Vigilantes da Natureza recolhem
dados para definir carga turística nos monumentos naturais dos Açores
Os Vigilantes da Natureza estão a
proceder nos Açores, na sequência do incremento do turismo, à recolha de dados
para definir a melhor carga turística em cada zona protegida, por forma a
salvaguardar o ambiente.
“Nos últimos três anos,
temos tentado aumentar a fiscalização no terreno devido ao aumento da pressão
turística, principalmente aos fins de semana, tentando ter uma fiscalização ‘in
loco’, a par da recolha de dados, todos os anos, para determinar a melhor carga
turística em cada zona protegida”, declarou aos jornalistas Kenny Alves,
porta-voz dos Vigilantes da Natureza nos Açores.
O Vigilante da Natureza, que
falava em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, à margem do III Encontro
Regional dos Vigilantes da Natureza, declarou que estes profissionais têm sido
confrontados com o “abandono de resíduos” em espaços naturais, mas
salvaguardou, contudo, que os turistas estão “bastante sensibilizados” para as
questões ambientais.
Kenny Alves considerou ser
“positivo ter mais Vigilantes da Natureza”, nomeadamente duas equipas,
constituídas por dois elementos cada, para cobrir mais área na ilha de São
Miguel, onde o cenário de depósito de resíduos tem “melhorado bastante”.
Kenny Alves afirmou que os
monumentos naturais da ilha de São Miguel que despertam maior preocupação são a
Ponta da Ferraria, nos Ginetes, Caldeira Velha, na Ribeira Grande, e a Gruta do
Carvão, em Ponta Delgada.
O Vigilante da Natureza disse
que, em termos de áreas protegidas, a Lagoa do Fogo, a que 170 pessoas acedem
diariamente, é uma das áreas “bastante procuradas”, a par das Sete Cidades e
Furnas.
Atualmente, os Açores têm 123
áreas protegidas integradas nos nove parques naturais de ilha.
A secretária regional da Energia,
Ambiente e Turismo, que interveio no III Encontro Regional dos Vigilantes da
Natureza, anunciou que, ainda em 2017, vai ser aberto concurso para a admissão
de mais Vigilantes da Natureza para São Miguel e, em 2018, serão reforçados os
efetivos nas ilhas Terceira e São Jorge.
“Atualmente, o Corpo de
Vigilantes da Natureza dos Açores é composto por 32 elementos, estando a
decorrer os procedimentos para a contratação de mais quatro: dois para o Pico,
um para as Flores e um para o Corvo, levando, finalmente, os Vigilantes da
Natureza a todas as ilhas e parques naturais”, declarou Marta Guerreiro.
A responsável pelo Ambiente
referiu que estão a decorrer, neste momento, os procedimentos para a aquisição,
ainda este ano, de mais quatro carrinhas elétricas para os parques naturais da
Terceira, Graciosa, Faial e Pico.
“Espera-se, ainda, que em 2018 o
programa de mobilidade elétrica seja estendido ao parque natural do Corvo e
contemple o reforço das ilhas de São Miguel, Terceira, Faial e Pico com mais
uma viatura cada”, disse.
Fonte: Açoriano Oriental
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