Uma dezena estará a funcionar já este Verão nos distritos de Leiria, Lisboa e Santarém.
As florestas portuguesas vão passar a ser vigiadas por 590 câmaras de segurança. O projecto, coordenado pelo Ministério da Administração Interna (MAI), prevê, já este Verão, que estejam a funcionar cerca de uma dezena de câmaras nos distritos de Lisboa, Leiria e Santarém. O objectivo é melhorar a vigilância florestal e torná-la efectiva 24 horas por dia.
Ao DN o secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, explica que para criar o projecto "foi constituído um grupo de trabalho no âmbito do MAI, encontrando-se na fase de elaboração do caderno de encargos, para lançamento de concurso". A equipa que deu corpo ao projecto de videovigilância das florestas portuguesas "programou a sua implementação em três fases, esperando-se que a primeira esteja operacional em 2011".
Quanto à hipótese das imagens servirem de prova para identificar e incriminar incendiários "é uma questão sobre a qual ainda não existe decisão". O secretário de Estado recorda que tal opção "estaria sempre sujeita a parecer da Comissão Nacional de Protecção de Dados". As câmaras de vigilância nas florestas vão ficar instaladas em infra-estruturas estatais, como torres de vigia, "com capacidade de transmissão de dados, por forma à optimização e racionalização de recursos, reduzindo os custos do projecto". Com esta centralização dos dados, pretende-se perceber quais as áreas mais críticas e melhorar a mobilização de meios para o combate aos fogos.
Segundo o plano que foi traçado, serão instaladas na primeira fase 256 câmaras. A grande maioria vai ficar em infra-estruturas já existentes, salienta Vasco Franco. Relembrando que o projecto contempla a instalação de 590 câmaras em todo o País, o secretário de Estado admite que este número possa "ser ajustado após a primeira fase". Já este ano, e a título experimental, vão entrar em funcionamento cerca de uma dezena de câmaras de videovigilância nos distritos de Leiria, Lisboa e Santarém. Estas câmaras, provisórias, podem, no entanto, "ser integradas no projecto global que o Governo pretende instalar no País".
Também em avaliação, ao longo destas três fases do projecto de videovigilância, vai estar a necessidade de complementar a videovigilância com a presença, efectiva, de pessoas nas torres de vigias, para melhorar a detecção de focos de incêndio, garante o secretário de Estado da Protecção Civil.
"A detecção tem de ser o mais eficaz possível para que a primeira intervenção possa surgir logo no início do foco de incêndio, pelo que a sobreposição dos dois modelos terá uma dimensão que em devido tempo será estabelecida", frisa Vasco Franco. A estimativa de custos do projecto é de 15 milhões de euros e o programa do MAI será candidato aos fundos europeus. "O grupo de trabalho está a preparar o processo da primeira fase para incluir no na candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional, a abrir antes do Verão", conclui o secretário de Estado.
Fonte: Diário de Notícias
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