A companhia petrolífera BP anunciou hoje que conseguiu estancar a fuga de crude no Golfo do México, pela primeira vez desde a explosão na plataforma a 20 de Abril. No entanto, é apenas temporariamente.
Kent Wells, da BP, anunciou que a fuga foi estancada às 14h25 locais (19h25 em Lisboa). “É muito bom não ver nenhum crude a ser libertado para o Golfo do México”, comentou, citado pela BBC online.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, comentou o sucedido referindo que se trata de um “sinal positivo”.
A companhia conseguiu estancar completamente a fuga, a 1500 metros de profundidade, depois de ter fechado todas as válvulas de uma nova cúpula, colocada sobre o poço danificado esta segunda-feira.
Hoje à tarde, a British Petroleum começou um teste crucial para avaliar a resistência do poço de petróleo na origem da pior maré negra da história dos Estados Unidos, causada pela explosão a 20 de Abril da plataforma Deepwater Horizon, ao largo das costas do Luisiana. O teste à pressão no interior do poço foi adiado por duas vezes porque foi detectada uma fuga numa das peças do equipamento utilizado.
A operação – que poderá demorar 48 horas - tem como objectivo verificar se o poço pode ser selado definitivamente sem risco de novas fugas, colocando em funcionamento a nova cúpula. Esta deverá ser capaz de recuperar todo o crude que se escapa do poço ou, num outro cenário, parar definitivamente a maré negra. No entanto, a prioridade da operação é conseguir aumentar a quantidade de crude recuperada através de mangas até aos navios à superfície do Golfo do México. O que quer que aconteça será apenas uma solução temporária porque a verdadeira esperança de terminar com a maré negra continuam a ser os dois poços de apoio que ainda estão a ser perfurados.
Wells adiantou que os engenheiros da companhia continuam a acompanhar a operação a fim de reparar eventuais fugas.
Segundo as mais recentes estimativas, o crude estava a escapar-se do poço a uma razão de cerca de 60 mil barris por dia.
Entretanto, conta a BBC online, a companhia petrolífera britânica continua a sofrer pressões políticas. Hoje, um comité do Congresso norte-americano aprovou medidas que proíbem novas explorações petrolíferas da BP nos próximos sete anos.
Fonte: Publico.pt
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