quinta-feira, 4 de março de 2010

Ministério do Ambiente iniciou adjudicação para limpeza e remoção de casas na Fuzeta

O Ministério do Ambiente já iniciou o processo de adjudicação para os trabalhos de limpeza e remoção de construções na ilha da Fuzeta, onde o mau tempo já destruiu metade das casas, disse à Lusa fonte do ministério.

O anúncio surge poucas semanas depois de a secretária de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades ter revelado que seriam antecipadas para final de Março as demolições das edificações existentes na ilha.

As intervenções na ilha, situada entre Olhão e Tavira, incluem ainda o reforço do cordão dunar e da nova barra, entretanto aberta pela natureza.

Segundo fonte do gabinete da ministra do Ambiente, estão em curso os procedimentos para a adjudicação das intervenções de requalificação e salvaguarda da ilha da Fuzeta, a mais afectada pelas tempestades deste Inverno.

A força do mar já destruiu este Inverno na ilha da Fuzeta metade das casas que tinham sido sinalizadas para serem demolidas ao abrigo do programa Polis Litoral Ria Formosa, antecipando as intervenções previstas.

Os deputados socialistas eleitos por Faro estiveram reunidos terça-feira com a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, para se inteirarem das acções previstas pelo programa, que defendem que deverão ser faseadas.

Em comunicado, Miguel Freitas e Jamila Madeira dizem que a ministra do Ambiente manifestou "firmeza" em avançar com o Programa Polis e "sensibilidade" para que se encontrem soluções que equilibrem os diversos interesses no quadro do actual Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC).

"A intervenção na Ilha da Fuzeta tem de avançar rapidamente, tendo em conta o impacto das derrocadas na preservação dos ecossistemas e nas actividades económicas que representam a subsistência de muitas famílias locais", frisam os deputados.

De acordo com os dois deputados socialistas eleitos pelo círculo de Faro, o princípio da intervenção na Ria Formosa não deve ser "demolir por demolir", mas sim "investir para qualificar e preservar a economia local".

Miguel Freitas e Jamila Madeira defendem por isso uma "acção equilibrada", baseada em "critérios compreensivos e claros" que defendam a salvaguarda da zona costeira, dos valores naturais e das actividades económicas.

Os deputados do PS eleitos pelo Algarve vão agora iniciar um conjunto de reuniões com as associações de moradores das ilhas-barreira localizadas na Ria Formosa para discutir possíveis cenários e apresentar propostas concretas ao Ministério do Ambiente.

Fonte: LUSA

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