Alguns «apresentam risco de destruição, devido à ausência de políticas adequadas de gestão»
Portugal já tem o seu primeiro inventário geológico, um projeto coordenado pela Universidade do Minho (UMinho) e que permitiu a identificação de 326 sítios com interesse científico «fundamental» para o conhecimento do país.
«Havia já um levantamento feito ao nível da fauna e da flora, mas era fundamental classificar locais de valor abiótico, com interesse científico, revelando a importância de ser gerido e preservado pelas autoridades nacionais que tratam da conservação da natureza», explica o coordenador do projeto à Lusa.
Segundo José Brilha, do Departamento de Ciências da Terra da Escola de Ciências da UMinho, o levantamento daqueles sítios teve em conta não só o valor científico dos locais, mas também a vulnerabilidade do património.
Sublinha ainda que «alguns apresentam risco de destruição, devido à ausência de políticas adequadas de gestão».
A lista geral inclui, por exemplo, o granito de Lavadores (Gaia), o fojo das Pombas (Valongo), os blocos erráticos de Valdevez (Gerês), as minas da Borralha (Montalegre), os fósseis da Pedreira do Valério (Arouca) e o inselberg de Monsanto (Idanha-a-Nova).
«Há locais que não devem ser destruídos, pois são importantes testemunhos científicos dos acontecimentos-chave que marcaram a história do planeta, nomeadamente do território português», enfatiza José Brilha.
Por isso, o estudo deverá agora conhecer uma fase de validação junto do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, para que este organismo passe a gerir também este património natural.
A investigação vai dar origem a um livro que pretende dar a conhecer ao grande público a riqueza geológica nacional.
«A partir de agora, Portugal tem os instrumentos necessários para implementar uma política de geoconservação, com base neste conjunto de locais que correspondem às ocorrências da geodiversidade com valor científico», afirma José Brilha.
Paralelamente, é objetivo dos investigadores cruzar informação com Espanha, para definir um inventário à escala ibérica.
Numa fase posterior, tentar-se-á articular, nomeadamente com a França e Itália, a inventariação do sul da Europa, visando num médio prazo classificar geologicamente a Europa.
«Em Portugal, tínhamos um ligeiro atraso neste campo, mas agora estamos em condições de comparar o nosso património geológico com o dos outros países. Aliás, para a sua área geográfica, Portugal é dos países europeus com maior geodiversidade», acrescenta José Brilha.
Este projeto envolveu mais de 70 cientistas de universidades e associações e teve apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
«Havia já um levantamento feito ao nível da fauna e da flora, mas era fundamental classificar locais de valor abiótico, com interesse científico, revelando a importância de ser gerido e preservado pelas autoridades nacionais que tratam da conservação da natureza», explica o coordenador do projeto à Lusa.
Segundo José Brilha, do Departamento de Ciências da Terra da Escola de Ciências da UMinho, o levantamento daqueles sítios teve em conta não só o valor científico dos locais, mas também a vulnerabilidade do património.
Sublinha ainda que «alguns apresentam risco de destruição, devido à ausência de políticas adequadas de gestão».
A lista geral inclui, por exemplo, o granito de Lavadores (Gaia), o fojo das Pombas (Valongo), os blocos erráticos de Valdevez (Gerês), as minas da Borralha (Montalegre), os fósseis da Pedreira do Valério (Arouca) e o inselberg de Monsanto (Idanha-a-Nova).
«Há locais que não devem ser destruídos, pois são importantes testemunhos científicos dos acontecimentos-chave que marcaram a história do planeta, nomeadamente do território português», enfatiza José Brilha.
Por isso, o estudo deverá agora conhecer uma fase de validação junto do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, para que este organismo passe a gerir também este património natural.
A investigação vai dar origem a um livro que pretende dar a conhecer ao grande público a riqueza geológica nacional.
«A partir de agora, Portugal tem os instrumentos necessários para implementar uma política de geoconservação, com base neste conjunto de locais que correspondem às ocorrências da geodiversidade com valor científico», afirma José Brilha.
Paralelamente, é objetivo dos investigadores cruzar informação com Espanha, para definir um inventário à escala ibérica.
Numa fase posterior, tentar-se-á articular, nomeadamente com a França e Itália, a inventariação do sul da Europa, visando num médio prazo classificar geologicamente a Europa.
«Em Portugal, tínhamos um ligeiro atraso neste campo, mas agora estamos em condições de comparar o nosso património geológico com o dos outros países. Aliás, para a sua área geográfica, Portugal é dos países europeus com maior geodiversidade», acrescenta José Brilha.
Este projeto envolveu mais de 70 cientistas de universidades e associações e teve apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Fonte: TVI
Foto: Francisco Correia
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