Dos 71 linces que integram o programa em Portugal e Espanha, 20 manifestaram sintomas da doença e três já morreram.
Há uma doença misteriosa que está a dizimar os linces-ibéricos em cativeiro. O director do Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico de Silves confirmou que uma fêmea contraiu uma doença renal, mas está convencido de que é uma patologia crónica e não infecciosa. "Já descartámos quase todos os agentes infecciosos, só faltam dois, pelo que pensamos não ser uma doença infecciosa, mas sim crónica", explicou a Rodrigo Serra. Mas a verdade é que, dos 71 animais que integram o programa de reprodução em Portugal e Espanha, 20 manifestaram sintomas da doença e três já morreram. Veterinários e técnicos dos dois centros de conservação do lince-ibérico em Espanha estão a investigar a misteriosa infecção com a ajuda de especialistas para determinar a origem da doença e evitar "o aparecimento de novos casos". O programa de conservação tem o objectivo de aumentar o número de linces para poder devolvê-los à natureza. A reintrodução dos animais no seu habitat natural deverá arrancar ao longo deste ano. Estima-se que existam apenas 200 linces- -ibéricos a viver em estado selvagem, a maioria em parques naturais no Sul de Espanha. No início do século XX existiriam cerca de cem mil animais em Espanha e Portugal, segundo registos da época. A urbanização, a caça e, sobretudo, o desaparecimento do coelho-bravo, a principal fonte de alimentação destes felinos, provocaram a dramática redução da população de linces na Península Ibérica.
Fonte: Diário de Notícias
domingo, 14 de março de 2010
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