Centenas de pessoas manifestaram-se esta tarde na Avenida do Mar, na Foz do Arelho, numa acção em que cidadãos e representantes de todos os partidos exigiram ao Ministério do Ambiente uma intervenção na Lagoa de Óbidos.
A praia de Foz do Arelho corre o risco de desaparecer devido à erosão. “Numa atitude de solidariedade”, a manifestação convocada pela Assembleia Municipal das Caldas da Rainha contou com a presença de representantes de todas as bancadas com assento naquele órgão, bem como do presidente e alguns vereadores da vizinha autarquia de Óbidos.
O presidente daquela Assembleia Municipal, Luis Ribeiro (PSD) revelou o conteúdo de uma carta enviada esta semana pelo Instituto da Água (Inag) em que se compromete a “reposicionar a aberta (canal que liga a Lagoa ao mar)” mais a sul, por forma a “minimizar a erosão da margem norte e criar as condições atempadas para a formação de areal para uma prática balnear segura”.
Mas a intervenção é considerada “insuficiente” pelo autarca das Caldas da Rainha, Fernando Costa (PSD). Este diz que a retirada de 60 mil metros cúbicos de areia “não chega para tapar as pedras e os sacos de areia” colocados na praia para proteger o emissário submarino que transporta esgotos para o mar.
“O ano passado morreram aqui dois jovens” recordou o presidente, temendo que “este ano, se houver praia, o risco de haver mais mortes possa ser muito maior”.
Os manifestantes defenderam a antecipação da dragagem da lagoa, para permitir retirar do seu leito areia suficiente para cobrir os dois esporões de pedras e os sacos de areia colocados para minimizar a força das marés.
“Isto já lá não vai com paninhos quentes” afirmou a deputada Conceição Pereira (PSD) que anunciou a intenção de “exigir a presença da ministra [do Ambiente, Dulce Pássaro] numa comissão na Assembleia da República, para responder”.
“Se não nos ouvirem a bem, vão ouvir-nos de outra forma” acrescentou a deputada, sintetizando o sentimento expressado por todos os partidos que defenderam a tomada de posições de força contra “a inércia” do Inag, entidade que tutela a Lagoa.
Telmo Faria (PSD), presidente da Câmara de Óbidos, apelou à população para que “ninguém baixe os braços” antes de ver uma draga a trabalhar na Lagoa.
As palavras de ordem mais ouvidas durante a manifestação foram “vamos para Lisboa”, mas, por sugestão de Fernando Costa, antes dessa medida, nova manifestação poderá realizar-se em Abril, na Foz do Arelho, se o Inag não iniciar a obra de reposicionamento da aberta.
Fomte: LUSA
domingo, 7 de março de 2010
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Said
Iniciativa condigna, ao contrário de outros autarcas, que ainda por cima são "apoiados" quando incentivam a violência contra os Vigilantes da Natureza! Se fosse o contrário imagino.
Mais informações aqui:
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1514302
Lamentável