terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

PCP pede explicações sobre falta de técnicos e vigilantes no PNDI

O PCP questionou a ministra do Ambiente sobre a carência de técnicos, vigilantes da natureza e equipamentos no Parque Natural do Douro Internacional(PNDI), querendo saber “quantos vão ser recrutados nos concursos anunciados”.

Em pergunta entregue na Assembleia da República, dirigida ao Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território (MAOT), o PCP quer obter esclarecimentos sobre “quais as medidas tomadas para dotar o PNDI dos equipamentos necessários” e “quando serão entregues as viaturas de primeira intervenção”.

O PCP quer saber ainda quando prevê o MAOT, “em articulação com o Ministério da Agricultura, fazer alguma proposta de alteração das atuais Intervenções Territoriais Integradas (ITI), manifestamente desadequadas do ponto de vista financeiro”.

Os deputados comunistas, perguntam igualmente se “vai o MAOT propor alguma alteração do actual quadro orgânico das Áreas Protegidas, no sentido de dotar o PNDI (e outros Parques) de um responsável com autonomia, competência e outras atribuições necessárias a um Parque Internacional, e sem que a gestão do lado português fique inferiorizada face ao que se passa do lado espanhol”.

O PCP, realça ainda, citando um artigo de opinião do primeiro diretor do PNDI, Domingos Amaro, no jornal bilingue “Contrabando”, que “há assuntos e problemas específicos de cada área protegida que exigem tomadas de decisão imediatas e que, por isso, não se compadecem com a falta de decisores no local e na hora, muito menos a 250 km de distância”.

Desde Outubro que o PNDI funciona sem qualquer vigilante.

O território do PNDI, criado em Maio de 1998, abrange os municípios de Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Miranda do Douro e Mogadouro, no canhão dos rios Douro e Águeda, que delimitam a fronteira com o “Parque Natural Arribes del Duero” criado em 2002 em território espanhol.

Os dois Parques formam no seu conjunto um dos maiores espaços protegidos da Europa, com uma superfície de 192.605 hectares.

Já em Janeiro, o Bloco de Esquerda e o CDS-PP pediram explicações do Ministério do Ambiente, sobre a situação actual do Parque.

Fonte: LUSA

1 comentários:

  • Boa tarde

    Novamente e mais uma vez è pena só serem abordadas os problemas no ICNB, quando existem no continente mais 10 organismos com Vigilantes da Natureza a trabalharem em piores condições do que no ICNB e existindo áreas geograficas muito mais amplas, na ordem dos 700.000 hectares só com 1 ou 2 Vigilantes a desempenhar funções ou mesmo sem nenhum.
    Já terá sido levantada ao Grupo Parlamentar do PCP esta diminita abordagem do problema?

    Abraço

    P.S. Lembra-se ainda que ainda que os animais e a natureza de uma forma geral não conhece fronteiras nem limites de áreas protegidas.

    3 de fevereiro de 2010 às 15:44

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