segunda-feira, 21 de junho de 2010

Golfo do México: Metano é a mais recente ameaça à vida marinha

O petróleo proveniente do fundo marinho é muito rico em metano, podendo conduzir ao esgotamento do oxigénio na água sufocando o plâncton. Estes microorganismos estão na base da cadeia trófica marinha, correndo-se o risco de se formarem “zonas mortas”.

Numa altura em que se procura mitigar as consequências do petróleo derramado depois da explosão e afundamento da plataforma de exploração petrolífera “Deepwater Horizon”, os cientistas alertam para outra forma de o crude afectar negativamente a vida marinha.

Aparentemente, o petróleo proveniente do fundo marinho é muito mais rico em metano que o normal, metano esse que ao entrar em contacto com a água pode conduzir ao esgotamento do oxigénio sufocando o plâncton, que constitui a base da cadeia trófica marinha.

Com efeito, a investigadora Samantha Joye, que no início do mês descobriu uma mancha de petróleo submersa com 21 km de comprimento, alertou para os seus elevados níveis de metano que chegam a ser 10 000 vezes superiores ao normal.

Segundo a investigadora da Universidade da Geórgia (EUA) “Os níveis de oxigénio da água caíram mais de 40%, muito próximo das condições que propiciam a formação de “zonas mortas”.

Esta semana a BP reconheceu estar a queimar diariamente 850 000 metros cúbicos do gás com efeito de estufa que pode estar a “entrar” no Golfo na proporção de mil metros cúbicos por cada barril de petróleo derramado.

Recorde-se que uma das hipóteses avançadas como explicação para a explosão da “Deepwater Horizon” é precisamente a da formação de uma bolha de metano na boca do poço.

Fonte: http://www.elmundo.es/

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