A BP reviu em baixa a quantidade de petróleo que está a conseguir recolher com uma conduta para conter o derrame da plataforma petrolífera Deepwater Horizon: em vez de 5000 barris por dia, estará apenas a retirar cerca de 2200. Entretanto, o crude está a chegar aos pântanos da Luisiana e do Mississípi.
“O fluxo muda, não é constante”, justificou o porta-voz da BP John Curry, ao anunciar a revisão da quantidade de petróleo que a multinacional está a conseguir recolher. A BP anunciou ainda que vai ser tentada uma nova abordagem, domingo ou terça-feira, para tapar o poço no fundo do mar, no Golfo do México. Isso implicará injectar líquidos pesados e depois cimento no poço, no fundo do mar, para tentar fechá-lo.
A explosão da plataforma petrolífera foi há um mês, a 20 de Abril. Especialistas independentes prevêem que o derrame seja cinco a 20 vezes superiores aos cinco mil barris diários (cerca de 800 mil litros) assumidos pela BP.
A Casa Branca tem mantido a BP sob pressão — e hoje foi o porta-voz de Barack Obama, Robert Gibbs, que se viu sob o fogo cerrado dos jornalistas, na conferência de imprensa diária, que o interrogaram sobre por que é que a Administração não assumiu completamente o controlo das operações após a explosão da plataforma, relatou a AFP. “Estamos a enfrentar um desastre com uma magnitude que nunca vimos antes, e a fazer o que é humana e tecnologicamente possível para lidar com ela”, defendeu-se.
Numa carta ao director-geral da BP, Tony Hayward, a secretária norte-americana para a Segurança Interna, Janet Napolitano, já tinha apelado à empresa para que divulgue com transparência os dados sobre a dimensão do desastre, a trajectória ou as características das amostras que têm sido recolhidas.
Responsáveis de várias agências federais fizeram um balanço das repercussões da maré negra para a vida marinha: encontraram-se mortas 43 aves, 86 tartarugas-marinhas e 18 golfinhos encalhados, mas não se sabe se todos os casos foram provocados pela maré negra, revelou o "Washington Post".
Fonte: Publico.pt
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