Biólogo Mário Diniz lembra que animais destes só dão à costa quando algo corre mal. Ou adoecem ou desorientam-se.
Ferida, desorientada ou doente. São estas as explicações avançadas pelo biólogo Mário Diniz para o aparecimento de uma tartaruga-de-couro na praia da Mina, em Alcobaça. O animal foi encontrado morto na quinta-feira ao final do dia por um pescador, mas as autoridades acreditam que tivesse dado à costa 48 horas antes. Pesa mais de 300 quilos e mede quase dois metros de comprimento.
"Estes aparecimentos no litoral acontecem sempre porque algo correu mal. Ou porque os animais ficam doentes, se magoam ou desorientam. São animais de alto mar, que passam por aqui e depois desviam-se das suas rotas habituais", explicou ao DN Mário Diniz.
À semelhança de golfinhos e baleias, as tartarugas também são, por vezes, apanhadas nas redes de pesca, acabando por morrer. Esta tartaruga-de-couro apresentava traumatismos, mas não tinha vestígios de redes nem de arpões, pelo que se torna mais difícil descobrir a origem da sua morte.
As autoridades locais tentaram apurar o interesse deste animal, acabando por enviá-lo para o Museu Nacional de História Natural, em Lisboa.
Apesar de este episódio ser raro, nos últimos anos (entre 2004 e 2009) foram detectados mais de 70 animais de oito espécies distintas na zona costeira de Alcobaça.
As tartarugas-de-couro têm tendência para se tornar mais raras. Frequentam uma área geográfica vasta, que se estende da Islândia à Nova Zelândia.
Os especialistas acreditam que esta espécie de tartarugas esteja já a sofrer com as alterações climáticas, porque, ao contrário do que seria natural, estão a surgir mais na zona do Atlântico Norte.
Fonte: Diário de Notícias
domingo, 31 de janeiro de 2010
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