Dia Europeu dos Parques Nacionais
assinala-se nesta quarta-feira. Governo garante que, até Julho, haverá mais 20
profissionais.
A Associação Portuguesa de Guardas e
Vigilantes da Natureza voltou nesta terça-feira a alertar para a falta de
pessoal nos parques naturais e a defender campanhas de sensibilização para
turistas, enquanto o Governo garante que, até Julho, haverá mais 20
profissionais.
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Francisco Correia, que falava à agência
Lusa a propósito do Dia Europeu dos Parques Nacionais, que se assinala na
quarta-feira, lembrou que em Portugal existem 120 vigilantes da natureza, um
número insuficiente para cobrir o território.
De acordo com o presidente da Associação
Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza (APGVN), é “urgente haver um
reforço de pessoas no terreno”: “Recordo que o Governo abriu há poucos meses um
concurso de admissão de 20 guardas, quando o Orçamento do Estado para este ano
previa pelo menos 50. Já estamos a meio de maio e não aconteceu nada.”
A secretária de Estado do Ordenamento do
Território e da Conservação da Natureza, Célia Ramos, esclareceu que os
primeiros novos 20 vigilantes deverão entrar em funções até Julho e os
procedimentos para os restantes 30 previstos vão avançar até ao final do ano.
No âmbito do “alargamento do Corpo de Vigilantes
da Natureza, colaboradores que vão entrar para os quadros do ICNF [Instituto da
Conservação da Natureza e Florestas], está a decorrer o concurso para 20, como
tínhamos perspetivado, se bem que na lei do Orçamento do Estado (OE) estejam
previstos 50, e até final do ano queremos lançar os procedimentos para os 30
restantes”, disse a responsável à agência Lusa.
Concurso contestado
Para Francisco Correia, os procedimentos
da abertura de um concurso para 20 vigilantes representam uma despesa enorme.
“Por isso não percebemos porque é que a formação não é dada logo aos 50 formandos
previstos de uma só vez, evitando mais despesas”, salientou.
A abertura de concurso para novos
vigilantes da Natureza foi publicada em Diário da República em Fevereiro, sendo
mencionado que a abertura de 20 postos de trabalho na carreira de Vigilante da
Natureza está prevista no mapa de pessoal de 2017 do ICNF.
“Logo podemos concluir que não existirá
mais nenhum concurso de admissão de novos Vigilantes da Natureza”, disse.
A secretária de Estado explica que, quando foi aprovado o OE, já tinham processos burocráticos em curso e por isso avançaram com os 20, que deverão ser colocados “nas áreas que estavam mais deficitárias”, nomeadamente em parques no Tejo e Douro Internacional, Alentejo e Algarve.
A secretária de Estado explica que, quando foi aprovado o OE, já tinham processos burocráticos em curso e por isso avançaram com os 20, que deverão ser colocados “nas áreas que estavam mais deficitárias”, nomeadamente em parques no Tejo e Douro Internacional, Alentejo e Algarve.
Francisco Correia defendeu também que
devem ser feitas campanhas de sensibilização para que as pessoas respeitem a
natureza. “Todos os anos verificamos que as pessoas destroem, largam lixo nos
parques naturais. Por isso, defendemos mais sensibilização”, concluiu.
A secretária de Estado da Conservação da
Natureza concorda e, apesar de referir que, “cada vez mais as pessoas que fazem
atividades nos parques naturais são amigas da natureza e do ambiente”, defendeu
que “saber não ocupa espaço e divulgar nunca é demais”.
Para Célia Ramos, ao mesmo tempo que se
criam condições para que a realização de visitas ou percursos, por exemplo no
interior, deve ser feita sensibilização para a necessidade de adotar os
comportamentos corretos.
Não deixar lixo na natureza é uma regra
essencial, por exemplo, mas também tentar não ser responsável por impactos
nefastos e, no litoral, utilizar os percursos definidos para defender os
sistemas dunares, dos mais vulneráveis na natureza.
Fonte: LUSA
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