terça-feira, 18 de maio de 2010

Galp e Petrobrás preparam novos negócios na produção de biocombustíveis

A Galp e a Petrobrás deverão avançar esta semana mais um passo na área dos biocombustíveis, ligado à nova parceria que envolve a produção de biodiesel em Portugal, para onde está prevista a construção de uma refinaria apta para fabricar esse combustível a partir de óleo de palma.

O novo protocolo irá ser assinado na mesma semana em que se realiza a cimeira luso-brasileira em Lisboa, já amanhã, encontro em que estão previstos vários acordos entre os dois Estados e entre empresas de ambos os países, além de encontros entre José Sócrates e o Presidente brasileiro Lula da Silva.

No início deste mês, as duas petrolíferas avançaram com um projecto que recebeu o nome de "Belém" como baptismo, que tem como base a produção de biodiesel em Portugal a partir de plantações de óleo de palma do Brasil, localizadas no estado do Pará. O investimento total previsto é de 530 milhões de dólares (cerca de 427,8 milhões de euros), realizado em partes iguais pelas duas empresas, segundo anunciou a Petrobrás há cerca de duas semanas.

A petrolífera brasileira já tinha confirmado também a constituição das empresas que irão desenvolver o novo projecto das duas petrolíferas em Portugal.

Prevê-se que a produção ligada à nova unidade de biodiesel tenha início apenas em 2015, na ordem de 250 mil toneladas por ano, com um investimento que está estimado em 240 milhões de dólares. A estratégia da Petrobrás será chegar ao mercado europeu e especialmente ao mercado ibérico através desta nova parceria, uma vez que na Europa a redução de emissões e a utilização cada vez menor de combustíveis fósseis tem sido uma das principais prioridades da Comissão Europeia, no que respeita à área da energia.

Quanto à parceria do lado brasileiro, irá ser implantado um pólo agro-industrial de cultivo de palma (dendê) no estado do Pará, com capacidade para cerca de 30 mil toneladas por ano. Os custos nesta área deverão rondar 290 milhões de dólares, num investimento com início ainda este ano mas que irá prolongar-se até 2018.

Um dos entraves ao avanço da nova unidade de produção de biodiesel em Portugal, no início deste mês, era a falta de definição quanto aos incentivos do Governo português para a produção de biodiesel depois de 2011.

A energia tem sido uma das áreas nas quais o interesse de Portugal e Brasil se cruzam com frequência, uma vez que tanto a EDP como a Galp têm investimentos importantes do outro lado do Atlântico.

Fonte: Publico.pt

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