segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Madeira: Vigilantes da natureza desempenham "papel único"

Os vigilantes da natureza desempenham na Madeira um "papel único" e o objectivo é que sejam cada vez menos policias e se tornem mais comunicadores e "anfitriões", afirmou hoje o director do Parque Natural da Madeira. Em declarações à Agência Lusa, Paulo Oliveira falava a propósito Dia Nacional do Vigilante da Natureza que se assinala terça-feira com uma conferência no Funchal. Este responsável referiu que a Madeira tem presentemente um corpo de vigilantes composto por 34 elementos e "era bom que tivesse mais cinco, o que permitiria não sobrecarregar os que estão ao serviço". "O trabalho não fica por fazer e tem sido realizado com sucesso, o que acontece é que lhes é exigido mais, o que não aconteceria com um corpo mais alargado", argumenta. Para Paulo Oliveira, os vigilantes da natureza desempenham um papel "único e importante" no arquipélago, sendo responsáveis por ajudar e fiscalizar nas diferentes reservas naturais e áreas protegidas sob a tutela do Parque Natural, casos das Ilhas Selvagens e Desertas, Porto Santo, Garajau, Rocha do Navio, Ponta de São Lourenço. Destaca que são ainda "agentes de conservação da natureza, dando apoio em todas as áreas, como aos investigadores e colaboram nos projectos de conservação, de que são exemplos o lobo-marinho e a Freira da Madeira.

Além disso, dão também apoio logístico nas diferentes reservas, na manutenção dos materiais ali colocados, referiu. "Mas há uma vertente das suas funções que se vai exigir mais no futuro, que é serem comunicadores e anfitriões, um papel fundamental na recepção, explicação e transmissão de valores aos visitantes das zonas protegidas", sublinha. "Pretendemos que sejam cada vez menos polícias e mais comunicadores, porque os vigilantes da natureza têm um papel único na Região e são uma peça complementar e importante no ramo da intervenção, dentro da panóplia das forças e corpos que existem, como a Polícia Florestal", realçou. A conferência que assinala no Funchal a data da constituição do corpo de Vigilantes da Natureza há 22 anos visa "dar a conhecer esta carreira profissional e alertar para a importância que estes representam no mundo da conservação da natureza e da biodiversidade, associado aos problemas que nos afecta a todos nós, as alterações climáticas". Conta com a participação do director do Parque Natural da Madeira, Paulo Oliveira, e do secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António Correia.

Fonte: AGÊNCIA LUSA

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