segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ministra do Ambiente garante que demolições na orla costeira vão continuar


A ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, anunciou hoje que este ano serão demolidas na orla costeira “diversas construções que representam risco imediato”, designadamente nas ilhas barreira, na Ria Formosa, no Algarve, e em Matosinhos.

“Este ano vamos demolir aquelas construções que representam um risco mais imediato”, disse Dulce Pássaro. A ministra, que falava após ter assistido à demolição de dois equipamentos de praia na Agudela, Matosinhos, referiu que a prioridade recai sobre estruturas “que foram destruídas pelos temporais neste inverno”.

Estas demolições integram-se num plano de acção “mais vasto”, desenvolvido para o período 2007-2013, respondendo especificamente a um plano de ordenamento desenhado para aquele troço da orla. “Estas duas demolições [na praia da Aguela] dão cumprimento ao que está estabelecido e aprovado no plano de ordenamento para aquela região”, sustentou.

A ministra do Ambiente frisou que “o objectivo é a requalificação da frente marítima e dotar a orla costeira de melhores condições de utilização”. O que se pretende é “garantir maior preservação ambiental”, sendo que “os usos da orla costeira têm que ter em conta a importância do equilíbrio ambiental”, explicou.

De acordo com Dulce Pássaro, os apoios de praia em causa hoje demolidos “não preenchem os requisitos estipulados”, o que não quer dizer, contudo, que não possam ser construídos novas estruturas. Questionada sobre o número de demolições que ocorrerão até 2013, a ministra não soube precisar, afirmando apenas que “haverá várias, que abrangem a costa toda”.

O presidente da câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, salientou, por sua vez, o investimento que está a ser feito no âmbito da requalificação da orla costeira do concelho. “Neste momento, procuramos fazer um balanço dos 50 milhões de euros de investimento para a renovação da orla costeira”, disse.

O autarca salientou que, 15 milhões dos 50 milhões de euros de investimento destinam-se a melhorar a mobilidade e acessibilidade às praias. Guilherme Pinto disse também estar previsto investir cerca de 2,2 milhões de euros na “mobilidade interna”, ou seja, na construção de um passadiço nas praias, que terá uma extensão de 11 quilómetros.

Relativamente aos bares de praia ainda a demolir em Matosinhos, referiu que “faltam cinco demolições” para completar o plano desenhado para a zona, sendo que já se procedeu a oito.

O autarca salientou ainda que está ainda previsto que o plano de execução do portinho de Angeiras esteja concluído no Verão.

Fonte: Lusa

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