terça-feira, 3 de novembro de 2009

Novo estudo: os animais usam os traços sexuais distintivos para distinguir rivais

Na biologia como no desporto, a cor é essencial para identificar os adversários. Mas, ao contrário do desporto, na biologia a cor diferente sinaliza os alvos a não atacar: os rivais são os machos da mesma espécie que, por terem uma coloração ou odores semelhante, são concorrentes directos na disputa pelas fêmeas.

Trata-se de uma questão prática, explicam os investigadores responsáveis pelo estudo. "O custo de atacar o macho errado e de ser atacado por ele desenvolve as diferenças de coloração e de pistas químicas, como os odores, para identificar os rivais", escreveram Gregory Grether e Cristopher Anderson na revista "Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences". Esta investigação é válida em locais onde duas espécies diferentes co-habitam e as probabilidades de se enganarem no adversário são maiores.

Os resultados trazem uma nova luz sobre um problema levantado desde Charles Darwin. Segundo o naturalista, as cores diferentes eram uma forma de atrair a atenção das fêmeas. Mas para os investigadores da Universitdade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), "as diferenças na cor permitem que as fêmeas consigam reconhecer entre as espécies diferentes", explica Grether. Com estes dados, retirados da observação de várias espécies de libelinhas, os investigadores encontraram "demonstrações claras de um processo de evolução que é, provavelmente, muito recorrente na Natureza, mas que tem sido muito negligenciado".

Fonte: Ionline

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