quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Prevenção de incêndios em risco nas AP’s e Matas Nacionais

Prevenção de incêndios em risco nas Áreas Protegidas e Matas Nacionais do Centro do país

Em 4 de agosto de 2015 a Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza enviou o documento que segue em apenso à Senhora Presidente do Conselho Diretivo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, ainda aguardamos resposta, no terreno a situação mantem-se e o resultado está bem à vista de todos.



Excelentíssima Senhora
Presidente do Conselho Diretivo do ICNF
Engenheira Paula Sarmento


Na sequência das enormes proporções atingidas pelos incêndios florestais que têm deflagrado na zona centro do país, no corrente ano, e tendo em conta que os Vigilantes da Natureza se encontram impossibilitados de exercer as suas funções devido à falta de viaturas, alertamos Vossa Excelência para a gravidade da situação e solicitamos a sua intervenção para uma rápida resolução do problema, de forma que permita o restabelecimento eficaz da prevenção dos incêndios em especial nas Áreas Protegidas e Matas Nacionais.

Considerando que o aumento da área ardida e consequentemente a degradação do espaço florestal nos últimos anos tem levado a uma evolução positiva do planeamento, ordenamento e gestão da floresta, não podemos agora destruir este progresso com decisões desadequadas que provocam a falta no terreno de um dos componentes primordiais da defesa da floresta que é sem qualquer tipo de dúvida a presença dos Vigilantes da Natureza no terreno.

Aumentar a eficácia da vigilância preventiva nas áreas florestais reveste-se de grande importância para evitar a deflagração de incêndios.
Recordamos que a vigilância da floresta se reveste de enorme relevância pela sua função dissuasora e pela maior facilidade em detetar os fogos nascentes, permitindo aumentar a rapidez da primeira intervenção.
A vigilância nas áreas florestais deve constituir uma prioridade imediata.
A presença dissuasora dos Vigilantes da Natureza, nas áreas protegidas e matas nacionais, garante uma maior eficácia entre a deteção das ocorrências e a primeira intervenção de combate ao incêndio. 
Com os Vigilantes da Natureza no terreno evitam-se muitos dos comportamentos de risco negligente, como as queimadas no Verão.
Não pode cair em esquecimento que os mecanismos de combate aos incêndios florestais são precedidos da prevenção e vigilância. 

O ICNF como autoridade nacional florestal e da conservação da natureza tem como um dos seus objectivos principais um bom desempenho na prevenção dos incêndios florestais e por certo terá consciência que este enorme desafio está em risco, consequência da ausência dos Vigilantes da Natureza no terreno.

Apresentamos a Vossa Excelência, Senhora Presidente do Conselho Diretivo do ICNF, a expressão da nossa mais alta consideração.


O Conselho Diretivo da
Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza


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