As câmaras do Porto, Gondomar e Valongo estão a trabalhar em conjunto na despoluição do rio Tinto e prevê-se que esse objectivo seja alcançado durante o próximo ano.
A revelação foi feita anteontem à noite, na Assembleia Municipal (AM) do Porto, pelo vice-presidente da câmara e responsável pelo pelouro do Ambiente, Álvaro Castello-Branco. "Temos a intenção de, até ao final de 2011, deixar o rio Tinto ficar em condições aceitáveis", declarou Castello-Branco, a propósito da votação, na AM do Porto, de permutas de terrenos entre privados e o município que serviram para construir a primeira fase do Parque Oriental e a actual Avenida Francisco Xavier.
O vice-presidente da Câmara do Porto respondeu assim à deputada do Bloco de Esquerda, Alda Macedo, que lembrou que o Parque Oriental só poderá ser aprazível se o rio Tinto for despoluído. O que, notou, está longe de se verificar. "O rio cheira mal, está profundamente poluído. Não se percebe porque é que a limpeza não foi feita." Por seu turno, Castello-Branco explicou que os focos de poluição do rio Tinto estão "concentrados em Gondomar" e que existe um projecto de despoluição e naturalização do mesmo, tendo sido criada uma comissão, presidida por Poças Martins, que, para além de Gondomar, engloba representantes de Valongo e do Porto.
Ruído para Saramago
Noutro ponto da reunião, aprovaram-se os mapas estratégicos de ruído do concelho, elaborados pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Segundo Castello-Branco, 26 por cento da população do Porto está sobreexposta ao ruído. No entanto, utilizando uma margem de variação de cinco decibéis (normalmente utilizada neste tipo de estudos), os portuenses sujeitos a sobreexposição ao ruído já são 14 por cento. Castello-Branco prometeu que o Plano Municipal de Combate ao Ruído irá "ficar pronto até ao final do ano", o que permitirá à autarquia portuense introduzir medidas de redução nos pontos da cidade com mais barulho.
E, por falar em barulho, foi isso que mais se ouviu no início dos trabalhos da AM do Porto de anteontem à noite. Com o jogo Brasil-Chile ainda a decorrer e a ser transmitido no ecrã gigante da Avenida dos Aliados, o ruído das buzinas, vuvuzelas e dos aplausos e assobios dos adeptos invadiu a sala de reuniões. Inclusivamente, prejudicou a solenidade devida ao minuto de silêncio pela morte do escritor José Saramago. PS e CDU apresentaram moções de homenagem - ambas aprovadas -, que propõem ainda que o nome do escritor passe a vigorar numa artéria do Porto.
Fonte: Publico.pt
quarta-feira, 30 de junho de 2010
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