O valor mais baixo (1,5 euros) diz respeito a um automóvel abastecido durante a noite, na casa do proprietário, num regime de tarifa bi-horária; já o preço mais elevado deverá corresponder a um posto de carregamento rápido, que reduz o tempo para o automóvel ficar com a bateria pronta a utilizar.
Contas feitas pelo PÚBLICO, comparando de forma directa, o consumo deverá compensar o dos automóveis a gasóleo, que as marcas elegeram como principais concorrentes. Um carro a diesel gasta entre 6 e 7,2 euros por cada 100 quilómetros - os modelos mais vendidos consomem entre cinco a seis litros/100 km e os preços do gasóleo rondam neste momento 1,199 euros por litro. Os estudos já realizados permitem prever que, "a partir dos 30 mil quilómetros, os custos de aquisição de um carro eléctrico, eventualmente mais caros do que um veículo a diesel, são compensados pelos custos de operação e de manutenção do carro", indicou ontem João Dias, num encontro com jornalistas.
Até ao final deste ano, o abastecimento será sem custo para os utilizadores. Prevê-se que depois passe a ser utilizado um cartão pré-pago, numa primeira fase, do qual serão deduzidos os custos da electricidade e uma taxa cobrada pelo serviço. Este é um dos valores ainda por conhecer, tal como o custo de aluguer das baterias (nos casos em que isso acontecer).
A nova rede de abastecimento vai ser hoje oficialmente lançada, com a inauguração do primeiro posto de carregamento Mobi.e, em Lisboa. A rede irá ter 320 postos de carregamento até ao final de 2010, espalhados pelo país, e tem como meta atingir um total de 1300 até 2012. Prevê-se que a venda de carros eléctricos ganhe força no final deste ano, com mais modelos no mercado - como o Nissan Leaf, que irá custar quase 30 mil euros já contando com incentivos do Estado. A entidade gestora da rede de mobilidade eléctrica será também hoje apresentada e vai ter no capital a EDP Inovação (com 51 por cento) e outros comercializadores.
Fonte: Publico.pt
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