O Ministério do Ambiente emitiu ontem a declaração de impacto ambiental (DIA) condicionada à cota mais baixa da barragem do Fridão, segundo fonte da tutela.
A barragem, a ser construída pela EDP, num investimento de 242 milhões de euros, está inserida no plano nacional com elevado potencial hidroeléctrico, sendo a terceira a receber o parecer, depois do Alvito e Foz Tua.
A DIA impõe a cota mais baixa em avaliação (NPA 160) e diversas medidas ao nível dos recursos hídricos, tendo em vista a salvaguarda da qualidade da água, explicou a mesma fonte.
Ao nível do património, a DIA prevê também medidas de compensação patrimonial, como a transladação conjunta da Capela do Senhor da Ponte e da Ponte medieval de Vilar de Viando.
O aproveitamento hidroeléctrico do Fridão terá uma capacidade instalada de 160 megawatts. Entretanto, no final de Março, foi recomendado um novo período de consulta pública para a barragem de Fridão pelo Bloco de Esquerda, em comissão parlamentar, sob o argumento que as populações "não tiveram toda a informação necessária" para que a consulta pública do estudo de impacte ambiental, concluída a 15 de Fevereiro, decorresse com toda a transparência e rigor.
Da parte do PS, o deputado Marcos Sá considerou a proposta do BE "alarmista" e criadora de um "papão" injustificado, lembrando que o processo de consulta pública decorreu "com normalidade".
O empreendimento afecta os concelhos de Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e Mondim de Basto. A comissão de acompanhamento da barragem, da Assembleia Municipal de Amarante, defende que o estudo de impacte ambiental foi "inconclusivo e mal elaborado" e acredita que um "estudo realista" evidenciará a inviabilidade da obra.
Fonte: LUSA
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