quinta-feira, 15 de abril de 2010

Greenpeace pede à Nestlé para não contribuir na destruição da floresta tropical


Trinta activistas da organização ecologista Greenpeace, vestidos de orangotangos, pediram hoje à Nestlé, na Suíça, para deixar de comprar óleo de palma a fornecedores que destroem as florestas tropicais da Indonésia.

Os activistas – vindos da Suíça, Alemanha e Reino Unido – aproveitaram a reunião anual dos accionistas da empresa, em Lausanne. “Estamos hoje aqui para dizer à Nestlé para mudar as suas políticas KitKatastróficas”, explicou Pat Venditti, responsável pelas Florestas na Greenpeace Internacional.

“Ao comprar produtos resultantes da destruição da floresta tropical, a empresa está não só a prejudicar o clima e a biodiversidade mas também a sua reputação”.

Há cerca de um mês, a Greenpeace lançou uma campanha expondo o papel da Nestlé na destruição da floresta tropical da Indonésia. Como resposta, a empresa suspendeu o seu contrato com o maior produtor de óleo de palma daquele país, Sinar Mas. No entanto, a empresa “continua a comprar óleo de palma indirectamente à Sinar Mas, através de fornecedores como a Cargill. Isto apesar de ter recebido mais de 200 mil emails e faxes de cidadãos preocupados pedindo-lhe para parar”, conta a Greenpeace em comunicado. Além disso, as embalagens usadas pela Nestlé utilizam papel da Asia Pulp & Paper, fábrica da Sinar Mas, acrescentam os ecologistas.

“Estamos a pedir aos accionistas para usarem a sua influência para garantir que os produtos da Nestlé não contenham produtos da Sinar Mas”, explicou Pat Venditti.

A organização divulgou ainda imagens de satélite e fotografias que, diz, mostram que a Sinar Mas continua a destruir zonas de elevado valor conservacionista, habitat para os orangotangos.

Na Alemanha, activistas escalaram esta manhã o edifício da sede da Nestlé em Frankfurt e fixaram uma faixa mostrando um orangotango ameaçado.

A Indonésia tem uma das taxas de destruição da floresta mais rápidas do planeta. As maiores causas são as plantações para extracção de óleo de palma e para produção de pasta de papel. Segundo a Greenpeace, a Sinar Mas tem actualmente 406 mil hectares de plantações para óleo de palma e pretende adquirir mais 1300 mil hectares na Papua e Kalimantan.

Fonte: Publico.pt                                            Foto: Greenpeace

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