“No que me compete, aqui no Parlamento Europeu, não permitirei que uma directiva de protecção do Ambiente - que está a ser violada todos os dias - não deixe de ter cumprimento”, referiu, em conferência de imprensa.
Nuno Melo adiantou que vai apresentar um requerimento à Comissão Europeia e ao Conselho (da UE), pedindo que intervenham no caso. “Vou também dirigir agora uma proposta de resolução, que deverá ser subscrita por outros deputados do PPE (Partido Popular Europeu, família política a que o CDS pertence no Parlamento Europeu), para que inste a Comissão a apurar, se necessário no terreno, o que se passa e verificando, no terreno, os resíduos que aí estão depositados”.
Entre Maio de 2001 e Março de 2002 foram depositados a céu aberto, numa antiga mina, e sem qualquer tratamento, 320 mil toneladas de “resíduos altamente perigosos, com teores elevadíssimos de chumbo, cádmio, crómio, arsénio e zinco”.
Estes resíduos, que contêm substâncias cancerígenas e têm outros efeitos nefastos sobre a saúde, precisou, “todos os dias contaminam as águas, contaminam os solos, com o total desconhecimento das pessoas que lá residem”. Os detritos em causa são provenientes de “décadas de actividade da antiga Siderurgia Nacional” e foram depositados “por iniciativa de empresas públicas, geridas por gestores públicos, pagos pelo erário público”, acrescentou, precisando terem sido a Urbindústria, detida pela Capitalpor, detida, por seu lado, pela Parpública”.
Em 2009, Nuno Melo teve conhecimento no caso e fez um requerimento pedindo a intervenção do então ministro do Ambiente, Nunes Correia, mas, assegurou hoje, “nada foi feito”.
“Se se comprovar que os resíduos são perigosos com análises no local, estes têm que ser retirados”, considerou.
A nível nacional, adiantou o eurodeputado, o grupo parlamentar do CDS vai “requerer com carácter de urgência, a audição da ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, do presidente da Parpública ao tempo, João Plácido Pires, e dos responsáveis pela CCDR do Norte e Administração Regional de Saúde do Norte e da Administração da Região Hidrográfica Norte.
Fonte: LUSA
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