Companheiros!
Como é do vosso conhecimento o Governo criou o Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, as alterações produzidas, com a junção dos anteriores Ministérios provocou a reestruturação em curso das diferentes instituições existentes, resultando em extinções e fusões de organismos do estado.
A Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza (APGVN) perante a indefinição e falta de esclarecimentos acerca da situação dos Vigilantes da Natureza solicitou uma audiência à Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, que remeteu essa incumbência ao Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Engenheiro Daniel Campelo, que até ao presente momento não agendou a reunião. A APGVN também pediu audiências às Comissões Parlamentares de Agricultura e do Ambiente, e aos Grupos Parlamentares.
A reestruturação organizacional, funcional, patrimonial e dos recursos humanos do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território originaram:
A criação da Direcção Geral de Conservação da Natureza e Florestas resultado da fusão da Autoridade Florestal Nacional e do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade.
A dependência das áreas protegidas, segundo a nova orgânica, das Direcções Regionais de Agricultura e Pescas.
As ARH’s, assim como as suas competências foram integradas na Agência Portuguesa do Ambiente.
As CCDR’s ficam sob alçada da Direcção Geral do Território.
A criação da Inspecção Geral do MAMAOT que aglutina todos os serviços de inspecção do Ministério.
Com todas estas mudanças registadas aumenta a incerteza quanto ao futuro dos Vigilantes da Natureza. Irá processar-se a integração de todos os Vigilantes da Natureza na Inspecção Geral do Ambiente? Ficarão os Vigilantes da Natureza nos organismos a que pertencem actualmente? Será que finalmente o Corpo Nacional de Vigilantes da Natureza passa a ser uma realidade?
O Governo não pode ignorar que a carreira de Vigilante da Natureza é transversal a vários organismos do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e Ordenamento do Território (ICNB, CCDR’s e ARH’s), e que temos objectivos e funções comuns.
Perante este cenário de incertezas e muitas dúvidas a APGVN tem-se desdobrado em esforços junto do Governo e dos representantes dos cidadãos na Assembleia da República para que sejamos ouvidos perante as decisões que planeiam e que poderão afectar uma profissão que tem como missão a salvaguarda e protecção da Natureza.
“A conservação da natureza e a protecção das áreas protegidas não se faz apenas com regulamentos e campanhas de sensibilização, da mesma maneira que não se faz cumprir o código da estrada sem as polícias, os Vigilantes da Natureza são de facto imprescindíveis na preservação do Ambiente.”
Said
Será que só os VN da DGCNF vão continuar?
São os únicos que andam fardados e têm viaturas identificadas com o serviço de vigilância.
Said
Pois, os vigilantes do ICNB são os únicos que andam fardados e têm viaturas caracterizadas, mas são eles, os outros, os que estão nas CCDR's e ARH's que cumprem integralmente todas as funções que estão estatutariamente atribuídas aos Vigilantes da Natureza.