quinta-feira, 11 de março de 2010

LPN lança campanha «Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina a Parque Nacional»

A Liga para a Proteção da Natureza (LPN) acaba de anunciar a campanha “Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina a Parque Nacional”, como forma de assinalar o Ano Internacional da Biodiversidade.

Segundo a LPN, «o objectivo desta campanha é chamar a atenção do público para a importância da preservação da biodiversidade do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e exigir aos governantes que dotem esta área dos meios legais e económicos necessários para a implementação de medidas de proteção ambiental socialmente aceites».

Esta região, que a LPN considera ser «uma das mais importantes de Portugal do ponto de vista da biodiversidade, e dos serviços dos ecossistemas que providencia, possui valores naturais únicos num contexto europeu cuja importância só terá reconhecimento apropriado com o estatuto de Parque
Nacional».

Aquela que é mais antiga associação ambientalista de Portugal defende também que «a promoção da área a Parque Nacional será efetivamente um fator impulsionador de desenvolvimento sustentável, potenciando oportunidades no plano económico».

Assim, defende a LPN, «no setor do turismo rural e de natureza, por exemplo, poderá ajudar a cativar mais visitantes promovendo também os produtos e cultura tradicionais da região».

Esta campanha insere-se num conjunto de iniciativas da LPN no âmbito do Ano Internacional da Biodiversidade, em que será dado grande destaque ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV).

A preparação da proposta técnica para a promoção da área a Parque Nacional «será acompanhada de uma petição eletrónica com o objetivo de levar este assunto a ser debatido no Parlamento nacional», revela ainda a associação.

A LPN recorda que, numa petição anterior, efetuada em 2004, e que recolheu mais de 33.000 assinaturas, os subscritores solicitaram ao Ministro do Ambiente de então que «fizesse respeitar o Plano de Ordenamento e impedisse o desenvolvimento de mega-projetos turísticos que ameaçavam (e ainda ameaçam) o Parque Natural».

Num primeiro passo para esta actividade, a LPN pretende contactar o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) e as autarquias locais – Vila do Bispo, Aljezur, Odemira e Sines - para solicitar a sua colaboração nestas iniciativas.

«A promoção desta Área Protegida a Parque Nacional adquire especial relevância num momento em que começa (a partir de 18 de Março) a discussão pública do novo Plano de Ordenamento, que apresenta inúmeros atentados à conservação desta região», salienta ainda a associação.

Mas a LPN vai ainda desenvolver outras ações durante o ano, a começar pela «exigência ao governo português para que dote as entidades responsáveis (ICNB e autarquias locais) de meios financeiros e humanos para a implementação de medidas socialmente compatíveis com os valores de biodiversidade existentes».

Os ambientalistas propõem-se ainda denunciar «o risco que o novo Plano de Ordenamento constituirá para a biodiversidade desta área», bem como propor uma «Área Marinha Protegida que promova a utilização sustentável dos recursos pesqueiros neste Parque».

A LPN tenciona também denunciar as «pressões que promovem um crescimento turístico e urbanístico incompatível com o desenvolvimento sustentável da região» e apresentar «uma proposta de revisão das medidas agro-ambientais e silvo-ambientais na região, por forma a preservar corretamente os valores naturais e apoiar os agricultores e proprietários que zelam pela preservação desses valores».

Fonte: Barlavento online

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