Um activista da Greenpeace foi hoje atingido por um arpão e ficou gravemente ferido durante uma acção de protesto ao largo de Malta contra a pesca do atum-rabilho que, diz a organização, já levou à diminuição em 80 por cento das reservas deste peixe.
O britânico Frank Huston, de 45 anos, encontra-se hospitalizado em Malta. “A sua vida não corre perigo mas ele está gravemente ferido”, contou Isabelle Philippe, responsável pela comunicação da Greenpeace.
“Cerca do meio-dia realizámos a primeira operação pacífica de interposição à pesca ao atum-rabilho. Os activistas da Greenpeace tentaram cortar as redes de pesca de um barco francês, o ‘Jean-Marie Christian 6’, propriedade do armador Jean-Marie Avallone, para libertar os peixes”, explicou.
“Nesse momento, os pescadores atacaram agressivamente um dos activistas e feriram-no com um arpão que lhe atravessou a perna. O activista foi arrastado vários metros antes de se conseguir libertar, arrancando o arpão”, acrescentou.
A Greenpeace afirma, em comunicado, que durante esta “agressão”, vários navios de 30 metros “carregaram sobre os barcos pneumáticos da organização e abordaram-nos com facas presas a paus”.
Já Jean-Marie Avallone tem uma versão diferente e conta que os activistas estavam armados de facas e de blocos de cimento. Eles falam em “operação pacífica” mas “foi um ataque inadmissível, não posso aceitar isso”, reagiu.
“A pesca ao atum-rabilho é uma actividade fortemente enquadrada, totalmente legalizada e autorizada. Está fora de questão impedir as pessoas que estão no mar e que têm poucos dias para ganhar o seu sustento, porque a campanha de pesca dura de 15 de Maio a 15 de Junho”, comentou Bertrand Wendling, director-geral da Sathoan, organização que representa os interesses dos vários atuneiros da região.
A Greenpeace enviou dois navios – o “Rainbow Warrior” e o “Arctic Sunrise” – para o Mediterrâneo para perturbar esta época de captura do atum-rabilho. De acordo com a organização, a pesca a grande escala fez cair em 80 por cento as reservas de atum-rabilho (Thunnus thynnus) no Mediterrâneo e no Atlântico. A organização pede uma proibição provisória para permitir a recuperação dos stocks.
Fonte AFP
sábado, 5 de junho de 2010
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