segunda-feira, 16 de abril de 2012

Polícia Marítima fiscaliza actividades nos Açores


   Polícia Marítima estará nos barcos de observação de baleias para fiscalizar actividade nos Açores

Agentes da Polícia Marítima vão passar a embarcar nas lanchas das empresas que se dedicam à observação de baleias e golfinhos nos Açores numa medida que visa melhorar a fiscalização desta actividade turística.
“A pedido de alguns operadores, estamos a intensificar a fiscalização no mar para reduzir a pressão sobre os animais, para que possam continuar nas nossas águas durante mais tempo e de forma saudável”, afirmou Frederico Cardigos, director regional dos Assuntos do Mar, em declarações aos jornalistas no final de uma observação de cetáceos, nas Lajes do Pico.

Frederico Cardigos salientou que existem 19 empresas nos Açores que se dedicam a actividades marítimo-turísticas, defendendo a necessidade de “harmonizar a relação entre os diferentes operadores, para que não haja conflitos no mar”.

A actividade de observação de cetáceos (whale watching) está regulamentada na região através de legislação própria, que proíbe, por exemplo, que as embarcações se aproximem demasiado dos cetáceos ou que estejam muitos barcos ao redor do mesmo animal.

Apesar disso, Frederico Cardigos reconheceu que existem alguns excessos por parte dos operadores turísticos que, devido ao “entusiasmo”, tomam atitudes que considerou “menos correctas”. “É evidente que, se não houver alguma disciplina, os incidentes podem acontecer e é isso que vamos tentar evitar de uma forma muito enfática”, frisou.

O capitão do Porto da Horta, Jorge Chixaro, revelou que não tem sido registado um aumento de queixas contra eventuais abusos das empresas de observação de cetáceos, mas considerou importante a presença de elementos da Polícia Marítima nas embarcações das empresas ligadas a esta actividade para “garantir que sejam respeitadas as regras instituídas”.

Jorge Chixaro frisou, no entanto, que este incremento na fiscalização não implicará qualquer aumento dos recursos humanos da Polícia Marítima.

“Durante todo o Verão, a actividade é muito intensa, mas, dentro da disponibilidade, quando conseguirmos, colocaremos elementos da Política Marítima a bordo dessas embarcações para fazer a fiscalização”, afirmou.

Para esse efeito, os agentes da Polícia Marítima vão receber formação adequada, nomeadamente sobre observação de cetáceos, mergulho com escafandro autónomo, áreas marinhas protegidas e também sobre observação de tubarões.

As 19 empresas que se dedicam ao whale watching nos Açores movimentam anualmente mais de 50 mil turistas, numa actividade que, apesar da crise, está em crescimento no arquipélago.

Fonte: LUSA
Foto: Daniel Rocha

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