolvimento do Tâmega abriu uma petição on-line contra a construção da barragem do Fridão, em Amarante, já subscrita por 2230 pessoas. De acordo com o manifesto do movimento, a barragem projectada para esta localidade, "uma construção betonada erigida em pleno leito fluvial", terá 110 metros de altura, "superior à cota de assentamento do núcleo histórico de Amarante".
No sentido de obter um comentário, o PÚBLICO contactou o Ministério do Ambiente, que, até à hora do fecho desta edição, não respondeu.
Fonte: Publico.pt
quarta-feira, 3 de março de 2010
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