As primeiras imagens da enorme represa foram divulgadas depois de uma visita de um grupo de jornalistas ao Parque Nacional Wood Buffalo, na província da Alberta. A equipa de reportagem pediu para conhecer a construção, descoberta em 2007 pelo cientista canadiano Jean Thie, ao utilizar o Google Earth. Até aí, a área equivalente a oito campos de futebol manteve-se escondida, por estar numa zona completamente desconhecida.
Surpreendido pelo pedido, o relações públicas do parque enviou um grupo de investigadores à procura do famoso dique. Que acabou por ser encontrado num local inacessível, bem dentro da floresta boreal, na fronteira sul do parque.
"É das áreas mais remotas do parque, literalmente no meio de nada - não há estradas nem cursos de água navegáveis", adiantou o porta-voz Mike Keizer. "A única maneira de lá chegar é ir de helicóptero até uma zona próxima e fazer depois uma caminhada de dois dias."
Mas as imagens captadas em 2007 não foram as primeiras do dique, isto porque em 1990 os satélites da Nasa já tinham localizado o trabalho dos castores, ao passo que fotos do mesmo local tiradas em 1975 não mostram a construção.
Ou seja, a empresa começou nesse intervalo de tempo e já levará cerca de 35 anos, mais 15 do que levou a construção do Taj Mahal, por exemplo.
"O tamanho deste dique é impressionante", reconhece Peter Busher, especialista da Universidade de Boston e estudioso destes verdadeiros "engenheiros".
Até à descoberta deste local, o maior dique construído por castores conhecido era uma estrutura de 652 metros no Montana, nos Estados Unidos da América, enquanto uma outra, a represa Hoover, situada no Rio Colorada, tem "apenas" 379 metros de comprimento, menos meio quilómetro do que o dique do parque canadiano. Uma diferença que vai continuar a aumentar, porque, como reconhecem os cientistas, o trabalho de várias gerações de famílias de castores vai prosseguir.
Fonte: Diário de Notícias
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