É com preocupação que a Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza vê a falta de vigilantes no Parque Natural do Douro Internacional. Uma situação que se arrasta há quatro meses. Por isso mesmo, este é um dos assuntos que estará em cima da mesa, na reunião que a associação tem, amanhã, com o ICNB (Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade).
Até Outubro, o PNDI funcionava com um vigilante em part-time, e desde então que não tem qualquer guarda ou vigilante da natureza. Das explicações pedidas ao Ministério do Ambiente e ao ICNB, a resposta surgiu apenas deste último.
“Estamos bastante preocupados com a situação de não haver um único agente da natureza no Parque Natural do Douro Internacional, que é muito importante para a concertação da natureza em Portugal. Mas, não esquecendo que existe a parte espanhola, devia ser feito um trabalho de vigilância em conjunto, e sem agentes no terreno é muito difícil conseguir isso.”
Francisco Correia, da Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza, garante que do lado espanhol a realidade é bem diferente.
“No lado de lá sabemos que tem um número razoável de agentes. Parece-me que, na parte espanhola, as coisas são levadas muito mais a sério do que na parte portuguesa.”
Do Ministério do Ambiente não há qualquer resposta e o Parque Natural do Douro Internacional não é o único do país onde a vigilância é deficitária. O responsável explica como se chegou a esta situação.
“Há mais de dez anos que não entram agentes da natureza no ICNB, nem nas CCDR (Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional), que são as entidades que têm agentes da natureza. Temos alertado para esta situação, porque os poucos que existem estão em idade de se reformarem, e se não houver reforço a profissão acaba por morrer.”
O quadro de vigilantes do Douro Internacional nunca foi completo, ficando, segundo a associação, aquém do necessário. Como consequência da ausência destes profissionais está a perda de explicação aos visitantes, e também o aumento das infracções, e a diminuição da monitorização das espécies.
Fonte: http://www.ondalivre.fm/
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
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