quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Governos aceitam proteger tubarões migradores ameaçados

Os Governos de mais de cem países assinaram ontem em Manila, Filipinas, um acordo para proteger as espécies de tubarões ameaçadas de extinção, informou o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA).

Os 113 países que assinaram o Memorando de Entendimento no âmbito da Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias de Animais Selvagens (CMS, sigla em inglês) aceitaram proibir a caça, pesca e a captura deliberada das espécies de tubarão inscritas no apêndice da CMS: o tubarão-branco (Carcharodon carcharias), tubarão-frade (Cetorhinus maximus), tubarão-baleia (Rhincodon typus), tubarão-sardo (Lamna nasus), o galhudo-malhado (Squalus acanthias), tubarão-anequim (Isurus oxyrinchus) e o tubarão-anequim-de-barbatanas-compridas (Isurus paucus).

“O primeiro instrumento CMS global sobre espécies comercialmente exploradas é um passo em frente decisivo no sentido da conservação internacional dos tubarões”, comentou Elizabeth Mrema, secretária-executiva da convenção.

Este acordo pretende restaurar a viabilidade a longo prazo das populações de tubarões migradores. Durante a reunião foi debatido um plano de conservação e gestão, como uma primeira etapa da cooperação internacional.

Segundo o PNUA, a sobre-pesca, o comércio ilegal, destruição de habitat, esgotamento das presas, poluição e alterações climáticas estão entre as maiores ameaças a estas espécies. A União Mundial para a Conservação (UICN) alerta, na sua Lista Vermelha de 2010, que 17 por cento das 1044 espécies de tubarões estão ameaçadas.

Estudos citados pelo PNUA mostram que, no espaço de 15 anos, as populações de tubarões colapsaram em 90 por cento no Golfo do México e no Mar Mediterrâneo e em 75 por cento no Oceano Atlântico.

Fonte: Publico.pt

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