Os activistas – vindos da Suíça, Alemanha e Reino Unido – aproveitaram a reunião anual dos accionistas da empresa, em Lausanne. “Estamos hoje aqui para dizer à Nestlé para mudar as suas políticas KitKatastróficas”, explicou Pat Venditti, responsável pelas Florestas na Greenpeace Internacional.
“Ao comprar produtos resultantes da destruição da floresta tropical, a empresa está não só a prejudicar o clima e a biodiversidade mas também a sua reputação”.
Há cerca de um mês, a Greenpeace lançou uma campanha expondo o papel da Nestlé na destruição da floresta tropical da Indonésia. Como resposta, a empresa suspendeu o seu contrato com o maior produtor de óleo de palma daquele país, Sinar Mas. No entanto, a empresa “continua a comprar óleo de palma indirectamente à Sinar Mas, através de fornecedores como a Cargill. Isto apesar de ter recebido mais de 200 mil emails e faxes de cidadãos preocupados pedindo-lhe para parar”, conta a Greenpeace em comunicado. Além disso, as embalagens usadas pela Nestlé utilizam papel da Asia Pulp & Paper, fábrica da Sinar Mas, acrescentam os ecologistas.
“Estamos a pedir aos accionistas para usarem a sua influência para garantir que os produtos da Nestlé não contenham produtos da Sinar Mas”, explicou Pat Venditti.
A organização divulgou ainda imagens de satélite e fotografias que, diz, mostram que a Sinar Mas continua a destruir zonas de elevado valor conservacionista, habitat para os orangotangos.
Na Alemanha, activistas escalaram esta manhã o edifício da sede da Nestlé em Frankfurt e fixaram uma faixa mostrando um orangotango ameaçado.
A Indonésia tem uma das taxas de destruição da floresta mais rápidas do planeta. As maiores causas são as plantações para extracção de óleo de palma e para produção de pasta de papel. Segundo a Greenpeace, a Sinar Mas tem actualmente 406 mil hectares de plantações para óleo de palma e pretende adquirir mais 1300 mil hectares na Papua e Kalimantan.
Fonte: Publico.pt Foto: Greenpeace
0 comentários:
Enviar um comentário