Thad Allen, comandante da Guarda Costeira norte-americana, anunciou que a BP conseguiu estancar a fuga de petróleo de um poço a 1500 metros de profundidade. No entanto, para a operação ser dada como concluída será necessário estabilizar a pressão e selar o poço com cimento.
“Por enquanto, nenhuma notícia é uma boa notícia”, comentou Thad Allen. “Estamos numa altura de esperar para ver. Queremos perceber até que ponto o poço está bem estabilizado”, comentou ao jornal “Times-Picayune”.
Ontem à noite, a BP começou a sua operação “top kill”, que consiste em injectar uma mistura de lama pesada e químicos através do mecanismo de segurança blowout preventer, em direcção ao poço. De acordo com Allen, tudo está a correr conforme o previsto e a lama injectada terá conseguido bloquear a fuga de petróleo. Apesar disso, o responsável pela gestão da maré negra para a administração Obama diz-se “cautelosamente optimista” e não arrisca afirmar que o poço está selado.
Segundo a BP, a pressão no interior do poço está a diminuir, um sinal de que o peso da lama está a pressionar o petróleo para baixo. Quando a pressão for reduzida para zero, será injectado cimento para selar o poço.
De momento, nem o Governo nem a BP falam em sucesso porque o processo ainda não está concluído.
David Nicholas, porta-voz da BP, responde a estas notícias - avançadas inicialmente pelo jornal "Los Angeles Times" - dizendo à agência Reuters que ainda não há informações actualizadas que permitam falar no sucesso da operação, que ainda está a decorrer. Além disso lembrou que poderão ser precisos dois dias até à BP saber se o "top kill" funcionou.
A unidade de comando para a maré negra - que inclui a BP e a Guarda Costeira - não confirma nem nega as informações do "Los Angeles Times".
A maré negra começou depois de um acidente na plataforma da BP Deepwater Horizon e já será a pior da história dos Estados Unidos.
Nova estimativa aponta para fuga de dois a três milhões de litros de petróleo por dia
Um painel de peritos mandatado pelo Governo norte-americano revelou hoje as suas estimativas, apontando para a fuga de dois a três milhões de litros de petróleo por dia. Ou seja, quatro vezes mais do que o inicialmente estimado.
Marcia McNutt, responsável do Instituto Geológico americano (USGS) que coordenou este grupo, explicou que estas estimativas resultou das conclusões de duas equipas que recorreram a métodos diferentes.
"A estimativa do fluxo está avaliada em 12 mil barris por dia (dois milhões de litros). Mas este fluxo poderá ir até aos 19 mil barris por dia (três milhões de litros)", disse McNutt.
Até agora, as autoridades governamentais e a BP estimaram o fluxo em 800 mil litros (cinco mil barris) diários.
Fonte: Publico.pt
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