O site (http://www.quepeixecomer.lpn.pt/) contém informação sobre vinte espécies, escolhidas entre as que mais se vêem no prato dos portugueses ou as que maior valor comercial possuem. Lá estão a sardinha, o bacalhau, o carapau, a pescada, o peixe-espada preto, as gambas, as lulas. E também o polvo, atum, cantarilho, goraz, cherne, linguado, lagostim, cavala, choco, robalho, faneca, raia e safio.
Para cada espécie, há uma ficha com dados variados. Um dos objectivos é informar o cidadão sobre como é pescado o peixe que se quer comprar, e em que situação se encontram os seus stocks. Hoje, tudo o que se consegue saber pela rotulagem obrigatória é o nome comercial do peixe, se é capturado ou de aquacultura e a sua procedência. "Não é suficiente para uma escolha sustentável", afirma Constança Belchior, da LPN.
Não é a única iniciativa do género. A Greenpeace já mantém um site com uma "lista vermelha" de 15 espécies marinhas que, segundo a organização ambientalista, deviam ser banidas dos supermercados. Algumas coincidem com a lista da LPN, como o bacalhau, o atum, a pescada, o linguado e a raia.
A diferença é que a LPN não propõe liminarmente que se deixe de consumir as espécies que estão no seu site. Pelo contrário, algumas, como as sardinhas, estão bem de saúde e recomendam-se. Outras podem estar a ser capturadas com métodos insustentáveis em outras partes da Europa, mas não em Portugal, como o peixe-espada preto.
Por outro lado, a LPN não preconiza que não se coma menos peixe, a não ser para algumas espécies que estejam em risco. "Não se trata de comer menos, mas sim de comer mais diversificado", diz Constança Belchior. Afinal, cerca de 200 espécies de peixes, crustáceos e moluscos são capturadas em Portugal, mas o conjunto das que mais aparecem no prato é muito menor.
O lançamento do site coincide com a Semana Europeia do Peixe, lançada pela Ocean2012, uma coligação de 70 organizações - entre elas a LPN - dedicada a tornar a política europeia das pescas sustentável. A Ocean2012 está a promover uma petição, a ser entregue à Comissão Europeia, reivindicando que a Política Comum das Pescas, que será reformulada até 2012, tenha a sustentabilidade como o seu principal pilar.
Fonte: Publico.pt
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