sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Vigilantes da Natureza: A grande batalha para salvar Virunga

National Geographic
Salvando um dos mais perigosos parques do mundo.
Texto Robert Draper Fotografia Brent Stirton
https://nationalgeographic.sapo.pt/natureza/grandes-reportagens/820-virunga-jul2016?showall=
Foto1

Os vigilantes da natureza recebem formação militar, incluíndo tácticas de emboscada. Desde que o conflito étnico no Ruanda alastrou ao Congo em 1994, os vigilantes da natureza têm enfrentado ameaça constante de diversos grupos armados.


Foto 2
Um dorso-prateado da família Mapuwa, composta por 22 membros, emerge da floresta para observar a patrulha dos vigilantes da natureza. O parque tem sido bem-sucedido na protecção dos gorilas, a sua principal atracção turística. A população destes animais está actualmente em crescimento.

Foto 3
Emmanuel de Merode, ladeado de guarda-costas, nove meses depois de sobreviver a uma tentativa de homicídio, dirige o parque há oito anos. Tornou-se o rosto dos esforços de conservação no Leste do Congo, transformando-se num alvo para os adversários do parque.


Foto 4
Amontoando-se junto dos limites do parque, os agricultores cultivam este solo excepcionalmente fértil. Quatro milhões de pessoas tentam garantir a sobrevivência na região e algumas entraram no parque para plantar milho, sorgo, mandioca e batata.


Foto 5
Com a ajuda de um cão, um vigilante da natureza tenta seguir o rasto dos caçadores furtivos que mataram este elefante e cortaram parte da cabeça para fugirem com as presas de marfim. São acidentes isolados. O parque tem agora quase quatrocentos elefantes e muitos já transpõem a fronteira do Uganda para vir aqui.


Foto 6
Vigilantes da natureza carregam o caixão de um colega, Theodore Mbusa Matofali, de 27 anos. A mortalidade é comum entre os vigilantes da natureza. Desde 1996, 152 agentes foram assassinados, muitos dos quais pelas milícias rebeldes que actuam no parque.


Foto 7
Quando o marido de Bernadette Kahindo (à esquerda), o vigilante da natureza Assani Sebuyori Mapine , tentou combater o tráfico de carne de animais selvagens, uma milícia matou-o em 2011 e deixou o seu corpo sem cabeça, como aviso para os outros. Ao lado, está a sua filha mais velha, Gift, segurando uma criança nascida depois de ela ter sido violada, aos 14 anos, por um combatente de outra milícia.


Foto 8
Uma embarcação confiscada arde na praia, enquanto os vigilantes, acompanhados por um instructor, tentam prevenir o excesso de pesca no lago Edward. A pesca é uma fonte de rendimento local, mas os peixes também são um alimento fundamental para os hipopótamos.


Foto 9
Os agricultores são frequentemente levados para longe de suas casas pelos combatentes e obrigados a lavrar a terra para alimentar os grupos armados. Há vários casos de mutilação. O parque tem tentado fornecer-lhes formação sobre a maneira como a agricultura prejudica o parque.


Foto 10
Um vigilante da natureza inspecciona um novo campo de lava criado pelo vulcão Nyamulagira. Com 3.058 metros de altura, o pico regista um novo lago de lava no interior da caldeira, com actividade de dois em dois anos. Em primeiro plano, vê-se um depósito de enxofre gerado por uma erupção recente. O parque abrange uma paisagem diversificada, que inclui glaciares, savanas e vulcões.   

Foto 11
No Centro Senkwekwe para gorilas de montanha órfãos, os vigilantes da natureza vivem 24 horas por dia com quarto juvenis. Os vigilantes só vêem as suas famílias em intervalos de algumas semanas e têm uma relação muito próxima com os animais a seu cargo. Como até hoje nenhum gorilla de montanha órfão foi devolvido com sucesso à natureza, estes animais dependerão sempre dos seres humanos.

0 comentários:

Enviar um comentário