sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Inglaterra prepara-se para a pior seca dos últimos 36 anos


    O Governo britânico chamou de emergência empresas do sector da água, agricultores e instituições de protecção da vida selvagem para uma reunião que prepare a região para a pior seca dos últimos 36 anos.
A zona Sul e Este de Inglaterra estão entre as zonas mais afectadas pela falta de água e a menos que chova bastante até Abril as autoridades terão de restringir os consumos.

O responsável pelos recursos hídricos da Agência de Ambiente britânica, Trevor Bishop, admitiu à BBC que se está a preparar “para o pior”. “Estamos a chegar ao fim do segundo Inverno seco consecutivo e isso é muito pouco normal”, disse Bishop. “A situação ainda não é tão grave como em 1976 mas está muito perto.”

Em Janeiro, peritos da Agência de Ambiente britânica alertaram que os níveis de água no solo estavam tão baixos que seria preciso o dobro da precipitação para a recuperação dos caudais dos rios. Aquela agência já procedeu a uma oxigenação dos rios e à transferência de peixes que tinham ficado presos em charcos isolados. Em algumas zonas, os agricultores foram proibidos de captar água dos rios.

Na segunda-feira, o Departamento do Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) convocou uma reunião para decidir o que fazer. A secretária de Estado do Ambiente, Caroline Spelman, vai reunir-se com companhias do sector da água, que já estão a encorajar os consumidores a reduzir a água que gastam, e outros grupos preocupados com a situação. Esta semana, o Centro para a Hidrologia e Ecologia revelou que a precipitação média até ao momento neste Inverno é a mais baixa desde 1972.

Participarão na reunião empresas do sector da água, a Agência de Ambiente, a British Waterways, o Met Office (Instituto de Meteorologia britânico) e organizações de agricultores e de ambientalistas.

“Toda a nossa actividade vai ser cuidadosamente coordenada para que sejamos capazes de minimizar os efeitos da disponibilidade imprevisível da água e apoiar as pessoas para fazerem poupanças nos consumos”, disse Spelman citada pela BBC.


Fonte: Público
Foto: Darren Staples/Reuters

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