terça-feira, 20 de julho de 2010

Operação de contenção da fuga de petróleo no golfo do México volta a estar ameaçada

Depois do sucesso de quinta-feira, a operação de contenção da fuga de petróleo no golfo do México voltou a estar em perigo quando, no domingo, cientistas da BP identificaram fugas de petróleo e metano à mesma profundidade do poço. Hoje, após o diálogo entre a Administração de Obama e a BP, ficou assente que o teste da cúpula que impede a saída de petróleo mantém-se durante mais 24 horas.

Amanhã, pela primeira vez, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, vai reunir-se com Obama na Casa Branca, e o derrame da BP vai ser um dos temas discutidos.

“Autorizo a BP a continuar os testes de integridade por mais 24 horas”, disse em comunicado Thad Allen, responsável das operações de luta contra a maré negra, por parte da administração. “Durante as conversações, a equipa científica do Governo obteve as respostas que estavam à espera e o compromisso por parte da BP que garante manter todas as obrigações de monitorização e de notificação.”

Desde 20 de Abril, depois da explosão da plataforma petrolífera Deepwater Horizon, que matou 11 pessoas, tem havido uma fuga ininterrupta de petróleo. Há quatro dias a BP conseguiu pela primeira vez instalar uma cúpula de contenção capaz de recolher mais combustível para barcos, e travou a fuga do líquido para o mar durante um período de tempo experimental.

Nesta primeira fase o objectivo era estancar completamente o poço para testar a pressão, uma diminuição da pressão seria um sinal que o petróleo estava a ser libertado por outra via. A análise da integridade do poço era para durar 48 horas, mas foi prolongada no domingo.

No mesmo dia cientistas identificaram fugas de petróleo vindas do leito do mar, um fenómeno que acontece por todo o golfo mas neste contexto pode ter sido provocado pela explosão da plataforma e pela pressão feita com a cúpula instalada.

A BP revelou hoje que gastou 3,05 mil milhões de euros desde o início do desastre e espera conseguir pôr o ponto final à fuga em Agosto, quando uma perfuração que está em andamento interceptar o poço e o “matar”. Depois de as acções da empresa se terem valorizado devido ao sucesso da cúpula, voltaram a cair ontem devido às novas fugas. A companhia terá que perceber a razão deste fenómeno.

Fonte: Publico.pt

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