Oito dos 16 linces-ibéricos do Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince-Ibérico (CNRLI), em Silves, fazem parte do grupo de 54 animais que vão participar nesta época de reprodução desta espécie ameaçada, de acordo com o programa ibérico de conservação.
Os quatro casais – Azahar e Drago, Espiga e Daman, Erica e Enebro, Era e Calabacín – foram escolhidos tendo em conta aspectos genéticos e de “química” entre eles.
Mas desta primeira tentativa não deverão resultar crias porque, segundo explicou Sandra Moutinho, assessora do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), os animais chegaram há pouco tempo a Silves. Azahar, o primeiro lince-ibérico a chegar a Silves, inaugurou o centro a 26 de Outubro; o último grupo – Calabacín e Eón – chegou a 1 de Dezembro.
“Este ano ainda é de instalação e seria prematuro esperar crias já para o próximo ano. Apesar disso, consideramos que devem ser feitos os emparelhamentos, para os animais e para a equipa técnica”.
Para esta temporada reprodutora 2009-2010, de Janeiro a Março, o programa ibérico de conservação ex-situ do lince-ibérico conta com 27 fêmeas com potencial reprodutor, distribuídas pelos centros de Silves, La Olivilla, El Acebuche e Zoo de Jerez de la Frontera.
Segundo Sandra Moutinho, os 16 linces-ibéricos estão a adaptar-se bem ao centro de Silves. “Os técnicos estão a registar todos os comportamentos e não há nada de anormal a registar”, informou.
No entanto, o centro espanhol de El Acebuche anunciou hoje a morte de um lince, Ecológico, nascido na Primavera de 2008, devido a complicações renais. “Depois de três semanas intensivas, durante as quais se fez tudo o que foi possível para recuperar o Ecológico (...), finalmente decidimos que o mais humano seria proceder à sua eutanásia”, segundo um comunicado do programa de conservação.
Em Junho foi-lhe diagnosticado uma doença renal crónica, à semelhança do que acontece com outros exemplares. Desde então vinha sendo medicado e chegou a receber uma transfusão de sangue de linces do Zoobotânico de Jerez de la Frontera. No entanto, nos últimos dias, Eco piorou bastante.
“A equipa de criação em cativeiro está consternada e espera que os resultados da necropsia permitam elucidar novos aspectos sobre os problemas renais que afectam esta espécie, tanto em cativeiro como na natureza”, acrescenta o comunicado.
Fonte: Publico.pt
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
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